terça-feira, 26 de agosto de 2008

Quickie

"Eu gosto de ouvir música que eu entenda o que o cara fala, se ele tá falando inglês e eu não entendo, pra mim é só barulhinho. "

ps.: Não sei de onde veio essa frase, achei nos arquivos aqui como rascunho, mas é genial! (rs)

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Vitória por um nariz

Pelo título, logo imagina-se ser um texto pra falar de algum velocista que ganhou uma corrida por um nariz. Mas Usain Bolt não ganha por um nariz de vantagem, ele ganha por um ônibus. João Palomino, da ESPN, disse "Bolt é de outro mundo". Talvez essa seja a única explicação para o homem. Mas, como já foi dito, não se trata de um texto sobre atletismo.

Argentina e Grécia fizeram, de longe, o melhor jogo de basquete da Olimpíada, até agora. A maior vantagem foi dos hermanos: 7 pontos, rapidamente tirados pelos gregos. Como um bom jogo de futebol, foi este de basquete: lá e cá, pau a pau, mas não nariz a nariz.

Os gregos vice-campeões mundiais e seus narizes estranhos enfrentaram uma Argentina campeã olímpica e perderam o jogo por dois pontos: 80 a 78. Carlos Delfino tinha 8 pontos no jogo, quando decidiu fazer 15, só no último quarto.

Emanuel Ginobili e seu nariz fizeram 24 pontos, sendo 18 de bolas de três pontos. Juntos, Fotsis, Diamantidis e Vassilopoulos fizeram 21 pontos vindos de longe. O armador Theodoros Papaloukas fez apenas 4 pontos, sendo todos de lances livres. Seu único chute da linha dos três foi a última bola do jogo, que não caiu e, consequentemente, causou a derrota grega.

Bolt venceu os americanos por um ônibus. Lebron e companhia que não abram os olhos. Um nariz é uma diferença e tanto para a Argentina.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Obrigado pela participação

O Brasil tem uma medalha de ouro e cinco de bronze em Pequim, por enquanto. Segundo a grande mídia, os atletas do país vêm fazendo a sua parte, ficando nas últimas posições em todas as modalidades, participando apenas. Alguns judocas, as meninas da classe 470 na vela e César Cielo - este sim, "representou" - integram o quadro de medalhas do nosso país.

Deposita-se muita confiança em cima dos atletas brasileiros que, realmente, vão para as Olimpíadas e fazem o possível. Temos medalhas apenas nos esportes individuais, enquanto os coletivos se aproximam das finais. O vôlei e o futebol são os destaques da nação. São os esportes que todos querem ver. Que fazem todos acordarem mais cedo, no meio da madrugada.

Sem comentários sobre o vôlei, já que este ganha e vale o sono perdido. Como no nosso país é muito mais fácil criticar do que elogiar, vou falar de futebol, masculino, pois as meninas do Brasil estão na final e com uma medalha garantida.

Milton Leite, da SporTV, disse "a Argentina pode liquidar a fatura agora", pouco antes de Riquelme bater o pênalti que resultou no terceiro gol dos hermanos. E foi o que aconteceu, a Argentina realmente liquidou a fatura, logo ao entrar no campo do Estádio dos Trabalhadores, em Pequim.

Foi um passeio argentino. Três a zero, fora o show de Messi e companhia. A defesa estava perdida, o meio campo também e o coitado do Rafael Sóbis, sozinho no ataque, também. Qualquer alteração que fosse feita não adiantaria nada, pois o problema estava do outro lado: o time da Argentina era bom demais pro Brasil.

E vamos, novamente, como em Atlanta, atrás do bronze. As mulheres vão brigar pelo ouro com as norte-americanas, enquanto a geração tida como "a melhor geração olímpica" (de novo) do Brasil vai disputar, com a Bélgica, o honroso terceiro lugar. Honroso, mas não para o futebol, masculino.

Os atletas do judô, natação, vela - que conseguiram medalhas - ginástica, atletismo, ciclismo - que não conseguiram, esses sim, fizeram a sua parte: participaram. O futebol masculino não foi a Pequim pra participar, foi pra vencer e agora pode voltar com o bronze no pescoço. Sofreu com a Bélgica na primeira fase e a tendência é que sofra outra vez.

A final será entre Argentina e Nigéria, como em Atlanta, em 1996. Déjà vu. Só que naquela vez os nigerianos nos eliminaram. Tarefa que coube, dessa vez, aos nossos queridos argentinos.

Obrigado Argentina. Obrigado Brasil, pela participação.

sábado, 16 de agosto de 2008

Herói de uma nação

"Uma vida em 21 segundos", como ele mesmo descreveu.

21 segundos, para um recorde olímpico a durar, pelo menos, quatro anos.
21 segundos, suficientes para ele se tornar um herói, eterno.

Sou só mais um, um ninguém, a dizer o que uma nação inteira pensa no momento: Parabéns, César Cielo Filho!

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Blogar não é ilegal, é legal

Foi iniciado o segundo semestre na faculdade. As pessoas da classe são quase que as mesmas. Não temos muitos acréscimos, porém algumas ausências, talvez por estarmos ainda na primeira semana de aula, na qual ninguém vai pra aula mesmo.

Na grade dessa segunda metade do ano, a maioria das disciplinas são diferentes. Temos algumas coisas interessantes como "alguma coisa de TV", "alguma coisa de rádio" e "blog" (entenda esses "alguma coisa" como os nomes das matérias, que eu não lembro). Enfim, a classe se empolgou totalmente com TV, por ser algo mais acessível e novo, como matéria no curso. O povo talvez não queira muito ver a cara do rádio, por já ter visto algo no semestre passado, mas não sei. Quanto ao "blog"... coitado do blog. A classe apresentou uma represália incrível em relação a matéria "blog" (sei lá qual é o resto do nome desta também).

Por quê?

Por quê ninguém gosta de blog?
Blog não é culto. Blog é coisa de nerd. Quem tem blog é estranho. Eu, por exemplo, devo ser o cara mais estranho da classe. Fico quieto na minha quase que sempre, falo pouco, reclamo muito, fico longe do povo na maior parte do tempo, não bebo, etc. Já que sou estranho, tenho um blog. Nada mais justo, certo? Não! Até os caras que você mais gosta/admira têm blog, e sabe qual é a pior parte? Você lê!

Por quê ler um blog?
Sejam eles humorísticos, esportivos, musicais, jornalísticos ou pessoais, todos são blogs. Se você só lê o blog do Jabor ou o blog do Noblat, ótimo. É a mesma coisa que ligar a televisão e só assistir o Jornal Nacional ou abrir o jornal e ler só a parte de política. Nada contra os dois citados, mas digo que a não-leitura de outras coisas causa uma certa ilusão de "cultura". Novamente, é a mesma coisa que não ler a página de esportes ou a parte de entretenimento num jornal ou não assistir algum filme/seriado na TV.

Por quê fazer/escrever num blog?
É coisa pra quem não gosta de falar muito, então escreve. Serve pra dar opinião, se expressar, elogiar, comentar, xingar. Não há fiscalização nem leis sobre o que se bloga. Se alguém quiser xingar Deus e o mundo via tv/rádio/jornal, a censura aparece pra foder com a vida do cara. Se alguém deseja fazer uso de palavras de baixo calão num blog, todo mundo quer mais é que se foda.

Portanto, "blogar não é ilegal, é legal" não é só uma ambigüidade e nem só uma aliteração. Para os "cultos", é uma bobagem. Para os cultos, é uma verdade. Os jornais têm medo, ameaçam os blogueiros, mas se juntam a eles. Eu teria medo se fosse você, "culto".

domingo, 10 de agosto de 2008

Tal pai, tal filho (parte 2)

Tenho 20 anos de idade, faço faculdade de jornalismo, jogo basquete por lazer e sou professor de inglês por prazer. Dou aulas há apenas dois meses, o que já é suficiente pra perceber o quanto eu gosto da coisa.

Trabalhei, sem querer, com traduções no ano passado, por meio do Q.I. Mas, definitivamente sou mais da área de jornalismo do que de letras. Só que nem sempre foi assim.

Desde pequeno, gosto de línguas estrangeiras, seja qual for. Sempre tive facilidade de aprendizagem e de pronúncia com qualquer língua que eu tenha estudado. Já fiz meu pai pagar cursos de inglês e francês. Até que, neste último, veio a possível luz: eu queria fazer letras.

Prestei quatro vestibulares em 2006: PUC, FMU, USP e UNESP, dos quais passei em três e fiquei na primeira fase da Fuvest. Cheguei a fazer a matrícula na PUC, mas não queria fazer o curso. Foi quando saiu o resultado - positivo - da UNESP: eu queria fazer letras, lá!

Minha família enlouqueceu e disse que a loucura estava em mim: "você está louco?" Não, eu não estava, a princípio - Assis me deixou louco. Eu queria fazer o curso em uma faculdade pública.

E eu fui.

Para a frustração de todos, eu fui. Mesmo com todos os amigos e a família por aqui. Mesmo com meu pai tendo se proposto a pagar uma faculdade por aqui, eu fui pra lá.

E eu voltei.


Para a alegria de todos, eu voltei. Cansei das letras e caí no jornalismo. O laço de amizade/necessidade, tanto com a família quanto com os amigos, ficou mais forte. A comida da minha mãe ficou ainda melhor e cada minuto com meu pai se tornou mais valioso.

Assim como cada centavo, é claro. Ainda mais pelo fato de eu estudar em uma universidade particular, agora.

No entanto, ainda que o laço com meu pai tenha se fortalecido, ainda é estreito. São poucas as vezes que ele vai além de ser financeiro e futebolístico. Mas mesmo assim, não existe alguém que eu admire mais que meu pai.

Não é qualquer um que faz até a quarta série primária na escola, acorda de madrugada pra trabalhar desde os 14 anos e sustenta uma família como ele sustenta.

Posso ter gratidão e admiração eternas por aquele homem, mas eu nunca soube dizer isso a ele.

Acho que vou escrever um texto.

Tal pai, tal filho (parte I)

Tenho 51 anos de idade, dos quais 37 tenho acordado entre 2h30 e 5h30 para ir trabalhar. Isso mesmo, desde os 14 anos de idade eu trabalho - e muito.

Neste meio-tempo, conheci, trabalhando, a mulher da minha vida, após me recuperar de um outro relacionamento de cinco anos, em vão. Namorei com ela por vários anos, nos casamos e tivemos dois filhos, que, atualmente, têm 20 e 17 anos.

Quando os meninos eram pequenos, tudo era mais fácil. Lembro que eu os levava pra passear nos parques de São Paulo - a USP quando ainda era aberta a todos e o recém-inaugurado Villa Lobos.

No começo, ambos torciam para o meu Corinthians, mas isso foi por pouco tempo. O Timão vivia uma situação difícil e o São Paulo estava no auge, na época do Telê. Aconteceu, então, o inevitável pra mim: meu filho mais velho virou sãopaulino, convencido pelo tio dele.

Foi questão de tempo se acostumar, mas acredito que não foi tão ruim assim. Afinal, não temos (muitos) problemas e brigas futebolísticas em casa.

Mas enfim, chega de falar de futebol.

Mudando totalmente de assunto, no começo do ano passado (2007), meu filho mais velho passou no vestibular de uma faculdade pública. No entanto, havia um problema: a tal faculdade ficava em Assis, interior de São Paulo, longe de tudo e todos.

Sabe Deus o que se passava na cabeça daquele menino, que sempre teve o que quis, pra ir praquele fim de mundo, só pra estudar de graça. Me dispus a pagar uma faculdade por aqui e de nada adiantou.

E foi, pro fim do mundo, viver uma vida doida, coisa que ninguém queria - e nem esperava - que ele fizesse. Por sorte, ele não aguentou por muito tempo e voltou. Ainda bem que ele não arrumou namorada por lá, senão não voltaria nunca.

Hoje em dia, mesmo assim, só o vejo nos finais de semana - quando o vejo - já que o safado não pára em casa nunca, por nada no mundo. Isso, infelizmente, não mudou em relação ao ano passado.

Agora em julho, que é mês de férias da faculdade dele, o vi quase todo dia e, ainda assim, não conversamos muito, mais por falta de assunto do que por falta de vontade.

Acredito, pelo menos, que ele existe e resolve qualquer problema que eu pedir. Até acordar 3h30 da manhã pra me levar no serviço. Me senti extremamente contente, só não soube como agradecer.

Acho que vou escrever um texto.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Quando a tristeza vira o assunto

É triste. Claro que é triste.
Ter um motivo desses pra postar, é triste.
Ver todo mundo de luto é triste.
Ficar de luto é triste.
Todos tentam apoiar, mas não deixa de ser triste.
Algumas pessoas que não tem o costume de falar com você, puxam assunto.
"Quem faleceu?" "Tá tudo bem?" "Meus pêsames."
Estar em qualquer um dos lados é triste.
Saber que alguém deixa essa vida é triste.
Seja próximo ou não, é triste.
Alguns, mais frágeis, tentam esquecer a tristeza por um tempo.
Mas a tristeza vira assunto.
A tristeza vira o assunto de qualquer jeito.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Enjoy the show

ps. (entenda pre-script): Trata-se de um guia prático (ou não) de como se aproveitar bem os shows dessa vida. Escrito por mim, é claro.

Ignore as condições climáticas. Dê preferência ao ambiente de show. Esteja o frio que estiver, proteja-se dele somente antes de entrar no show, já que, lá dentro, este frio inexiste.

Esqueça seus horários e desmarque os seus compromissos. Por mais que sempre existam espertinhos furadores de fila, a mesma é uma diversão a parte durante o dia.

Conheça muito bem a banda. Procure decorar letras, melodias, solos, sussurros, respirações. E tudo que for possível de ser decorado nas músicas.

Não leia possíveis setlists ou veja vídeos das músicas possíveis de serem tocadas. Nada se compara à emoção da surpresa, de ver tudo ao vivo, na hora.

Condições físicas e psicológicas são extremamente facultativas. A última coisa na qual você deve pensar em um show é em parar de pular, por dor nas pernas, ou parar de cantar, por dor de garganta e/ou ausência de voz.

Resumindo, esqueça de tudo. Viva cada música como se fosse a última. (agora sim eu vi praticidade!)

Enjoy the show.

ps. (entenda post-script): Neste ano, fui a cinco shows, todos muito bem aproveitados! (rs)