quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Transitando

Todos os encontros, todos os poemas, todo ser humano. Tudo pode ser inspiração. Causa ou consequência. Proposital ou por experiência.

O trânsito estressa. É a hora em que tudo passa pela cabeça, e o tempo tembém passa. As motos passam. Os carros não passam. O stress também não.

E a inspiração até vem. Tímida, mas vem. Devagar, sem muita objetividade, ela chega, da mesma maneira que o carro ao lado, como não quer nada.

Quem pega trânsito pode se estressar, mas também pode aproveitar. As mulheres retocam a maquiagem. Os homens fazem ligações. Eu escrevo. Como o ilegal é legal.

Há conhecidos que se encontram e desconhecidos que se conhecem. Nada como a simpatia do brasileiro e... lá está a CET.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Cordas

Ele era um menino criado no campo. Ela era uma nenina da cidade, de família. O destino dos dois se cruzou na música. Ela cantava e ele tocava o violão que ganhara do pai, como lembrança única de seu falecimento.

Se conheceram, brigaram, fizeram música, brigaram, se casaram, e ela faleceu.

Por trás de todas as fotos e objetos, estava a voz dela que, combinada ao violão do pai, formava a música que tanto valorizava e que agora lhe fazia falta.

Foi, então, a vez dele de falecer, alguns meses depois dela. As cordas (do violão) não faziam mais sentido sem as cordas (vocais). Assim se acabaram os acordes, e o amor continuou, atado.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Pontuação

O ponto que ressalto é que vi um ponto partindo de um certo ponto a outro, enquanto estava parado no ponto de ônibus.

Apontei para o ponto e, ao mesmo tempo, senti uma pontada no pulso. Como uma ponta pontiaguda, a tendinite me pontava.

Uma garota veio do ponto aonde estava até o meu ponto. Expliquei-a sobre o ponto que partia de um ponto a outro e que senti uma pontada no pulso enquanto o apontava.

Ela ficou desapontada com a minha história e me apontou um pronto-socorro daquele ponto. A que ponto cheguei?

Prontei-me em ir ao pronto-socorro apontado por uma menina que se desapontou com uma pontada que eu senti no pulso, após apontar para um ponto que partia de um ponto a outro, enquanto estava no ponto de ônibus.

Ponto pra mim?

Ponto final.

Long time no see

Não sei se devo algum pedido de desculpas, até porque não sei se alguém tem algum compromisso/vontade de ler isso aqui com uma certa freqüência.

Coloco a culpa na ausência de tempo e, consequentemente, na ausência de vontade de escrever. Afinal, as duas andam juntas.

Na verdade, tenho algumas coisas pra postar por aqui, então vamos devagar.

It's nice to be back.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Pegue o pombo!

O final da temporada de 2008 da Fórmula 1 se aproxima. A última corrida tem endereço: Avenida Senador Teotônio Vilela, 261. O lugar recebe o nome de "Autódromo José Carlos Pace", mas é carinhosamente conhecido como Autódromo de Interlagos.

O britânico Lewis Hamilton tem 94 pontos. Sete a mais que o brasileiro Felipe Massa, segundo colocado no mundial. A torcida brasileira, que agora só pode (praticamente) comprar ingressos com cambistas, pelo belo preço de 1000 reais, espera que o piloto da Ferrari quebre o jejum do nosso país sem títulos.

Felipe fez a pole-position na corrida da Teotônio Vilela do ano passado, mas não ganhou. Neste final de semana, a história tem que ser diferente se o brasileiro quiser o título: ele tem que vencer e Hamilton tem que chegar pelo menos no sexto lugar, ou ficar em segundo, se o britânico não marcar pontos.

O povo brasileiro torce por Massa e enxerga possibilidades para que o brasileiro leve o título. Poderia ser dito que "pede-se uma mãozinha". Há ideias para que alguém bata em Lewis Hamilton e Felipe vença com tranquilidade, sem pensar no britânico. Nomes ditos são o do polonês Robert Kubica, do finlandês Kimi Raikkonen, companheiro de Massa na Ferrari e, por último mas não menos importante, de Rubens Barrichello.

Rubinho se diz um piloto azarado e, de fato, é. Se ele é bom ou não, ninguém sabe, ou pelo menos ninguém tem a devida certeza. Mas pode-se dizer que o brasileiro é portador nato de má sorte. Vale lembrar que, azarado por azarado, Hamilton também foi no ano passado, ao perder o título para Raikkonen na última corrida.

Ninguém sabe de que lado vai estar a sorte, e nem quer saber quem vai ser o responsável pelo azar de Lewis Hamilton. No entanto, o interesse do povo brasileiro é duplo, apenas: que Felipe Massa seja campeão e que peguem o pombo!

terça-feira, 21 de outubro de 2008

¡Viva!

O ser humano constantemente sente saudade de tudo. Sempre reclama daquilo que se foi e diz que o que virá jamais será como foi. Nós, brasileiros, somos privilegiados. Temos até uma palavra a mais pra reclamar de tudo isso: saudade.

Em algumas outras línguas, há um sinônimo que diz mais respeito à nostalgia do que à saudade, em si. Mas enfim, entende-se perfeitamente o que se quer, sempre. Entender é fácil, só não é fácil sentir. Só que esse texto é menos pessoal do que parece.

A minha nostalgia dos últimos dias me levou um pouco além do metal melódico e da vontade de deixar o cabelo crescer outra vez. Bons tempos aqueles em que nem todos tinham um acesso constante à Internet. Em que nós, mortais, usávamos a boa e velha conexão discada.

Era a era do bate-papo. A era de mentir a idade, entrar nas salas de idade mais avançada e ficar tcndo com as pessoas, sem motivo e sem assunto. Era a era dos downloads raçudos, comemorados quando alcançavam 6 kbps. Era.

Os tempos mudaram e, hoje, me sinto submetido à mesma era. Sem aviso, agora sou obrigado a usar provedor. Ok, isso já estava previsto há meses. O problema é que eu já usava provedor. Viva la Telefonica!

Os brasileiros, quero dizer os bots do departamento de suporte técnico, devem gostar de receber ligações de pessoas reclamando, procurando explicações. Por que a conexão fica lenta do nada? Por que eu não consigo conectar mais, sem motivo?

Pobres robôs que atendem os telefones. Enquanto não temos atendentes disponíveis, eles levam a culpa por nunca saberem informar nada e sim por apenas direcionarem todo mundo com uma frase igual em todo fim de história, independentemente dos números que você aperta: "aguarde um instante".

De volta aos velhos tempos da conexão semi-discada, estamos submetidos aos bots que nada fazem a não ser pedir para que o povo espere. Espere o quê?! Uma nova era? Vamos esperar informações vindas de uma das maiores empresas de comunicação do país.

Um viva parcial à tecnologia.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Revolução passo a passo

A cada segundo o dólar está em um valor diferente. O mundo teme a crise econômica. Todos se desfazem de suas ações e de seus bens, com medo. Ninguém sabe o que o próximo passo reserva, em termos economicos. São passos e passos, de uma vez só. Uma caminhada que ninguém sabe aonde vai dar.

Da mesma maneira que o valor do dólar, o nosso humor muda rapidamente. Damos mais ou menos valor a certas coisas, de acordo com o que sentimos, ou de acordo com o que não sentimos. Deixamos de fazer muitas coisas pra fazermos outras. É tudo uma questão de prioridade. É uma questão de dar um passo de cada vez.

Temos um problema, no entanto. Em vez de andar, todo mundo só quer correr. Espera-se que tudo se resolva da noite pro dia, do dia pra noite, de acordo com a velocidade que cada um quer. Portanto, queremos diferentes velocidades de resolução para uma mesma coisa, às vezes.

Ninguém entende que a nossa velocidade é uma e a do mundo é outra. Não adianta acelerar mais do que se deve. Não somos hamsters e o mundo não é uma roda. Somos humanos e a Terra está bem firme, sim. De nada adianta correr em vão.

De nada adianta que se faça uma revolução, sem que se saiba o porquê da mesma. Que façamos uma revolução a cada passo, dando um passo de cada vez, passo a passo.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Uma nova ideia

Nossa querida e (nem) tão amada língua portuguesa está de cara nova. Nosso querido e (nem) tão amado presidente assinou uma lei que muda algumas coisas na nossa ortografia, esta sim, não amada. Ainda mais agora.

"Palavras paroxítonas terminadas em ditongo aberto recebem acento." Recebiam. A idéia agora é apenas uma ideia e a jibóia deixou de ser jibóia. Agora é apenas uma jiboia.

De agora em diante, as pessoas leem, veem e creem, já que o "EE" não recebe mais acento. Além disso, a mulher grávida vai ter que se acostumar a uma sensação totalmente nova durante a gestação: o enjoo, pois o enjôo já não mais existe.

Estes são apenas alguns exemplos da nossa nova ortografia, que tem a mudança prevista para ser gradual, de acordo com o costume da população. Espera-se que a vitoria seja obtida em 2010.

A medida foi tomada para que ficássemos mais perto dos países lusófonos da África portuguesa, Timor Leste, Macau e da nossa metrópole linguística, Portugal. Aliás, o trema também não existe mais, como já era anunciado há um certo tempo. Pobre da lingüística.

Voltamos, portanto, aos tempos de colônia (ou colonia?!). Queremos proximidade à metrópole. Nossa língua está de cara nova, mas a voz ainda é a mesma. Por enquanto, o pá.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Paracetamol

Amor. Ódio. Olhos azuis. Cabelos pretos. Cabelos castanhos. Mesas. Cadeiras. Aulas de inglês. Preposições. Posições. Liberais. Liberalismo. Conservadores. Socialistas. Karl Marx. Utopia. Filosofia. Anarquia. Bagunça. Não.

Críticas. Elogios. Leitura. Análise. Karl Marx. Método dialético. Formação. Materialismo. Não.

Platão. Sócrates. Aristóteles. Conflito. Transformação. Sociedade. Instrumentos. Materialismo. Comunicação. Jornalismo. Karl Marx. Platão. Pensamento. Filosofia. Análise. Não.

Equação. Conflito. Dialética. Loira. Uruguai. Situação. Transformação. Olhos azuis. Morena. Outra situação. Instrumentos. Livros. Karl Marx. Não.

Capital. São Paulo. Dinheiro. Economia. Autor. Lucros. Trabalho. Karl Marx. Alemanha. Inglaterra. Capitalismo. Morena. Cabelo preso. Olhos azuis. Atenção. Engels. Burguesia. Tênis verde. Pulso. Dor. Não.

Não no pulso.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Lavando janelas

Eles começam lá de baixo, pelas portas, alcançáveis. Onde passa tanta gente, mas ninguém os nota. Vão, então, subindo pouco a pouco, andar a andar. E a coisa vai ficando mais difícil. E mais. E mais. Lá, nas janelas do topo, não á quem não os veja. É impossível que não sejam notados. O perigo é grande. Pequenas e, aparentemente, frágeis cordas os sustentam. Cair é muito mais fácil do que subir. Lavadores de janelas são heróis.

A cidade de São Paulo é um prédio enorme, dos mais sujos ainda, quem quer alguma coisa na política, começa de baixo: câmara municipal de cidade pequena, média, grande e enfim, São Paulo. Depois vem a possibilidade de assumir a prefeitura e, andar a andar, o candidato sobe, antes não era notado, mas começa a ganhar o seu espaço no prédio e a coisa vai ficando mais difícil, e mais, e mais, até que chega a hora em que todos o vêem e ele limpa a cidade inteira, para que o vejam ainda melhor.

Lá no topo, a coisa complica, o perigo é grande, cordas frágeis o sustentam, cair é fácil, muito fácil e qualquer tentativa de subir na cobertura é um risco sem precedentes. Políticos não são heróis. Nem lavando janelas.

domingo, 21 de setembro de 2008

Discurso político

Sou um candidato. Nasci em 1959, no interior do estado. Vim para esta cidade jovem, trabalho desde cedo. Me formei na faculdade e logo em seguida já tive o meu primeiro mandato como vereador daqui. E assim avancei na política, lentamente, até tentar assumir o cargo de prefeito.

Fui responsável por vários projetos na câmara, como a construção de 15 novas avenidas, 10 pontes, 5 escolas e 1 parque. Agora, como prefeito, tenho mais propostas para trabalhar para a nossa cidade.

Penso em urbanizar favelas. Quero construir escolas. Quero teatros. Penso, também, em hospitais. Há muita gente pobre morrendo por aí. Quanto ao trânsito, é óbvio que novas avenidas estão no plano de governo. E nossa população precisa de emprego. Precisa de casas. Precisa de tudo, de maneira acessível.

Vou fazer...

"Senhor candidato, o seu tempo se acabou."

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

O país do futebol-arte

Quantos anúncios de peças de teatro você vê por dia? E de exposições em museus? São pouquíssimas as chances de algo do gênero passar na televisão, por exemplo. Só existe uma arte que é valorizada no país: o futebol.

Seja no rádio, no jornal, na TV, ou na Internet, o Brasil não valoriza seus pintores, atores, escultores, malabaristas, etc. Todos estes não recebem apoio de suas famílias e governos, o que resulta na fraca divulgação de seus trabalhos.

São poucos os brasileiros que são criados em meio artístico e que recebem devida atenção. Normalmente, tratam-se em, algumas vezes, de familiares de pessoas já famosas, o que facilita o ingresso na mídia. O tipo de artista brasileiro com mais chances de subir na vida é o jogador de futebol.

Mesmo a situação atual não sendo favorável para o futebol, falando-se de espetáculo em si, a chance de um menino de quinze anos de ser famoso é muito maior com a bola no pé do que com um pincel na mão.

Pode até ser que a arte receba uma valorização maior no futuro, porém, deido ao seu baixo potencial financeiro, nunca será superior ao futebol em materia de "espetáculo". Pois, para o brasileiro, esta sim é a arte. O futebol-arte.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Manhã de segunda-feira

Segunda-feira de manhã.

Frio dos deuses. As pessoas andam normalmente pelas ruas. Exceto pelo fato de ser uma segunda-feira, de manhã e o tempo estar frio, como os deuses.

Que lançaram o frio na Terra, com toda frieza, em plena segunda-feira, de manhã. Na qual ninguém quer acordar e, quando acorda, logo quer dormir de novo.

Novamente, é mais um dia de trabalho, mais um final de semana que se acaba e mais uma segunda-feira que chega. Fria.

Gelada, como o sorvete, ou a água de côco que você tomou na praia. Ou gelada como a cerveja que você tomou no bar.

Mas é segunda-feira.

Fria.

Repetitiva, como uma segunda-feira. Fria.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Dia de gravação

O mundo estava logo ali, me olhando. Eu tentava desviar minha atenção, olhava para os lados, mas não é assim que funciona. A câmera te encara e você tem que encará-la. Obrigatoriamente. Sem medo. Maldito boletim de TV.

Impossível, na primeira vez. Afinal, é a primeira vez.

Escrevemos os nossos textos, decoramos e tínhamos que nos virar em frente à luz, à câmera e ao olhar atento das pessoas. Erramos, repetimos, tentamos várias vezes. Tudo até ficar (quase) bom.

Escolhi ser logo um dos primeiros, pra ir logo duma vez e me livrar da responsabilidade. A morte magnética me aguardava. Eu estava tranquilo, até me posicionar em frente à câmera. Eu tremi, eu não desviei os meus olhares, eu esqueci o texto, eu engasguei. Mas li.

Boa noite. Milhões de fãs aguardam o lançamento de Death Magnetic, o décimo álbum de estúdio do Metallica.

O sucessor de St. Anger tem data de estréia marcada para essa sexta, dia 12, mesmo dia em que se inicia a turnê mundial da banda.

Segundo o baterista Lars Ulrich, a banda trabalhou duro na gravação do CD e eles não poderiam ter feito um álbum melhor.

Luiz Henrique Ferreira, para o Anhembi Notícias.

E eu fui embora.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Silêncio no engenho

Já estava em mente escrever algum texto jornalístico, só me faltava o assunto. Com o jogo entre Brasil e Bolívia hoje, apareceram as idéias.

Mas o jogo foi tão feio, que nem é digno de merecer um texto.

Pobres dos jornalistas, que ficaram (ainda estão) acordados acompanhando o desastre no Rio de Janeiro.

0 a 0. Fora o show, de horror.

Fico em silêncio, como a torcida e a imprensa deveriam ficar.

domingo, 7 de setembro de 2008

Mulheres

Você combina de sair com uma garota e, por ser uma ocasião especial, até demora um pouco mais pra sair de casa. Dez minutos no banho, um pra pentear o cabelo, um pra colocar a roupa e mais dois pra escovar os dentes.

Lá vai você. Ansioso e mais do que arrumado. Em aproximadamente quinze minutos, nos quais você enrolou bastante e enrola ainda mais. Dirige devagar e pega o caminho mais longo. Tudo pra gastar o tempo. Talvez pela ansiedade. Talvez por outro motivo.

"Me dá cinco minutos pra eu terminar de me arrumar?"
"É claro!" - Realmente acreditamos que serão só cinco.

Doce ilusão.

Enquanto esse tempo é mais do que suficiente para (a maioria de) nós, é menos do que um quinto do que elas precisam.

Homens costumam pegar logo a primeira camiseta da gaveta e, se esta está amassada, o problema é dela. A calça pendurada na cadeira, usada por dois dias está OK, "vou usar mais uma vez só, depois eu lavo".

Mulheres experimentam todas as roupas de todas as gavetas e do guarda-roupa. Se todas estiverem amassadas, todas vão ser passadas, mesmo que sejam só pra ser experimentadas mesmo. Todas as combinações possíveis são tentadas, sejam repetidas ou não.

Elas se olham no espelho, cuidam da maquiagem, passam cremes, perfumes e etc. Vem, então, a frase, dita para o próprio reflexo: "estou pronta".

Lindas, perfeitas, chegam ao carro, algum bom tempo depois do combinado. Dizem, ainda, que o relógio as traiu, os minutos foram insuficientes e que não estão prontas.

O caminho é longo. O restaurante desejado fica longe e as reclamações, por você ter chegado muito cedo e ter a impedido de se arrumar por completo, deixam as ruas mais extensas, criam trânsito e fazem com que todos os semáforos fiquem vermelhos.

Ao chegar no restaurante, você não consegue parar de olhar pra ela: "como está linda". Só que ela não olha pra você, de maneira alguma. Todas as atenções estão voltadas, não para os outros homens, mas para as outras mulheres.

Você olha, então, para os lados e já toma um tapa, meio que sem saber o porquê. Vem a justificativa, logo depois: era pra você olhar para as roupas delas, não para elas.

É claro, se você mal presta atenção nas roupas da sua namorada - pois a acha linda de qualquer jeito, até quando ela acorda e se acha horrível - por que prestaria atenção nas outras, ainda mais com a sua garota do seu lado?

Não entenda as mulheres, elas nem se vestem pra você.
Mas você gosta delas, afinal elas se despem pra você.


ps.: foi, ao mesmo tempo, um dos textos mais bonitos e o mais machista que eu escrevi (rs).

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Com sede

Um dia ganhei um pote do qual eu devia tomar conta. Podia colocar o que eu quisesse nele, era grande o suficiente pra colocar qualquer coisa. Era resistente o suficiente pra suportar tudo. Então, bastava tomar conta dele, mas tinha um porém.

Se sentisse sede, deveria tomar cuidado. Sem essa de querer tudo dele ao mesmo tempo. Era uma coisa de cada vez, pois o pote se tornava frágil quando se tirava algo dele.

Maldito pote.

(In)constância

Ser inconstante é ser você
É nunca ser o mesmo
É ser aquilo que se é
E não aquilo que se vê

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

O sucesso está no fracasso

Paraíba era um cara estranho. Egocêntrico, tímido e antipático. Era diferente de seus poucos amigos que, nem Deus sabia como, gostavam dele. Ele devia ter as suas virtudes, o problema é que ninguém as conhecia, ainda.

João Carlos fazia parte do vasto círculo social de Paraíba, que tinha aproximadamente três pessoas, incluindo a sua mãe. João se importava com o amigo, diferentemente do pai dele, que achava que o filho não tinha solução mesmo.

Enquanto navegava pela Internet, João viu algo que lhe chamou a atenção: uma universidade fazia uma pesquisa a respeito da sedução. Os cientistas procuravam estudantes de ambos os sexos que tinham problemas de relacionamento. No momento, só uma palavra veio à cabeça de João: Paraíba.

Foi ele, então, falar com o amigo a respeito da pesquisa. Paraíba, a princípio, desconfiou, achou ser uma brincadeira, mas depois aceitou participar. Afinal, havia um certo tempo desde que sua última - e primeira - namorada havia dado um término à relação deles.

Um cientista era o responsável pela recepção e pelas instruções às "cobaias" na universidade. Durante a palestra, dizia que existia uma fórmula a ser testada por quem tinha problemas de relacionamento. Não era nada químico, nem farmacêutico e, sim, psicológico.

Bastava usar de persuasão, mas não a comum, uma persuasão de tipo diferente. Paraíba ouvia atentamente as palavras daquele homem que dizia que, quanto mais ele se depreciasse ao conversar com uma mulher, mais chances ele teria de ter um relacionamento com ela. Ou seja, se ele passasse às mulheres o fracasso que ele era, obteria sucesso.

O então antipático, tímido e egocêntrico personagem logo se dispôs a tentar usar o método proposto e a relatar o êxito ou a falha. Saiu da faculdade e já atacou o seu primeiro alvo: uma menina feia no ponto de ônibus ali perto. Em vão.

Paraíba decidiu, então, não baixar o nível, não atacar nenhum alvo e, sim, chegar para conversar com uma menina. Foi ele conversar com aquela garota que estava ao lado de seu alvo anterior.

O destemido antipático começou a usar o que tinha aprendido, tomando o cuidado necessário para não expor o seu egocentrismo. Bastaram cinco minutos de conversa para que Paraíba pegasse o mesmo ônibus que ela.

O itinerário era a casa da menina. Paraíba se sentia animado com a situação e não parava de zombar de si mesmo. Ele era realmente um fracasso.

Paraíba era tão fracassado, que não se lembrava da história quando questionado por seu amigo João Carlos para que contasse a mesma.

"Paramos num bar perto da casa dela. Tomei um negócio e dormi. Acordei na rua e sem dinheiro."

"Paraíba, até o seu sucesso é um fracasso."

ps.: Texto escrito para faculdade, totalmente fictício! (rs)

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Quickie

"Eu gosto de ouvir música que eu entenda o que o cara fala, se ele tá falando inglês e eu não entendo, pra mim é só barulhinho. "

ps.: Não sei de onde veio essa frase, achei nos arquivos aqui como rascunho, mas é genial! (rs)

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Vitória por um nariz

Pelo título, logo imagina-se ser um texto pra falar de algum velocista que ganhou uma corrida por um nariz. Mas Usain Bolt não ganha por um nariz de vantagem, ele ganha por um ônibus. João Palomino, da ESPN, disse "Bolt é de outro mundo". Talvez essa seja a única explicação para o homem. Mas, como já foi dito, não se trata de um texto sobre atletismo.

Argentina e Grécia fizeram, de longe, o melhor jogo de basquete da Olimpíada, até agora. A maior vantagem foi dos hermanos: 7 pontos, rapidamente tirados pelos gregos. Como um bom jogo de futebol, foi este de basquete: lá e cá, pau a pau, mas não nariz a nariz.

Os gregos vice-campeões mundiais e seus narizes estranhos enfrentaram uma Argentina campeã olímpica e perderam o jogo por dois pontos: 80 a 78. Carlos Delfino tinha 8 pontos no jogo, quando decidiu fazer 15, só no último quarto.

Emanuel Ginobili e seu nariz fizeram 24 pontos, sendo 18 de bolas de três pontos. Juntos, Fotsis, Diamantidis e Vassilopoulos fizeram 21 pontos vindos de longe. O armador Theodoros Papaloukas fez apenas 4 pontos, sendo todos de lances livres. Seu único chute da linha dos três foi a última bola do jogo, que não caiu e, consequentemente, causou a derrota grega.

Bolt venceu os americanos por um ônibus. Lebron e companhia que não abram os olhos. Um nariz é uma diferença e tanto para a Argentina.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Obrigado pela participação

O Brasil tem uma medalha de ouro e cinco de bronze em Pequim, por enquanto. Segundo a grande mídia, os atletas do país vêm fazendo a sua parte, ficando nas últimas posições em todas as modalidades, participando apenas. Alguns judocas, as meninas da classe 470 na vela e César Cielo - este sim, "representou" - integram o quadro de medalhas do nosso país.

Deposita-se muita confiança em cima dos atletas brasileiros que, realmente, vão para as Olimpíadas e fazem o possível. Temos medalhas apenas nos esportes individuais, enquanto os coletivos se aproximam das finais. O vôlei e o futebol são os destaques da nação. São os esportes que todos querem ver. Que fazem todos acordarem mais cedo, no meio da madrugada.

Sem comentários sobre o vôlei, já que este ganha e vale o sono perdido. Como no nosso país é muito mais fácil criticar do que elogiar, vou falar de futebol, masculino, pois as meninas do Brasil estão na final e com uma medalha garantida.

Milton Leite, da SporTV, disse "a Argentina pode liquidar a fatura agora", pouco antes de Riquelme bater o pênalti que resultou no terceiro gol dos hermanos. E foi o que aconteceu, a Argentina realmente liquidou a fatura, logo ao entrar no campo do Estádio dos Trabalhadores, em Pequim.

Foi um passeio argentino. Três a zero, fora o show de Messi e companhia. A defesa estava perdida, o meio campo também e o coitado do Rafael Sóbis, sozinho no ataque, também. Qualquer alteração que fosse feita não adiantaria nada, pois o problema estava do outro lado: o time da Argentina era bom demais pro Brasil.

E vamos, novamente, como em Atlanta, atrás do bronze. As mulheres vão brigar pelo ouro com as norte-americanas, enquanto a geração tida como "a melhor geração olímpica" (de novo) do Brasil vai disputar, com a Bélgica, o honroso terceiro lugar. Honroso, mas não para o futebol, masculino.

Os atletas do judô, natação, vela - que conseguiram medalhas - ginástica, atletismo, ciclismo - que não conseguiram, esses sim, fizeram a sua parte: participaram. O futebol masculino não foi a Pequim pra participar, foi pra vencer e agora pode voltar com o bronze no pescoço. Sofreu com a Bélgica na primeira fase e a tendência é que sofra outra vez.

A final será entre Argentina e Nigéria, como em Atlanta, em 1996. Déjà vu. Só que naquela vez os nigerianos nos eliminaram. Tarefa que coube, dessa vez, aos nossos queridos argentinos.

Obrigado Argentina. Obrigado Brasil, pela participação.

sábado, 16 de agosto de 2008

Herói de uma nação

"Uma vida em 21 segundos", como ele mesmo descreveu.

21 segundos, para um recorde olímpico a durar, pelo menos, quatro anos.
21 segundos, suficientes para ele se tornar um herói, eterno.

Sou só mais um, um ninguém, a dizer o que uma nação inteira pensa no momento: Parabéns, César Cielo Filho!

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Blogar não é ilegal, é legal

Foi iniciado o segundo semestre na faculdade. As pessoas da classe são quase que as mesmas. Não temos muitos acréscimos, porém algumas ausências, talvez por estarmos ainda na primeira semana de aula, na qual ninguém vai pra aula mesmo.

Na grade dessa segunda metade do ano, a maioria das disciplinas são diferentes. Temos algumas coisas interessantes como "alguma coisa de TV", "alguma coisa de rádio" e "blog" (entenda esses "alguma coisa" como os nomes das matérias, que eu não lembro). Enfim, a classe se empolgou totalmente com TV, por ser algo mais acessível e novo, como matéria no curso. O povo talvez não queira muito ver a cara do rádio, por já ter visto algo no semestre passado, mas não sei. Quanto ao "blog"... coitado do blog. A classe apresentou uma represália incrível em relação a matéria "blog" (sei lá qual é o resto do nome desta também).

Por quê?

Por quê ninguém gosta de blog?
Blog não é culto. Blog é coisa de nerd. Quem tem blog é estranho. Eu, por exemplo, devo ser o cara mais estranho da classe. Fico quieto na minha quase que sempre, falo pouco, reclamo muito, fico longe do povo na maior parte do tempo, não bebo, etc. Já que sou estranho, tenho um blog. Nada mais justo, certo? Não! Até os caras que você mais gosta/admira têm blog, e sabe qual é a pior parte? Você lê!

Por quê ler um blog?
Sejam eles humorísticos, esportivos, musicais, jornalísticos ou pessoais, todos são blogs. Se você só lê o blog do Jabor ou o blog do Noblat, ótimo. É a mesma coisa que ligar a televisão e só assistir o Jornal Nacional ou abrir o jornal e ler só a parte de política. Nada contra os dois citados, mas digo que a não-leitura de outras coisas causa uma certa ilusão de "cultura". Novamente, é a mesma coisa que não ler a página de esportes ou a parte de entretenimento num jornal ou não assistir algum filme/seriado na TV.

Por quê fazer/escrever num blog?
É coisa pra quem não gosta de falar muito, então escreve. Serve pra dar opinião, se expressar, elogiar, comentar, xingar. Não há fiscalização nem leis sobre o que se bloga. Se alguém quiser xingar Deus e o mundo via tv/rádio/jornal, a censura aparece pra foder com a vida do cara. Se alguém deseja fazer uso de palavras de baixo calão num blog, todo mundo quer mais é que se foda.

Portanto, "blogar não é ilegal, é legal" não é só uma ambigüidade e nem só uma aliteração. Para os "cultos", é uma bobagem. Para os cultos, é uma verdade. Os jornais têm medo, ameaçam os blogueiros, mas se juntam a eles. Eu teria medo se fosse você, "culto".

domingo, 10 de agosto de 2008

Tal pai, tal filho (parte 2)

Tenho 20 anos de idade, faço faculdade de jornalismo, jogo basquete por lazer e sou professor de inglês por prazer. Dou aulas há apenas dois meses, o que já é suficiente pra perceber o quanto eu gosto da coisa.

Trabalhei, sem querer, com traduções no ano passado, por meio do Q.I. Mas, definitivamente sou mais da área de jornalismo do que de letras. Só que nem sempre foi assim.

Desde pequeno, gosto de línguas estrangeiras, seja qual for. Sempre tive facilidade de aprendizagem e de pronúncia com qualquer língua que eu tenha estudado. Já fiz meu pai pagar cursos de inglês e francês. Até que, neste último, veio a possível luz: eu queria fazer letras.

Prestei quatro vestibulares em 2006: PUC, FMU, USP e UNESP, dos quais passei em três e fiquei na primeira fase da Fuvest. Cheguei a fazer a matrícula na PUC, mas não queria fazer o curso. Foi quando saiu o resultado - positivo - da UNESP: eu queria fazer letras, lá!

Minha família enlouqueceu e disse que a loucura estava em mim: "você está louco?" Não, eu não estava, a princípio - Assis me deixou louco. Eu queria fazer o curso em uma faculdade pública.

E eu fui.

Para a frustração de todos, eu fui. Mesmo com todos os amigos e a família por aqui. Mesmo com meu pai tendo se proposto a pagar uma faculdade por aqui, eu fui pra lá.

E eu voltei.


Para a alegria de todos, eu voltei. Cansei das letras e caí no jornalismo. O laço de amizade/necessidade, tanto com a família quanto com os amigos, ficou mais forte. A comida da minha mãe ficou ainda melhor e cada minuto com meu pai se tornou mais valioso.

Assim como cada centavo, é claro. Ainda mais pelo fato de eu estudar em uma universidade particular, agora.

No entanto, ainda que o laço com meu pai tenha se fortalecido, ainda é estreito. São poucas as vezes que ele vai além de ser financeiro e futebolístico. Mas mesmo assim, não existe alguém que eu admire mais que meu pai.

Não é qualquer um que faz até a quarta série primária na escola, acorda de madrugada pra trabalhar desde os 14 anos e sustenta uma família como ele sustenta.

Posso ter gratidão e admiração eternas por aquele homem, mas eu nunca soube dizer isso a ele.

Acho que vou escrever um texto.

Tal pai, tal filho (parte I)

Tenho 51 anos de idade, dos quais 37 tenho acordado entre 2h30 e 5h30 para ir trabalhar. Isso mesmo, desde os 14 anos de idade eu trabalho - e muito.

Neste meio-tempo, conheci, trabalhando, a mulher da minha vida, após me recuperar de um outro relacionamento de cinco anos, em vão. Namorei com ela por vários anos, nos casamos e tivemos dois filhos, que, atualmente, têm 20 e 17 anos.

Quando os meninos eram pequenos, tudo era mais fácil. Lembro que eu os levava pra passear nos parques de São Paulo - a USP quando ainda era aberta a todos e o recém-inaugurado Villa Lobos.

No começo, ambos torciam para o meu Corinthians, mas isso foi por pouco tempo. O Timão vivia uma situação difícil e o São Paulo estava no auge, na época do Telê. Aconteceu, então, o inevitável pra mim: meu filho mais velho virou sãopaulino, convencido pelo tio dele.

Foi questão de tempo se acostumar, mas acredito que não foi tão ruim assim. Afinal, não temos (muitos) problemas e brigas futebolísticas em casa.

Mas enfim, chega de falar de futebol.

Mudando totalmente de assunto, no começo do ano passado (2007), meu filho mais velho passou no vestibular de uma faculdade pública. No entanto, havia um problema: a tal faculdade ficava em Assis, interior de São Paulo, longe de tudo e todos.

Sabe Deus o que se passava na cabeça daquele menino, que sempre teve o que quis, pra ir praquele fim de mundo, só pra estudar de graça. Me dispus a pagar uma faculdade por aqui e de nada adiantou.

E foi, pro fim do mundo, viver uma vida doida, coisa que ninguém queria - e nem esperava - que ele fizesse. Por sorte, ele não aguentou por muito tempo e voltou. Ainda bem que ele não arrumou namorada por lá, senão não voltaria nunca.

Hoje em dia, mesmo assim, só o vejo nos finais de semana - quando o vejo - já que o safado não pára em casa nunca, por nada no mundo. Isso, infelizmente, não mudou em relação ao ano passado.

Agora em julho, que é mês de férias da faculdade dele, o vi quase todo dia e, ainda assim, não conversamos muito, mais por falta de assunto do que por falta de vontade.

Acredito, pelo menos, que ele existe e resolve qualquer problema que eu pedir. Até acordar 3h30 da manhã pra me levar no serviço. Me senti extremamente contente, só não soube como agradecer.

Acho que vou escrever um texto.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Quando a tristeza vira o assunto

É triste. Claro que é triste.
Ter um motivo desses pra postar, é triste.
Ver todo mundo de luto é triste.
Ficar de luto é triste.
Todos tentam apoiar, mas não deixa de ser triste.
Algumas pessoas que não tem o costume de falar com você, puxam assunto.
"Quem faleceu?" "Tá tudo bem?" "Meus pêsames."
Estar em qualquer um dos lados é triste.
Saber que alguém deixa essa vida é triste.
Seja próximo ou não, é triste.
Alguns, mais frágeis, tentam esquecer a tristeza por um tempo.
Mas a tristeza vira assunto.
A tristeza vira o assunto de qualquer jeito.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Enjoy the show

ps. (entenda pre-script): Trata-se de um guia prático (ou não) de como se aproveitar bem os shows dessa vida. Escrito por mim, é claro.

Ignore as condições climáticas. Dê preferência ao ambiente de show. Esteja o frio que estiver, proteja-se dele somente antes de entrar no show, já que, lá dentro, este frio inexiste.

Esqueça seus horários e desmarque os seus compromissos. Por mais que sempre existam espertinhos furadores de fila, a mesma é uma diversão a parte durante o dia.

Conheça muito bem a banda. Procure decorar letras, melodias, solos, sussurros, respirações. E tudo que for possível de ser decorado nas músicas.

Não leia possíveis setlists ou veja vídeos das músicas possíveis de serem tocadas. Nada se compara à emoção da surpresa, de ver tudo ao vivo, na hora.

Condições físicas e psicológicas são extremamente facultativas. A última coisa na qual você deve pensar em um show é em parar de pular, por dor nas pernas, ou parar de cantar, por dor de garganta e/ou ausência de voz.

Resumindo, esqueça de tudo. Viva cada música como se fosse a última. (agora sim eu vi praticidade!)

Enjoy the show.

ps. (entenda post-script): Neste ano, fui a cinco shows, todos muito bem aproveitados! (rs)

sexta-feira, 4 de julho de 2008

O dia em que a Terra parou

Se o presidente tivesse morrido, "e daí?! Eu não sei."
Se o São Paulo tivesse contratado o Ronaldinho, "e daí?! Eu não sei."
Se o Slipknot tivesse antecipado o lançamento do cd novo, "e daí?! Eu não sei."

Pra quem vive em São Paulo, em função da Internet e a usa para trabalho e para lazer, a Terra parou. Foram horas de caos. Nada funcionava. Filas se formavam. Foi um dia de trabalho quase que desperdiçado por muitos paulistanos. Mas enfim, ela está de volta.

Luigi" #13 ...e o mundo volta a girar diz (00:22):
welcome back to the world!
Luigi" #13 ...e o mundo volta a girar diz (00:22):
\o/
Luigi" #13 ...e o mundo volta a girar diz (00:24):
pronto, já estou entediado de novo
Luigi" #13 ...e o mundo volta a girar diz (00:24):
ficar perdido é mais legal

Foi um (bom) tempo (em que estive) perdido, sem saber das notícias do mundo.
No entanto, após mais de 12h sem uma conexão estável com a Internet, essa é a idéia.
O tempo perdido e com o mundo parado foi mais legal.

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Superman

Estava sem sono, demorei a dormir. As horas passavam e eu não conseguia fechar os olhos por mais de cinco segundos.

Foi a primeira vez que acordei de mau humor, em toda a minha vida. Não tive nenhum sonho bom, nenhum sonho legal. Foram decepções seguidas de decepções.

Busquei, então, algum abrigo, algum lapso de alegria. Talvez fosse a falta de costume de estar de mau humor e não saber o que fazer. No entanto, a grande maioria dos abrigos estava lotada, sem lugar para alguém desanimado.

Entre uma e outra conversa, algumas risadas, discussões e filosofia. A boa e velha filosofia.

Não adianta correr, procurar abrigo. Fique na chuva e se molhe. Não finja ser o Superman. Seja o Superman. Fingir é enganar e, no caso, "engana-te a ti mesmo". Enganando-se, achará que sabe de tudo, quando, no fundo, você não sabe nada.

Não sabe, mas pode tudo. Pelo menos enquanto não descobrir a criptonita.

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Ida e volta, tristeza e alegria, solidão e companhia

"Will darkness turn to light?
Can someone wake me from this nightmare?"

Parecia uma cena de filme. Ele andava pelas ruas sozinho, num dia frio. A música que tocava em seus fones de ouvido parecia perfeita para o momento.

Uma nuvem cinza de tristeza parecia envolver a cidade inteira. Não se via um sorriso sequer, em qualquer pessoa, animal ou coisa - se postes demonstrassem expressão, não seria a alegria neste dia.

A escuridão durante o dia lhe trazia a tristeza, lhe tirava todas as vontades, exceto a de ficar deitado e não levantar durante o resto do dia. A tristeza, por sua vez, trazia a solidão. As músicas começam a ficar mais e mais tristes e os parágrafos, maiores.

O caminho não é longo, mas parece. Assim como este parágrafo, que começa simples e se estende. Lhe basta descer uma rua, atravessar a outra e lá está ele, no banco. A fila é curta, ao contrário deste parágrafo e da espera, de apenas dez minutos. Vem, então, o regresso ao caminho (aparentemente) curto e o fim dele, junto com o deste parágrafo.

Um perfume conhecido o acompanhou em sua jornada. Apesar de ter ficado anos sem realmente ter sentido tal aroma, o mesmo lhe perseguiu por várias ocasiões nos últimos anos. Da mesma maneira, o número 13 o assombra, só que até os dias atuais. No entanto, trata-se de outra história.

Desta vez, o doce perfume lhe traz um calor na alma, uma sensação agradável, um alívio, a saudade. Antes do encontro com o tal perfume, a dor no coração daquele que andava era igual a dor no pulso deste que escreve, senão maior.

Mesmo que devagar, a alegria parece vir. Vem anunciada, sem pressa, sem causar sustos. A tristeza, no entanto, na noite passada, assustou. Veio sem anunciar, assim que nosso personagem encostou a cabeça no travesseiro.

Vieram as lágrimas, que não seriam contidas se o sono não fosse grande. Mas ele era, diferentemente deste parágrafo.

Anunciados ou não, com sono ou não, vêm os nossos sentimentos. Com sustos ou não, sozinhos ou não.

No entanto, a alegria só é real quando é compartilhada.

terça-feira, 24 de junho de 2008

Windows 7 promete novidades para usuários e programadores (parte II)

Ao tentar postar, em aula, esse texto abaixo num blog criado pelo professor, ocorreram alguns problemas.

A princípio, um leve "pau" no Internet Explorer. Teimoso, eu não quis baixar o Mozilla Firefox por achar que seria rápido o conjunto dos atos de postar, salvar e publicar o texto. Doce ilusão. Fui obrigado a tentar com o Firefox, como eu faria de costume, ou se estivesse em casa.

Nenhum problema ao postar. Pena não poder dizer o mesmo sobre "salvar e publicar". Ao inserir as imagens, (inexistentes no post abaixo, por questão meramente estética) veio a dor de cabeça: eu inseria as imagens e o texto sumia, sem dar explicações.

E veio o professor tentar resolver - talvez fosse um erro da BIOS (LOL), mas não era. Linhas e tags eram excluídas do código HTML do post e, incrivelmente, quando tudo parecia que ia dar certo, dava errado e o texto sumia outra vez.

"Me manda o trabalho por e-mail mesmo" - disse o professor. Revoltado com o bug e com a situação, continuou: "mas vocês também resolvem falar de Windows, tentem falar sobre Macintosh ou Linux na próxima vez!"

Me parece que o Windows dá pau até quando é apenas mencionado. Eu é que não vou comprar o Seven.

Windows 7 promete novidades para usuários e programadores (parte I)

Ao participar de evento em Miami, Bill Gates, presidente da Microsoft, afirmou que o Windows 7 fica pronto em 2009. De acordo com o cronograma da empresa, a estréia da nova versão do Windows está prevista para o ano de 2010, três anos após o lançamento do Windows Vista. O “Seven” chegará ao mercado com a expectativa de superar em termos de venda o seu antecessor.

A nova versão do sistema operacional da Microsoft apresentará várias novidades e recursos que deveriam ter sido lançados na versão Vista, mas que não puderam ser inclusos na versão final do programa, o que aumenta ainda mais a expectativa acerca do lançamento do Seven.

Bill Gates ainda afirmou que a nova interface do programa transformará drasticamente a forma com que os usuários do programa interagem com o dispositivo. Gates disse que, futuramente, os papéis da fala e da visão serão ainda mais importantes para a interação e comunicação entre homem e máquina.

Filipe Barros, programador e economista, opinou sobre as principais novidades e recursos do sistema e, dentre eles, comentou sobre a tecnologia “Touch Screen”, que permite ao usuário executar comandos do programa através de toques no monitor. Barros disse que esse novo recurso é mais caro, mas por ser um fator novo pode chamar a atenção do consumidor. “A tecnologia Touch Screen pode afetar nas vendas, pois exige um hardware mais caro do que o comum, só que ao mesmo tempo, por se tratar de uma tecnologia emergente, pode atrair mais a atenção do consumidor”, ressalta.

O Windows 7 contará com vários novos recursos além do “Touch Screen”, como um disco virtual de armazenamento de arquivos (HD virtual), um programa para edição de blogs e páginas pessoais e um assistente para o uso de FTP no Internet Explorer – o browser contará com “abas” na navegação, da mesma maneira que o Mozilla Firefox. Além disso, haverá também um novo menu iniciar e uma interface gráfica ainda melhor que a do Vista.

Perguntado sobre a reação do consumidor com a chegada do novo dispositivo e suas novidades, Filipe afirmou que os usuários reagirão com curiosidade a princípio, pois o Windows 7 promete um melhor desempenho, exigindo menos hardware em relação ao Windows Vista e promete, também, menos travamentos.

Já sobre a venda do Windows 7, o programador/economista acredita que o mesmo venderá mais que o Vista, pois trata-se de uma versão nova, que fará com que a antiga seja tirada do mercado. Se, as coisas forem realmente conforme prometidas, o Seven terá um melhor desempenho que o Vista, fato, este, que acarretará num maior número de vendas, já que o Vista não satisfez os consumidores como era esperado.

Com o sistema proposto, gestos serão transformados em comandos, beneficiando imensamente programas gráficos e outras aplicações. A Microsoft demonstrou alguns exemplos de manuseio de galeria de fotos, criação de desenhos, execução de uma música ao piano e acesso a serviços como o Live Maps e o Virtual Earth.

O kernel (parte do sistema operacional responsável por gerenciar todos os recursos do mesmo) do Windows 7 será mais leve do que o das versões anteriores, apesar de levar o mesmo nome: MinWin. O dispositivo usado como base de código para o Seven é capaz de ser bootado normalmente e não tem um modo gráfico – é acessado via um shell, semelhante ao DOS. O MinWin é resultado da compilação de 100 arquivos, o que prova sua evolução em relação a versão anterior, com 5000 arquivos.

Além disso, a nova versão do kernel da Microsoft exigirá apenas 25 MB de espaço em disco e precisará apenas de 40 MB de memória RAM para ser executada. Tudo isso é possível graças à delimitação das funcionalidades mais básicas, o que justifica a nomenclatura “microkernel” dada ao novo MinWin.

“Em se falando de programação, pode ser que o Windows 7 seja melhor para trabalhar, já que virá armado com um kernel mais poderoso e mais leve”, diz Filipe, que, assim como muitos programadores, prefere o sistema operacional Linux para trabalhar, já que o mesmo é mais leve e possui um modo de console mais poderoso.

Texto de autoria de Luiz Henrique Ferreira e Gabriel Ferreira Nunes, para a disciplina "Laboratório digital: agência de notícias".

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Um dia dos namorados

É aquele dia pra passar junto com quem a gente gosta.
Dia de dar e receber presente. Dia de passar embaixo das cobertas, assistindo filme e comendo pipoca.
Dia de sair e ir pro cinema. Dia de ir ao parque e sentar debaixo de uma árvore.
Dia em que até o Google muda o seu tema. Dia de beijos e abraços infindáveis.
É aquele dia que muito esperamos... ou não.

É dia de lotar os shoppings. Dia dos solteiros chorarem as pitangas por um amor.
Dia dos desesperados irem atrás de alguém desesperado.
É dia de se sentir longe, dia de estar a quilômetros de distância.

É dia de pensar: algum dia, o dia vai deixar de ser apenas um dia.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

(Pre) texto para o dia seguinte

A luz do meu quarto pisca quando solicitada para ficar acesa. Com tal fato, fica difícil de escrever metas a serem feitas para o dia seguinte, como de costume em toda noite, antes de dormir.

Já é o terceiro dia em que as metas são as mesmas. Três dias de luz piscando. Três dias de oscilação sentimental entre alegria e tristeza, ânimo e desânimo. Três dias de metas não cumpridas ou cumpridas pela metade.

"Ensinar" é a única meta cumprida, como se fosse uma obrigação, mas não é. O "ensinar" se enquadra no "trabalhar", só que, ao invés de ser apenas uma obrigação, ensinar é também uma diversão.

Amanhã não terei essa meta, já que dou aulas de inglês para apenas uma turma por enquanto.

Amanhã é o quarto dia. Mudanças são esperadas, para que esse texto não se torne um pretexto para o dia seguinte.

E seguinte.

domingo, 25 de maio de 2008

O gosto das nuvens

Domingo é dia de depressão e tristeza.
Domingo é dia de otimismo e alegria.

Famílias choram por seus entes queridos em um velório.
Famílias sorriem passeando e se divertindo.

O carro quebrado impede um passeio solitário.
O carro (sujo) funcionando concretiza outro, entre amigos.

Músicas de melodias tristes e letras tristes fazem as pessoas pensarem.
Músicas de melodias tristes e letras animadoras fazem as pessoas pensarem.

Conversas causam brigas.
Conversas levam a consensos.

O choro.
O riso.

Uma vez me disseram que um certo sorvete tem gosto de nuvem.

Nuvens cinzentas, tristes.
Nuvens brandas e alegres, que embelezam o céu num fim de tarde.

Se você comer uma nuvem, que gosto ela terá?

Linhas corridas em uma página virada

Que mal faz uma conversa? O que há de errado num consenso? A conversa leva ao consenso e este, por sua vez, leva novamente à conversa.

A correria de nossas vidas faz com que deixemos escapar alguns momentos-chave. Viramos a página sem ao menos perceber o que ficou pra trás.

Linhas e linhas são escritas e, nos dois livros da minha história, amigos estão presentes, perto ou longe, com elogios ou críticas, com conversas ou não.

Ao voltarmos alguns passos no tempo, percebemos o que erramos e logo vemos que foi pouco. Não foi nada mais do que uma conversa que levaria a um consenso.

Palavras jogadas ao vento na forma de pensamentos (sem sentido), se encontram e se juntam em algumas frases.

A parte em branco é preenchida, mesmo tratando-se apenas de páginas viradas.

Páginas, agora, com algumas linhas - corridas, bem corridas - de texto.

E a história continua.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Lisbon

(by Angra)

Everynight I say a prayer
Look at me: nobody cares
Just a mirror, passing by...
Looked inside:
I've lost my pride!

Stay with me not for so long
It's alright: no needs, no hope
Such a miracle,
looking back...
Times gone by,
and life wasn't bad...!

Lord, light my way
Fill these withered,
careless hands...

Oh, skies are falling down
Skies are falling down
Oh, skies are falling down
Skies are falling down

See, the birds are back...
At the docks and everywhere
Here in Lisbon, realized
This whole world
so strange and divine

Lord, light my way
Fill these withered,
careless hands...

Oh, skies are falling down
Skies are falling down
Oh, skies are falling down
Skies are falling down

ps.: Eu poderia postar um texto gigante, falando sobre nostalgia, mas essa música explica melhor do que quaisquer outras palavras, mesmo a letra não tendo nada a ver com nostalgia.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Brincando de sorrir

Há muitos momentos ruins em nossas vidas. Momentos em que o desânimo, a tristeza ou até mesmo a raiva nos pegam de surpresa, querendo acabar com o nosso dia.

Existem vários jeitos de mandar esse "stress" embora. Algumas pessoas espancam as coisas, enquanto outras espancam pessoas mesmo. Jogos eletrônicos são boas opções também, os mais violentos no caso, como Counter Strike ou GTA.

No entanto, a violência não é a única solução para o stress. A maior arma contra desânimo, tristeza e raiva está bem ao nosso alcance, bem perto da gente, é o sorriso. Obviamente, sorrir em um momento ruim pode parecer difícil, mas só parece.

Um sorriso pode ser obtido de várias maneiras. Por meio de uma música, uma piada, uma compra, uma refeição, um gol do seu time, um sonho. Só que, se a situação for bem ruim mesmo, nem aquela música que mais te anima vai te colocar um sorriso no rosto.

O quê fazer então?

Ao realizar uma boa ação, espera-se uma recompensa em troca, quando não há recompensa mais valiosa do que o sorriso. Este, é contagioso e contagiante, ou seja, é animador, não apenas momentâneo e sim uma verdadeira mudança de estado.

Portanto, nada é mais incrível no papel de mudança de humor do que o sorriso, principalmente aquele de quem é especial, que contagia ainda mais, anima e faz continuar a brincadeira de passar a expressão de alegria em frente.

Sorria!

sábado, 10 de maio de 2008

(Semi) Boletim de trânsito sem muito propósito

Faltam cinco minutos para o começo da primeira aula, estou preso no trânsito e nem perto da faculdade. Seria uma situação desperadora em dias normais, mas um certo costume e uma sensação de alívio impedem o stress com o trânsito da Av. Faria Lima.

Aproveito o fato do tempo passar mais devagar para escrever, explorar os botões e funções desconhecidos do carro novo, programar as estações de rádio e pensar um pouco enquanto ouço a Alpha FM, já que esqueci meus CDs.

A serenidade das músicas me acalma e não me permite fazer o que eu faria normalmente: ir pra outro lugar e cabular aula. Obviamente, não vou chegar a tempo para a primeira aula - agora, já estou dez minutos atrasado - mas, mesmo assim, não vou parar em algum lugar para tomar uma cerveja, até porque não bebo.

Entre paradas e pequenas andadas, o tempo passa e eu só tenho mais idéias. Meu cérebro deve estar que nem a Faria Lima agora, um trânsito intenso, com milhares de idéias querendo andar e sem espaço para acelerar ou ir longe.

Alguns pedestres simulam pequenas idéias e os carros são as maiores. Os ônibus simbolizam aquelas enormes e um grande avião representa o maior de todos os pensamentos no momento. Há, claro, os outros motoristas que buzinam e atrapalham, que representam outros motoristas que buzinam e atrapalham mesmo, trata-se de uma existência mútua, no caso.

O avião sobrevoa minhas idéias e meus pensmentos, só observa o trânsito. É o centro das atenções, é o que eu queria ter pra mim, pra passar por cima do trânsito e ir embora.

No entanto, o avião que eu preciso esta bem longe daqui.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Poeira ao vento

Basta um toque para que a casa se encha de poeira. Uma gavetinha aberta e pronto, cá estou eu coçando o nariz e tomando meus seis remédios diários contra a rinite alérgica.

Ao tirar o pó das coisas, vê-se muita coisa interessante: inúmeras sacolas, pilhas, peças quebradas de computador, alguns cds e papéis. Como todos bem sabem, desenvolvo uma paixão por papéis velhos, de preferência escritos (rs).E, ao abrir os papéis, mais poeira, mais lembranças: passagens de viagem, ingressos, anotações, bilhetes com conversas e cartas.

Não contente com toda a poeira já espalhada pela casa, abro uma caixa velha e o resultado é óbvio, mais lembranças: objetos, mais papéis e fotos, além de mais poeira.

Tudo é devidamente guardado em lugar merecido e a gavetinha - sem pó agora - cresce, se torna enorme, com espaço para muitas lembranças mais. A poeira, que se vai com o vento, abre espaço para o futuro.

terça-feira, 6 de maio de 2008

Luvas, pantufas, blusa e bermuda

A calça jeans transmite seriedade. Faz parecer que você trabalha e que sabe o que quer da vida. Enfim, como dito, lhe faz parecer sério. Já a bermuda, transmite desleixo. Passa a imagem de que você é despojado, relaxado e não liga pra nada. Use bermuda e seja tachado como quem não sabe o que quer da vida. Só é sério quem usa calça jeans.

No entanto, contrariando essa regra e criando outra, ou talvez uma exceção apenas, estão certas pessoas.

Como em anos atrás, quando a calça não cabia na mochila e um certo jovem ia direto do treino de basquete para a escola, de bermuda mesmo. Naquele tempo em que se sentia pequeno perto de uma menina gigante e ficava do tamanho dela com seus tênis de basquete, parecia despojado por estar de bermuda.

E mesmo atualmente, quando o tempo quente fica frio e a inspiração fluente some, troca-se a ausência de camiseta por uma blusa, o boné por uma touca, as mãos geladas vestem luvas e os pés, pantufas. No entanto, a bermuda continua. E ainda assim, o estereótipo "relaxado" continua.

Quem liga pra isso? O frio é psicológico e os estereótipos, mais ainda. A seriedade está muito além de algumas polegadas de tecido. Além de quem usa calça jeans, há quem usa luvas, pantufas, blusa e bermuda e sabe bem o que quer da vida.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

O dia do eehhrr

Em meados do final de maio de 2004, quatro jovens conversavam sobre datas comemorativas na sala de aula. Não consta nos arquivos mentais qual aula era, dia da semana, ou qualquer detalhe maior. A época coincidia com o "boom" de expressões como a "bonhaghawas" e o "eehhrr" - usadas até hoje - entre outras menos usadas, como o "pepilawwwers T" e etc.

Discutia-se a existência de muitas datas comemorativas em nosso calendário, como o "dia da pizza", "dia do café", ou o "dia da saudade", como diria Raul Seixas. Como já foi dito, era época do "boom" das expressões citadas, entre elas, o "eehhrr", e, devido a uma série de outros fatos, o número 5 era tido como sagrado por aqueles jovens no segundo ano do ensino médio.

Juntando, portanto, o útil ao agradável, foi criado o Dia Mundial, quiça Universal, do "eehhrr", a ser comemorado todo dia 05 de todo mês de maio. Como tratava-se do final do mês na época, a primeira data comemorada foi a do ano de dois mil e CINCO, coincidentemente.

Agora você que lê e não sabe do que se trata o "eehhrr", alguma outra coisa já dita no texto, ou não entendeu porra nenhuma mesmo, apenas uma breve explicação: do quê se trata o "eehhrr"?

"eehhrr", escrito sempre 100% em caixa alta ou caixa baixa, se trata de um sinônimo de bonhaghawas, que por sua vez se trata de um sinônimo para a pepilawwwers T, que remete de volta ao eehhrr e à uma série de outras expressões que querem dizer a mesma coisa: tudo. O melhor jeito de exemplificar é o seguinte: olhe para o seu monitor, ele é uma bonhaghawas, do mesmo jeito que o seu mouse, a sua camiseta, suas meias, as paredes do seu quarto e etc. Além disso, tudo é uma série de "eehhrrs".

Achou tudo isso muito confuso? É essa a intenção: confundir e não explicar, já que este texto se trata de uma bela bonhaghawas também.

Feliz dia do eehhrr a todos!

Warmness on the soul

Your hazel green tint eyes watching every move I make.
And that feeling of doubt, it's erased.
I'll never feel alone again with you by my side.
You're the one, and in you I confide.

And we have gone through good and bad times.
But your unconditional love was always on my mind.
You've been there from the start for me.
And your love's always been true as can be.

I give my heart to you.
I give my heart, cause nothing can compare in this world to you.

(por Avenged Sevenfold)

ps.: eu evito postar músicas por aqui, mas no momento, é inevitável.

domingo, 4 de maio de 2008

Maio

A inspiração flui, mas nada é passado pro papel. O bloqueio mental atrapalha.
Penso em tudo, não consigo escrever absolutamente nada.

No maio do ano passado, eu estava em Assis, às vésperas de uma greve na faculdade. Com alguns seminários, trabalhos e provas marcados e sem a certeza se algum deles seria realmente feito e/ou apresentado.
No maio deste ano, estou em casa, Osasco, quase em uma greve de posts, a contragosto, é claro. Com alguns seminários, trabalhos e provas marcados e sem a certeza se algum deles será realmente feito e/ou apresentado.

Tem muita coisa que não muda.

ps.: Ficou muito ruim, mas eu não consigo pensar em mais nada.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Ineditismo

Não esperava que fosse acontecer, foi muito de súbito.
Só estava andando tranquilamente, mais nada.
Não tinha plano nenhum em mente.
Só queria chegar rápido, o tempo estava curto.
Nem pensava na possibilidade de isso acontecer.
E Justamente naquele lugar, em que eu passo tanto.
Simplesmente aconteceu.
Estava eu passando ali novamente e pela primeira vez, bati o carro.

LOL

Tentativas e lições aprendidas

Pense positivo, acredite e não desista.
Acho que se tem algo em que sempre tive como lição, foi essa linha acima.
Minha mãe sempre disse e eu sempre acreditei. Eu li O Segredo e não deixei de acreditar. Tentei, não desisti, pensei positivo, e eu não deixo de acreditar.
A gente tenta tanta coisa, se esforça pra dar certo, só que não dá. Mesmo tentando tanto, tudo parece dar errado às vezes. Então, já que vemos tudo errado, nos esforçamos pra que tudo dê mais errado ainda, só que o êxito é ainda menor.
Tentamos, fazemos o possível, acreditamos, não desistimos. Tudo pra que tudo dê errado e não dá.
Que lição tiramos disso?
Se não tentamos o suficiente pras coisas darem certo, não tentaríamos também pra que elas dessem errado.
E já que o errado não deu certo, o que é certo?
O certo, porra! É tão óbvio...

ps.: Parecia ser um texto tão sério, rs.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Par de chocolates brancos/Laços pelo retrovisor

É apenas um par de chocolates brancos, embrulhados no papel ainda. Mas que vão durar pra sempre e eu tinha que citar isso por aqui.

Me sinto muito vivo. Pela primeira vez, não posso negar.
Olho pelo retrovisor e vejo um carro ficando pra trás, junto com os outros. Não, eu não estou em alta velocidade, mas os carros ficam, parecem parar. Um deles realmente pára e chama a minha atenção. Parece até que criei um laço com o carro, apenas por olhar pelo espelho.
O laço entre os veículos está feito. Mais do que montadoras em comum, os carros compartilham certezas e necessidades. Se viram pouco tempo em poucos dias, mas o tempo valeu. (Re)criou um laço.
Os laços que nós criamos não são desfeitos se não quisermos. E, além disso, vão além do que nós podemos imaginar. Além de nós.

ps.: Adoro metáforas, ainda mais aquelas da vida, como todos sabem, já que deixo isso claro por aqui. Tratam-se de dois "textos", que não poderiam ser escritos separadamente.

ps.2: Desde "e aí, onde vamos cantar hoje?" até "falow valeu \o", sure it was perfect.

domingo, 20 de abril de 2008

Uma flor no deserto

Linda, porém sozinha e triste.
Apenas sente o vento bater, de um lado para o outro.
Do lado da tempestade para o lado da calmaria.
Por entre suas pétalas, a brisa se torna agradável.

No meio do deserto, sem nenhuma outra planta por perto.
Vê o mundo girar e se sente fora dele.
Pensa com cuidado, uma linha de cada vez.

O tempo passa e a flor não se adapta ao deserto.
A flor quer desertar, sentir apenas a brisa da calmaria.
A tempestade de areia inunda seus pensamentos.
E o vento bate, o mundo gira e a flor chora.
É elogiada, é uma linda flor, porém sozinha e triste.

A flor precisa ser (a)colhida.

terça-feira, 15 de abril de 2008

Gaveta aberta

Uma imagem vale mais do que 1000 palavras. Nós, jornalistas (rs), não costumamos levar isso em conta às vezes.

Em muitos casos, não temos imagens pra provar as coisas, então escrevemos aquilo que vimos, aquilo em que acreditamos e aquilo que sentimos.

Somos rejeitados se não temos fontes, comprovantes. A verdade é questionada: "de onde veio isso?" No entanto, esse não é um texto jornalístico.

Não há imagens de qualquer jeito e não há outras fontes senão a palavra e o sentimento pra provarem a verdade.

"Que verdade?"

Certas histórias não se vão. Mesmo que guarde-as no canto mais oculto, nunca vai esquecer que elas estão ali.

Quando você entra novamente nas que tentou guardar, ataques de riso e choro se confundem, mas o sentimento é um: a felicidade.

O livro da vida é um daqueles bem difíceis de serem entendidos, com várias histórias e capítulos. E o que dizer dos livros das nossas vidas então?! Afirmo que tenho dois livros e um deles tem uma história sem fim, mas tem um título: Você

ps.: Não entendeu direito? Leia: Apenas uma teoria

Quickie set - movie

Eternal sunshine of the spotless mind (brilho eterno de uma mente sem lembranças).
Não posso explicar a história do filme, simplesmente assista.

"You can erase someone from your mind. Getting them out of your heart is another story."
(Tagline do filme).

Joel: "Constantly talking isn't necessarily communicating."

Joel: "Random thoughts for Valentine's day, 2004. Today is a holiday invented by greeting card companies to make people feel like crap."

Clementine: "Hi, I'm Clementine, can I have a piece of chicken?"
Joel: "Then you just took it. It was so intimate. It was like we were already lovers."

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Apenas uma teoria

Era uma aula de Cultura Clássica, na Unesp-Assis, ano de 2007. O professor falava sobre não lembro qual pensador. Ele dizia que esse pensador tinha uma teoria: a do texto na gaveta.

"Quando você escrever um texto, goste dele ou não, guarde-o numa gaveta, se você não tiver que apresentar o mesmo em pouco tempo, é claro. Deixe-o lá por um bom tempo e depois abra a gaveta e retire o seu texto. Leia-o."

Isso faz parte do processo de avaliação do texto. O fato de você o deixar guardado por um tempo, te faz se esquecer dele, o que torna a avaliação mais conveniente, já que você não tem a lembrança completa do texto e vai a adquirindo conforme o lê. A vantagem de avaliar um texto depois de tirá-lo da gaveta é que você lê com pensamentos diferentes dos do momento em que você escreveu.

A certa teoria do certo pensador certamente funciona com coisas que não são textos também.

Guarde qualquer coisa numa gaveta e viva sua vida. Algum dia, quando você resolver abrir a gaveta, vai perceber a magia daquilo que você guardou. Seja uma carta, um CD, uma pessoa, um objeto, um texto.

No entanto, experimente guardar uma história na gaveta. A gaveta simplesmente não se fecha.

ps.: Esse texto ficou "guardado na gaveta" por cinco dias o.O

domingo, 13 de abril de 2008

Papéis e comprovações

"Imprima o boleto clicando aqui e pague-o na agência bancária mais próxima da sua casa."
"Imprima o comprovante e envie por fax junto com o comprovante de pagamento."
"Envie por e-mail uma cópia assinada."
"Me entreguem o trabalho digitado, impresso e com capa. No mínimo duas laudas."
"Seu documento foi rejeitado, envie outra cópia."

Como o ser humano gosta de comprovações.
Comprovante de renda, comprovante de residência, comprovante de pagamento, comprovante de depósito.
Qual é o problema com a palavra? Qual é o problema com a voz?
Ninguém confia na palavra. Ninguém confia no som.
Confiam na imagem. Confiam no papel.
Como o ser humano gosta de papéis.
Papel sulfite, papel espelho, papel celofane, papel de seda, papel crepom, papel de bala, papel de parede.

No entanto, a verdade não é aquilo que você vê. A verdade é aquilo que você sente, aquilo que você escolhe e aponta como real, seja um papel ou não.
O único problema, é que uma comprovação não é suficiente, precisamos de papéis.
É tanto papel, que até sobra um pra gente: o de idiota.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Sinestesia reciclável

A sinestesia é aquela figura de linguagem que é explicada como sendo a "fusão sensorial" entre dois ou mais dos cinco sentidos. Um exemplo é dizer que uma certa flor tem um "perfume muito doce".

Enfim, essa tal fusão sensorial pode ser "transcrita" para a nossa vida fora dos papéis e textos.

Não sei se alguém compartilha da mesma experiência deste que vos escreve, de sentir tudo ao mesmo tempo, o que se resume em três palavras: vontade, ansiedade e felicidade.

A partir do momento em que a felicidade vem, a vontade vem junto e, com ela, a ansiedade. No caso, a fusão é mais do que sensorial, é sentimental.

Mais complicado do que misturar paladar, tato, olfato, audição e visão é misturar vontade, ansiedade e felicidade. E num momento em que você se privava de qualquer tipo de sentimento - e nem pensava na fusão deles - a sua sinestesia se renova.

Se recicla.

Uma velha caixa de papelão é transformada num papel novo, pronto pra receber um belo texto. As lembranças guardadas nesta caixa são parcialmente preservadas no processo de reciclagem. No entanto, se há três coisas que foram preservadas foram vontade, ansiedade e felicidade.

domingo, 6 de abril de 2008

Nada no Borso

Coming soon!

Just wait 'n see.

sábado, 5 de abril de 2008

Hipnose natural

Feche seus olhos. Limpe sua mente. Fique tranquilo, não vou te machucar. Se concentre única e exclusivamente em minhas palavras. Esqueça do mundo.

Tudo certo? Então vamos em frente.

Agora, preste atenção, você está em minhas mãos, sob meu comando. Faça sem medo o que eu lhe solicitar. Confie em mim.

Você está com frio, muito frio. Coloque uma blusa. Ainda está frio, coloque luvas. Um vento gelado começa a soprar, se encolha na cadeira, esfregue suas mãos uma na outra.

O tempo mudou, o sol está brilhando só sobre você, tire a blusa e as luvas. Agora vá até a cantina, compre o refrigerante mais gelado que tiverem e beba.

Agora a temperatura está amena, o sol e o vento fazem uma bela combinação. A mudança repentina de "clima" acelera seu metabolismo, você precisa ir ao banheiro.

Vá logo e não se esqueça de lavar as mãos!

Já terminou?

Então venha aqui e sente-se. Você está numa roda de pagode das boas, batuque na mesa sem medo de ser feliz. Ótimo, agora assobie a música e bata o pé também.

Chega, acabou a festa, acorde.

Está tudo bem? Muito bom, então pegue este caderno e escreva o que você ouviu nos últimos dez minutos.

terça-feira, 1 de abril de 2008

Abril

Sem brincadeiras de 1º de abril.
Definitivamente, março acabou, sem dar sinal nem prévia nenhuma.
Simplesmente abril começou, só isso.
Março foi o melhor mês do ano, até agora.
Espero que, no final, março seja o 10º melhor mês do ano.
E abril o 9º.

Trinta de março

10h30 - O telefone toca:
- Luiz, você vai voltar pra casa pra almoçar?
- Não sei, por quê?
- Volta né?
- Não sei, eu ainda tô tomando café, por quê?
- Acorda!
- Hm? - passam-se alguns segundos
- Caiu a ficha?
- Não, mas eu volto.

11h11 - Time to go:
- Vamos embora, é 11h11, já era.

12h00 - J'arrive:
Tomo banho, almoço e penso em dormir. Em meio aos meus pensamentos, sou interrompido. "Vamos!" E eu saí de casa com meus pais num domingo à tarde, fato raro.

15h00 - De volta:
Chega o momento boa-ação do trinta de março. Mal chego e já saio de casa como um bombeiro, dirigindo que nem doido pra salvar alguém. Com uma missão em mente, logo após pausar uma outra.

22h30 - Back again:
Com o sucesso de uma missão, continuidade é dada à outra, que também tem êxito alcançado.

01h00 - L'heure de se reposer
Ao deitar na cama, tardo a dormir, mesmo com todo o sono que sentia. Milhões de pensamentos me passam na cabeça, inclusive o mesmo que me assombrou o dia todo: o que tem de especial num trinta de março?
No entanto, logo veio a resposta, "hoje é trinta de março."

segunda-feira, 31 de março de 2008

Falando sobre pessoas

Por mais inteligentes que tentemos ser, o mundo nos engana.

Faz piada, brinca com a gente. Participamos do maior jogo de The Sims de todos, o planeta Terra. Somos controlados e mandados de um lado para o outro, tudo de acordo com a vontade de algum jogador por aí.

Esse jogador gira o mundo do jeito que ele bem quer, de modo que brinca com a vida de seus personagens. Faz uns sumirem da vista de outros, faz com que outros se aproximem, outros sumam, enfim. Tudo é feito de uma certa maneira para que a gente não entenda nada.

Por mais inteligentes que tentemos ser, não entendemos nada.

Certas coisas a gente não explica e nem procura explicação, a gente senta, espera, pensa e aceita.

Ou então a gente senta, espera e pensa.

Senta e espera.

Senta.

Ou fica em pé mesmo.

E o nosso mundo gira, não importa se a gente quer ou não, ele gira. Não importa se a gente senta ou fica em pé. Não importa se a gente pensa. Ele gira, estejamos pensando ou não. Não se espera que sejamos racionais, espera que façamos algo. Não se espera uma idéia, e sim um ato. Idéias temos aos montes, o difícil é realizá-las. De gente propondo coisas, o mundo está cheio. Ele só necessita que façamos algo pra manter ele girando.

Um belo exemplo de ato, é o ato da amizade. Pensamos em inúmeros gestos, mas idéias não são atos, como já foi dito. A amizade é mais do que sentir consideração por alguém. É o ato de você dizer isso pra esse alguém, de você fazer algo por esse alguém. É o ato racional de fazer alguma coisa.

Por mais inteligentes que tentemos ser, não costumamos fazer nada.

Não são as coisas que nos fazem, mas as ações que fazemos é que nos fazem ser quem somos. E as ações que fazemos é que fazem os outros serem quem eles são: seus amigos ou não.


ps.: Todos os meus textos têm alguma coisa escondida no meio, coisa que ninguém presta atenção e ninguém enxerga, e esse não é diferente.
Todas as frases "por mais inteligentes que tentemos ser" (3 no total) têm finais diferentes que, se interligados, produzem uma frase nova: "O mundo nos engana, não entendemos nada, não costumamos fazer nada."
nice! (Y)

sábado, 29 de março de 2008

Quickie - lesson

História mal-contada não tem fim

quinta-feira, 27 de março de 2008

(Mu)dança da chuva

Chove chuva.

E alaga tudo. Piora ainda mais o trânsito de São Paulo.

E molha tudo. Faz as meninas de roupa branca e/ou chapinha no cabelo reclamarem mais que o resto das meninas.

E começa tudo. As tias tiram os rodos do armário e começam a puxar a água sobrevivente aos minutos e ao chão.

E intensifica tudo. É um plus pra qualquer beijo ao ar livre de qualquer casal.

E muda tudo. Entristece e estressa algumas pessoas, mesmo se tratando de nada mais do que água.

Pára a chuva.

A água escoa. No entanto, o trânsito em São Paulo continua.

E seca tudo. Pra alegria das usuárias de roupas brancas e/ou chapinha, que nem lembram mais da chuva depois de um tempo.

E começa tudo de novo. As tias guardam os rodos e pegam as vassouras, afinal, ficar sem fazer nada é feio.

E intensifica tudo. Beijo é beijo, com ou sem chuva.

E muda tudo. Entristece e estressa algumas pessoas, mesmo se tratando de nada mais do que água.

Chove chuva.

Pára a chuva.

E muda tudo.

(A atribuição de um) Não

Não sei conversar com quem não conheço.
Não sei fazer bandeja com a mão esquerda.
Não gosto de dormir.
Não bebo.
Não fumo.
Não sei dançar.
Não sei tocar músicas de rodinha/luau.
Não faço amizades facilmente.
Não falo inglês.
Não falo francês.
Não falo italiano.
Não sou musicalmente eclético.
Não como batata frita.
Não gosto de televisão.
Não sei andar de bicicleta.
Não sei fazer contas com dinheiro.
Não tenho educação.
Não sei como tratar uma mulher.
Não gosto de gramática.
Não sei nadar.
Não converso muito mesmo com quem conheço.
Não quero que você entenda esse texto.

ps.: Um não é capaz de negar até alguma coisa que é verdade, então tome cuidado ao atribuir um!

quarta-feira, 26 de março de 2008

Pescaria

As idéias fluem minuto a minuto, do mesmo jeito que os pensamentos. As visões do mundo às vezes assustam, às vezes aliviam. As turbinas e pistões não param. O motor precisa de combustível cada vez mais.

É tanta coisa fluindo ao mesmo tempo no rio de idéias, que quase tudo chega a ser poluição, daquele tipo difícil de ser reaproveitada e, no caso, escrita.

Sofro de um bloqueio mental causado por um excesso de idéias, como já disse. O máximo que me ocorrem são pequenos textos, coisas extremamente metafóricas, abstratas e anti-compreensão, auto-análises (como essa) e alguns poucos aforismos igualmente metafóricos.

De tanto enxergar as coisas como metáforas, absorvo coisas do mundo, mas nem tudo o que quero e nem quero tudo. A inconstância de idéias é uma dessas coisas, já que não consigo manter alguma coisa na minha cabeça por dois minutos, mesmo que a idéia seja algo de útil para o futuro da humanidade.

É tanta coisa passando ao mesmo tempo no rio de idéias, que nem dá tempo de pescar em meio a poluição mental.

Preciso duma isca.

segunda-feira, 24 de março de 2008

O poder da compreensão III

1+2 = 3

O poder da compreensão II

Metaforicamente falando.
Muito fácil.
Olhe ao seu redor, o mundo te explica tudo aquilo que as pessoas não dizem.
Sem te dizer uma palavra.

O poder da compreensão I

Aquele, difícil de alcançar.
Não entendeu?
Eu também não entendo.
É difícil de entender, não é?
Tão difícil.

sexta-feira, 21 de março de 2008

Mosaico/quebra-cabeça

"hey look at him, i'll never live that way"
...all the years of wreckage running through my head
do you know what you doing to me?

cool enough to not quite see it,
you still remember me?
i'll be walking after you.

a sort of temporary peace,
together we're invincible!
i know that this is not goodbye.
can you read my mind?
the answer lies within

ps.: respectivamente,
Blind Melon - Change
Dream Theater - Repentance
Kaiser Chiefs - Ruby

Smashing Pumpkins - Mayonaise
Lynyrd Skynyrd - Freebird
Foo Fighters - Walking After You

Anathema - Temporary Peace
Muse - Invincible
U2 - Kite
The Killers - Read My Mind
Dream Theater - The Answer Lies Within

segunda-feira, 17 de março de 2008

Quickie

Não dê corda num brinquedo que você não possa controlar depois.

domingo, 16 de março de 2008

Sinais

No vermelho a gente pára.
No "pare" a gente pára.
No "vire a esquerda/direita(sentido obrigatório)" a gente muda de sentido.
No "dê a preferência" a gente espera pra passar.
No "proibido estacionar" a gente pensa qual dia da semana é. Pra ver se é possível fazer cagada.
No amarelo deve(ria)mos prestar atenção.
No verde a gente acelera e segue em frente.
Quando vemos curvas perigosas, freamos. No entanto, reza a lenda que, freando, a chance de sair pela tangente é maior do que acelerando. Mas mesmo assim, freamos.
E os outros sinais a gente só obedece. O problema é que, com tanto sinal, fica difícil achar um sinal verde.

Trânsito do caralho.

sábado, 15 de março de 2008

Sobriedade

A festa já foi, quem não foi perdeu.
Prometia tanto e não poderia decepcionar de jeito nenhum.
440V (quase) a noite toda.
Mas o mês ainda não acabou.

Como dito alguns dias atrás, esse é O mês.

quarta-feira, 12 de março de 2008

Carta ao aniversariante

Certas pessoas consideram os mais novos inexperientes, sem vida vivida, "sem cabeça" (sem trocadilhos, rs), sem idéias concretas. Eu, com 20 anos, me considero alguém com a cabeça no lugar, sem prepotência e sem me colocar num pedestal.

O caráter se molda desde cedo. Me lembro quando completei a minha primeira década de vida. Achava muito legal poder falar "tenho uma década de idade!" Ali sim, cabeça vazia, querendo brincar.

No entanto, tudo muda. Chego agora à minha segunda década completada e à mudança de dígito. Ainda ontem eu estava entrando no ramo dos dígitos duplos, hoje entro nos digítos duplos começados por um 2.

Não muito acostumado a idéia, muita coisa ainda não mudou e muita coisa mudou muito. Também, pudera, são "apenas" 20 anos - 2.0 como dizem alguns e eu não gosto. Moro com as mesmas pessoas, num lugar diferente. Também em um apartamento, como o antigo, porém tenho um quarto só pra mim.

Tive amigos com quem não falo mais, tenho amigos com quem tenho a certeza de que falarei pra sempre. Tive amores com quem não falo mais, e tive amores com quem tenho a certeza de que falarei pra sempre. Tenho amigos e amores com quem ainda nem falei e nem sei se ainda vou falar um dia.

Cabeça vazia, querendo brincar, seria bom poder manter isso pro resto da vida. Por mim, eu pararia nos 18 anos. Mas, infelizmente, não comando meu próprio tempo, apenas o vivo. E agradeço. Enquanto ainda é tempo.


Parabéns a todos, felicidades!

segunda-feira, 10 de março de 2008

For those about to cry, we salute you

Se tem algo que eu odeio, esse algo é o atraso - além de bexigas e isopor.
Eu tava com idéia pra escrever um texto mega romântico em homenagem ao dia internacional da mulher, só que as palavras me sumiram. Os dias corridos me fizeram esquecer as idéias e provocaram o atraso no texto.
Alguns machistas dizem por aí que não deveria existir esse dia, reclamam que o homem também deveria ter um dia e etc. Mas também tem mulher por aí que se acha rainha por um dia.
Reclamações a parte, feliz dia internacional da mulher, a todas, atrasado mesmo, pois todo o tempo ainda é tempo. E no romantismo não tem delay. (rs)

domingo, 9 de março de 2008

Take the time

Em um dia em que tudo estava pra dar errado, (quase) tudo deu mais do que certo.
O tempo era curto pra tanta coisa, mas no final, (quase) tudo deu mais do que certo.
Acordar às 7 da manhã, tendo ido dormir às 2, pra no outro dia ir dormir às 5 parece ser meio coisa de doido. No entanto, acho que isso se chama aproveitar o tempo.
Pessoas dizem que não tem tempo pra fazer as coisas. Só não se tem tempo se não se quer.
Se você realmente se interessa por algo, você vai achar tempo pra fazer esse algo.

Find all you need in your mind, if you take the time.

ps.: meta nº31 realizada, show do Dream Theater pouco foda.

sexta-feira, 7 de março de 2008

Quickie

“O mediador entre a cabeça e as mãos deve ser o coração.”
Metropolis - filme mudo de 1928, assistido na faculdade.

Março

Este mês vem sendo difícil, desde o começo, na verdade desde o final do mês passado.
A correria mata, a rotina de fazer tudo me deixa doido
E a inspiração vai que vai embora, sem dó nenhuma.
A pressão é grande, a pressa também.
Um mês que está voando, sem dar idéia.
Um mês em que tudo está diferente.
Um mês em que finalmente tenho aula, um show, um aniversário meu, aniversários de amigos, reunião demolay e mais muita coisa.
Num mesmo dia me estressei com algumas coisas e me alegrei ao lembrar desse mês. Nostalgia me faz bem, às vezes é claro. Mas não há nada melhor do que olhar pro presente. Ainda. Já que o futuro está sempre próximo.
Tudo é foda.
Tá todo mundo maluco.
O final de semana se aproxima e eu estou a cada minuto mais animado.
É março! (?!)
E se o mundo parar de girar, eu não tenho medo de cair.

Leia também, para entender melhor: Fevereiro

quarta-feira, 5 de março de 2008

A redação do ENEM - 2006

Quando se fala em leitura, muitas vezes as pessoas associam isso diretamente a livros e romances com milhões de páginas e etc. Mas a palavra "leitura" não se resume apenas a isso, e sim a qualquer coisa escrita com algum sentido, desde outdoors até os tais livros enormes.

Às vezes a leitura de um livro muda a vida de uma pessoa, mas o mesmo tempo, a leitura de uma simples frase em algum lugar também pode mudar. Isso depende do conteúdo contido em cada um. Às vezes a simples frase, seja ela um provérbio ou não, pode ter mais sentido do que um livro inteiro, ou ainda, a frase pode ser simplesmente mais clara e mais objetiva.

Um livro pode não ser uma boa alternativa de leitura quando não se entende o que se passa na história ou pior ainda, as palavras nele contidas. A leitura de jornais e revistas ajuda na expansão do vocabulário, o que ajuda também não só na leitura de livros, como na compreensão das pessoas e do mundo.

Existem pessoas que dizerm não gostar de ler. Esse "não gostar" é uma coisa complicada. Muitas pessoas não entendem, outras realmente não gostam, mas o pior caso é o daqueles que não sabem.

Com certeza deve ser difícil andar pelas ruas sem conseguir ler o próprio nome ou pegar um ônibus e ter que pedir pra alguém o itinerário do mesmo. Muitos desses têm vergonha de aprender por terem achado que passaram da idade. Outros já estão entregues ao mundo da violência, pois vivem num lugar mais "apto" a tal condição e não querem ler.

É exatamente para esses grupos que não sabem ler que a leitura tem que existir. O governo tem alguns programas para alfabetizar jovens e aposentados de baixa renda; esses programas só deveriam aumentar e aumentar. Que sabe com uma força de quem está apto a ajudar eles aprendam e enxerguem, como nós, um sentido único nas palavras, frases e livros: a vida.


ps.: Esse texto não tem título. O mesmo está rabiscado no meu rascunho aqui, portanto creio que não o usei na folha de redação do ENEM e não lembro qual foi o título usado.

ps.2: Eu até gostava muito desse texto, mas como o tempo passa, perdi a adoração por ele, sei que tem coisa melhor que já escrevi. Mas não é tão ruim assim. (rs)

domingo, 2 de março de 2008

Indo de encontro à Lua

Toda vez que eu saio de lá, saio pensativo. Satisfeito ou não, feliz ou triste, com missão cumprida ou incompleta.

Saio, pego o meu caminho sozinho ouvindo a minha música no meu carro, de volta pro meu mundo, onde tudo é meu. Mundo chato, tenho tudo, não tenho o que conquistar.

No caminho de hoje, a Lua estava baixa, bem baixa. Indo em direção ao meu mundo, parecia estar indo de encontro à ela conforme avançava.

Queria chegar lá, conquistá-la, dizer aquilo que sempre quis, trazer ela pro meu mundo, onde tudo é legal.

A Lua é onde eu busco a minha lucidez, a minha vontade de viver e a felicidade de cada dia. Nem que seja por alguns minutos, ou com poucas palavras. A Lua é responsável pela alegria.

No entanto, assim como naquele dia eu parecia ir em busca da Lua atrás da lucidez, hoje eu parecia me distanciar dela, percorrendo o mesmo caminho.

Enquanto tocava aquela música no rádio, uma ferida no nariz me provocou uma coceira, a coceira me provocou um espirro e um espirro me provocou uma lágrima. A ironia parecia brincar comigo, como a Lua brinca.

Conforme eu atravessava o meu caminho e pensava apenas em escrever esse texto, procurava a Lua no céu, e nada dela aparecer. Realmente parecia que eu a tinha deixado pra trás, mas não com a minha lucidez. A sensação de missão comprida vinha em minha mente.

E eu continuo procurando a Lua.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

23

Um filme atípico de Jim Carrey, com suspense e tal. E mesmo diferente, prende muito a atenção, afinal é Carrey no papel principal.
A paranóia e a obsessão do personagem pelo número 23 no filme te cativam e te deixam tão paranóico quanto ele.
Recomendo esse filme pra quem gosta de paranóias numéricas e consegue ver significado em qualquer coisa. Só não saia somando tudo por aí.

Página de rascunho

Ela é a última página do caderno. Aquela em que você rabisca e desenha. Aquela que você rasga pedaços e amassa sem dó. No entanto, não é por isso que ela não merece um texto.

Privei a minha última página de ser rabiscada pra lhe dar algumas linhas de texto, lhe prestar uma homenagem singela.

Ela tem o mesmo número de linhas que as outras páginas, tem o espaço da data no canto superior direito, portanto se tem tudo isso, também há espaço para reflexões nela.

Só há um problema: a saturação após uma aula de "pensamento filosófico" - entenda como filosofia enrustida para leigos - é grande. O número de besteiras ouvidas foi tão grande que eu encheria uma página normal com frases e proposições sem sentido e uma outra página de rascunho com desenhos e rabiscos.

A aula tratou de atitude crítica, questionamentos e etc. Como me encontro num curso de jornalismo, tudo isso seria um prato cheio para discussões, e foi. Só que, como o professor repetiu 2n vezes, "com base em quê?"

Discussões infinitas, falatório eterno, tudo. Menos reflexões.
Se eu encontrei espaço para refletir numa página de rascunho, qual é a dificuldade em se refletir numa aula de filosofia?

Isso é discussão pra outra página, ou outra aula.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Have a nice day!

"Good morning, and in case I don't see ya, good afternoon, good evening, and good night!"
Truman Burbank (Jim Carrey, @ The Truman Show)

"Bom dia!"
"Já é boa noite..."
"Pra mim é bom dia ainda! o.O"

Sou questionado por dizer bom dia às pessoas a qualquer hora do dia. A princípio, era apenas por dizer, mas depois como me remeti a dar significado pra tudo, tinha que arranjar um motivo.

Posso dizer que resumo a frase de Truman, em um simples "bom dia".

A palavra "dia" na nossa língua portuguesa, se associa às 24 horas de um dia mesmo - assim como na língua francesa em "jour" - portanto, desejar um "bom dia" é mais do que dizer uma boa manhã (good morning), é desejar que as próximas 24 horas sejam boas.

Aliás, alguém já tinha pensado nisso?Que dizer um "bom dia" é mais do que uma saudação, é um desejo? É, enxergar significado até no tão casual "bom dia" é demais (rs), estou fazendo bem o papel de ver que nada é por acaso.

Quero dizer que Truman, então, por não dizer um "good day", profere "Good morning, and in case I don't see ya, good afternoon, good evening, and good night!" O que não é nada mais do que um desejo de um bom dia.

Portanto, tenha um bom dia!

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Curso: Comunicação social - Jornalismo

O ambiente é a sala de aula, onde tudo começou. A faculdade é nova, o curso é novo e as pessoas são novas.

Em primeira instância, temos alguns foliões daqueles aparentemente não muito interessados em aprender e outros não muito espertos mesmo, diferentemente dos sabe-tudo de outrora.

A sala é bonita, cadeiras novas. O ar condicionado é bom, totalmente oposto ao calor e frio insuportáveis do "sertão".

Os gatos inexistem e as bicicletas também. Os carros raros dão lugar aos estacionamentos cheios e o bom, velho e eterno trânsito paulistano.

A situação descrita remete ao documentário recém-assistido em aula, sobre a modernidade/tecnologia nos anos 80. A analogia anos 80-anos 00 e Assis-São Paulo me é inevitável.

E após o documentário, os comentários.

"Qual a diferença entre um CD e um DVD?", pergunta do professor.
"O CD grava som e o DVD grava imagem."
"Não."
"O CD tem 700 MB e o DVD tem 1,5 GB."
"..."

É
tanta coisa que falam.

Que a gente ouve.

E a boa e velha frase de Joel Barish prevalece: falar sem parar não é necessariamente se comunicar (constantly talking isn't necessarily communicating).

Le début d'une année folle

L'année a finalement commencé.
Il y avait des fêtes, des voyages, des moments e des amis. Maintenant, tout est nouveau, je repars a zéro. Je ne connais pas des gens, je ne sais pas rien.
Je suis dans une nouvelle fac, dans un cours nouveau avec beaucoup de nouveau gens, dans la nouvelle année.
Mais, est-ce que tu s'est demandé: comment l'année a commencé dans le fevrier 25?
J'explique. Nous sommes au Brésil. Ici, il y a une fête que s'appelle "Carnaval" et on dit que tout commence seulement après ça.
Je ne pourrais pas esperer plus parce que j'étais presque a me devenir fou. Donc, au début de notre année, tout que je peux dire est "merci bien".
Merci bien parce que je ne suis pas devenu fou. Merci bien parce que l'année sera trop folle.

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Quickie

"Nenhum nó depois de desfeito volta a estabilidade inicial."
Prof. Carlos Eduardo - Unesp/Assis

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Além do que os olhos podem ver

Nosso querido mundo é feito de metáforas, coisa que nem todos percebem. Pra tudo existe uma analogia e/ou referência à alguma outra coisa. Tudo quer nos dizer algo, desde esse texto estúpido, até as frases mais impactantes o possível que eu e o mundo escrevemos.

Sempre há alguma coisa implícita, que devemos perceber. Não está na cara, mas quando notada, a tal coisa realmente causa impacto e uma sensação de "nossa, será que ele pensou nisso quando escreveu?"

Em se falando de escrita e leitura, é mais fácil - ou menos difícil - de perceber as mensagens escondidas. Lendo um texto, seja uma poesia, uma frase-objeto de análise sintática, uma crônica, um romance ou uma propaganda num outdoor, há algo ali além do óbvio. Mas, como dito, perceber significado nos ítens citados, é fácil.

Fácil, se comparado ao ato de enxergar as metáforas na vida, no mundo. Por exemplo, você pode ter um pensamento agora, totalmente aleatório, vamos supor que seja sobre a sua aula de amanhã. Agora, olhe ao seu redor e enxergue algo que te diga algo relativo a essa aula. Eu olho para o meu lado direito e vejo o iPod do meu irmão sendo carregado, com a mensagem "do not disconnect" escrita e com o símbolo de proibido piscando. Ou seja, estou proibido de ir à aula amanhã! LOL

Esse foi um exemplo mais do que simples, foi uma ligação fácil. Ligações infinitas podem ser feitas, objetos, pensamentos, idéias, acontecimentos, nada é por acaso - como dizem por aí. Se uma certa música começa a tocar agora de repente enquanto a sua playlist está em modo Shuffle, pode ter certeza que não foi por acaso. Logo essa música te remete a um pensamento, que em seguida leva a outro e rapidamente se forma uma ligação tão grande e tão cheia de metáforas que você até esquece da música.

Alguém maluco como eu consegue enxergar significado no que você menos imaginar.
Seja inteligente o quanto for, mas não esqueça de usar a imaginação. Como eu citei coisas sobre cura num outro post recente, citei imaginação.E, com essas metáforas, não é diferente. Enxergue além do que os olhos podem ver. Além dos olhos, ouvidos, nariz e etc.

ps.: Ficou confuso, do jeito que eu queria, rs. Será que tem alguma coisa implícita nesse texto?! o.O

Tentações

Vejo o blog, o teclado.
A cama.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

A cura

Num estado de paz temporária é que você percebe como é bom estar bem.
De súbito, você esquece das dores físicas, químicas, biológicas, psicológicas, gramaticais, etc.
Sua vida se torna bem mais estranha do que qualquer ficção, enquanto você percebe oscilar de um bom estado a um mau estado facilmente, ou não.
A cura para todas as dores se encontra mais perto do que você imagina, ou mais longe do que você imagina, depende do que você escolher imaginar (LOL).
Uma música, um show, uma piada, um filme, um amigo, uma coca-cola, um vídeo, um espetinho de frango, uma viagem, uma foto, um comercial com o Dollynho (hahahaha), uma conversa, uma noite, uma pessoa.
Não se pode ter todas as curas de uma vez, mas qualquer coisa pode ser a cura, basta olhar ao seu redor. E imaginar.

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Algumas idéias em comum

O pessoal (diferente) que você vê pelas ruas costuma andar em grupinhos, certo?
Aquela coisa que a mídia costuma chamar de "tribos" é comum demais nos dias de hoje.
Nos colocaram numa aldeia - não que isso seja se sentir rebaixado - e nem nos contaram, afinal, vivemos em tribos! Algumas não se batem, algumas têm algumas idéias em comum, mas, no geral, cada uma tem a sua particularidade.

Andando pela cidade de São Paulo, vê-se um pouco de tudo, mas principalmente os tais grupinhos, representando cada tribo. Vemos punks, góticos, emos, metaleiros, corinthianos, manos, posers, e etc. Esse tipo de gente, normalmente, chama atenção pelo jeito de andar, de conversar e de se vestir. Todo mundo vê e acha tudo estranho, não entende, "por quê andar assim?", "por quê se vestir assim?".

A nossa queria mídia televisiva ainda dá "aquele" apoio, fazendo reportagens especiais, matérias, criando programas, tudo isso pra explicar algumas idéias em comum. Obviamente, não explicam nada direito, enchem a cabeça do telespectador de besteira e acham que tudo está certo e explicado nos mínimos detalhes.

A nossa querida mídia cibernética & computadorizada também tem as suas explicações e, quem diria, as suas próprias tribos e seus grupinhos. Há tempos atrás, ouvíamos falar bastante de hackers, crackers, phreakers e etc. Essa galera legal que costuma invadir as coisas com fins diferentes, muitas vezes é colocada num mesmo grupo: os que querem destruir tudo just 4 fun.

Volta e meia se ouve falar de algum hacker que invadiu algum site, só pra provar que algum sistema de segurança é furado ou muito ruim. O próprio é em seguida execrado e praticamente condenado à morte pela mídia. Quero ver o dia em que algum cracker invadir alguma coisa, rs.

Mas, atualmente, algumas outras tribos vêm se formando na grande rede. A idéia de expressar os pensamentos, subitamente, se tornou comum a muitos usuários da Internet. Estamos então entrando na era dos blogs, em que todo mundo fala o que quer e, é claro, é explicado pela mídia também, de modo em que os não-blogueiros e não-usuários da Internet não entendam o que são blogs ou pra que servem. "Por quê ler isso?". "Por quê escrever isso?".

Somos índios, cada um de sua tribo, andando em grupinhos pra lá e pra cá, entrando em guerra com tribos rivais (aí sim, por quê?!), defendendo algumas idéias em comum.

Que idéias vocês - blogueiros - defendem?
A idéia de defender as idéias em comum, como qualquer outra tribo.
Simples, né não mano?! Yeah, hail!

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Fevereiro

Este mês vem sendo difícil, contando após o carnaval é claro.
O tédio mata, a rotina de não fazer nada me deixa doido
E a inspiração vai que vai embora, sem dó nenhuma.
A pressão é grande, a pressa também.
Um mês que não passa e nem volta pra trás, pro carnaval chegar outra vez.
Um mês em que tudo está diferente.
Um mês em que em uma semana eu estava totalmente feliz pelo carnaval, e na outra em estado vegetativo em casa, xingando tudo e todos.
Num mesmo dia me estressei com algumas coisas e me alegrei ao lembrar dos bons tempos colegiais. Nostalgia me faz bem, às vezes é claro. Nas outras vezes, são outras coisas que lembro e que evito pensar, mas não consigo. Ainda.
Tudo é um saco.
Tá todo mundo maluco.
O final de semana se aproxima e eu não me animo.
É fevereiro!
Ok, então pare o mundo que eu quero descer.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Rosas

Naquela data em que as companhias de cartões comemorativos enriquecem, nem se faz uso só de cartões...

O dia dos namorados é a data onde quem tem alguém fica feliz por dar - ou receber - um presente ou não, por impossiblidade financeira. Já quem não tem alguém se sente mal, justamente por não ter um alguém. Mas independentemente de me sentir mal ou não, não é (bem) sobre isso que eu vou escrever.

Entre esses queridos casais que trocam presentes, existem alguns namorados que têm aquele costume mais old school de mandarem flores para suas queridas namoradas. Normalmente, um buquê de flores e, mais casualmente, um buquê de rosas - vermelhas.

Como isso é uma coisa relativamente rara, as mulheres adoram receber flores. Aquilo que um dia fora um clichê, hoje em dia pode ser um belo trunfo quando não se sabe o que dar de presente. Útil, bem útil e agradável, bem agradável. Logo se junta o buquê com um cartão e tudo fica certo.

Ok, mas isso é uma vez por ano, no saudoso dia dos namorados, mas por quê? Só se lembra da pessoa amada num dia, numa data fixa. Os shoppings lotam, o trânsito aumenta e etc. Portanto, temos uma data marcada pra demonstrar o nosso amor e "enriquecer as veias capitalistas da sociedade" (frase típica de estudantes de história, rs), certo?

Não, de maneira alguma, Pelo menos não deveria ser assim. Vá à floricultura hoje e dê uma rosa pra quem você mais gosta.

Dizem que as rosas não falam. Bobagem, depende do que você quer que ela fale e independe de quando. Depende principalmente de pra quem ela vai falar.

Uma rosa combina com outra, uma conversa com a outra e elas passam mensagens. Que elas falem por elas e nós conversemos por nós mesmo, continuando a passar as nossas mensagens, como as rosas.

ps.: Esse texto foi imaginado com vários títulos possíveis, sendo escolhido o mais simples e mais significativo de todos no final. Uma palavra que diz tudo sobre o texto, simples assim.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Quickie - Politeness pós-carnaval

Treat each and every girl as a princess if you want, but treat only one as your queen.
(edit)But don't forget, choose your queen wisely! LOL

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

A canção do Mariachi

Carnaval em Ouro Preto.
De volta a monotonia da vida cibernética.
Era pra esse texto ser gigantesco, com umas 5 páginas.
Mas a monotonia da vida cibernética impera, e a ressaca do carnaval é grande (quem vê pensa).
Um nome para a canção do Mariachi no carnaval?! Créu.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Sunny Road

A voz mais bonita que já ouvi.
Emilíana Torrini é uma cantora islandesa, com descendência italiana e que canta em inglês.
Como eu já disse, ela tem a voz mais bonita que eu já ouvi, simples assim.
A descobri acidentalmente, ouvindo alguns segundos dessa música no CD "Women of the World (acoustic)" da Putumayo, que, pra quem não sabe, é um selo responsável por várias coletâneas de world music.
Enfim, que voz. O.o
O link para o clipe da música está no fim do post, depois da letra da música.

Wrote you this
I hope you got it safe
It's been so long
I don't know what to say
I've travelled 'round
Through deserts on my horse
But jokes aside
I wanna come back home
You know that night
I said i had to go
You said you'd meet me
On the sunny road

It's time, meet me on the sunny road
it's time, meet me on the sunny road

I never married
Never had those kids
I loved too many
Now heaven's closed its gates.
I know I'm bad
To jump on you like this
Some things don't change
My middle name's still 'Risk'
I know that night
So long long time ago
Will you still meet me
On the sunny road

It's time, meet me on the sunny road
It's time, meet me on the sunny road

Well, this is it
I'm running out of space
Here is my address
And number just in case.
This time as one
We'll find which way to go
Now come and meet me
On the sunny road

Sunny Road @ Youtube