domingo, 25 de julho de 2010

Mano, os Manos, o Brasileirão e o brasil

A quarta rodada do Brasileirão pós-Copa foi secundária neste final de semana, em que Mano Menezes foi anunciado o novo técnico gaúcho da seleção brasileira. São muitos a favor e muitos contra, mas todos esperam que no Brasil de 2014 Mano siga o legado do gaúcho Felipão, e não do gaúcho Dunga.

O Corinthians venceu o Guarani por 3x1, com dois gols de Bruno César – garantia de sucesso no Cartola Sportv – e reassumiu a liderança do campeonato. Mano deixa a casa arrumada e o bolo pronto para Adílson Batista conduzir os Manos no restante da competição e, se não errar, chegar ao tetracampeonato brasileiro.

Novamente na primeira posição, o time alvinegro contou com o empate 1x1 no jogo Fluminense x Botafogo, que poderia ter sido a despedida de Muricy Ramalho, mas não foi, graças a um lapso de ética no futebol brasileiro, com gosto de “vingança“ por parte do Fluminense, anti-Ricardo Teixeira.

Para descrever o que aconteceu na Vila Belmiro, podemos utilizar uma expressão normalmente utilizada com times menores e em fases finais dos campeonatos: “jogo dos desesperados”. Deu Santos, 1x0, com um gol contra em um jogo ruim de ser assistido. O Santos, longe do time campeão paulista, e o São Paulo, com 10 reservas em campo, ainda mais longe do time que chegou às semifinais da Libertadores da América, jogaram para um público de menos de 10 mil pessoas.

Já no Beira Rio, o Internacional, com alguns reservas e seus principais titulares – Tinga, Rafael Sóbis e Renan, recém-chegados no pós-Copa – venceu o Flamengo por 1x0, chegou à terceira posição do Brasileirão, à quarta vitória consecutiva e aguarda o São Paulo, com 1 ponto conquistado de 12 possíveis, para a primeira partida semifinal, válida pela Copa Libertadores da América. Segundo Rogério Ceni, capitão do time paulistano, não há mais para onde correr e agora é a hora de reagir.

“Reação”, inclusive, ao lado de “Renovação”, é o que o torcedor brasileiro espera ver. Mano Menezes se apresenta para a CBF nesta segunda-feira e já tem seu primeiro trabalho: convocar a equipe para um amistoso contra os emergentes norte-americanos, a ser realizado no dia 10/8, em Nova Jersey.

Com o jeitinho brasileiro de ser, Ricardo Teixeira, convidou Muricy sem falar com o Fluminense e deu com a cara na porta. Usando o “não deixe para fazer amanhã o que você pode fazer depois de amanhã”, chamou Mano Menezes para tapar o buraco, esconder seu erro e ser o responsável pela primeira parte da renovação na Seleção. Vale lembrar que Mano foi técnico do Corinthians até 20h30 deste domingo e que, provavelmente, vai rolar um churrasquinho de despedida hoje à noite. Ou seja, o novo técnico da seleção vai ter um dia cheio amanhã, já que, até as 16h, tem que saber quem joga contra os Estados Unidos.

O projeto Seleção Brasileira para 2014 está começando, talvez não do jeito que Teixeira esperava, após o “tapa na cara” com Muricy, talvez com vários Manos na seleção do Mano. Agora, nos resta esperar o projeto Brasil para 2014, não só com estádios, mas com um país inteiro. Que não sejamos obrigados, novamente, a ver o jeitinho brasileiro da CBF.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Lições sobre Rock'n'Roll

Dia 13 de julho é o dia Mundial do Rock, único estilo musical que possui uma data comemorativa em sua homenagem – até onde eu sei, sem procurar no Google – e é sobre ele que vamos falar agora.

Antes de mais nada, reconheço que a minha bagagem sobre o assunto não é muita, portanto, se isso for um incômodo, pode parar de ler o texto agora, sem problemas! No entanto, quando me perguntam o que eu gosto de ouvir, tento ser bem imparcial. A resposta é simples: Rock, em várias de suas vertentes.

O Rock é a base da música, vem de longe, de muitos anos atrás, com muitos nomes e muitos estilos diferentes com o passar do tempo. Como já dito, ouço Rock em doses (nem sempre) homeopáticas e, devido à data passada nesta semana, a dose foi escolhida a dedo.

Gravei um CD com algumas músicas que estão na pasta “Rock’n’Roll” do meu HD, dentre as quais estão AC/DC, Motorhead, Kiss e por aí vai. Vou ressaltar algumas em especial: Boston, Kansas, Lynyrd Skynyrd e Allman Brothers Band.

Para confessar, conheci as quatro bandas graças ao Guitar Hero (videogame é cultura, sim!) e me interessei. Começa sempre do mesmo jeito: primeiro, a música que está no jogo, depois um Best Of, até chegar a alguma comunidade ou site especializado e procurar os “discos indicados” e, posteriormente, na discografia completa.

Só faltava o interesse de saber como as coisas eram ao vivo, coisa que acabei de fazer e resolvi compartilhar. É inexplicável o que essas bandas fazem no palco, sem efeitos, sem hiperproduções ou coisas super avançadas. Apenas o puro Rock’n’Roll, muito bem representado.

Freebird, do Lynyrd Skynyrd, é a última música do Guitar Hero 2, a mais longa e mais difícil do jogo. Ao se jogar no controle, é inevitável pensar: se é tão difícil num videogame, como seria numa guitarra? O (grande) solo do final é incrível e simples, em sua essência, sem efeitos como já dito. Mais de cinco minutos de solo, em que uma só guitarra parece fazer o som de três.

Allen Collins tira o máximo de sua guitarra, usando o mínimo: uma palheta e um amplificador ligado. Uma pena para a história do Rock foi o “fim” antes da hora do Lynyrd Skynyrd, em 1977. O vocalista Ronnie Van Zant e o guitarrista Steve Gaines morreram em um acidente de avião, no qual Collins também estava presente e ficou gravemente ferido, comprometendo a continuidade da carreira da banda.

Quase na mesma época do fim do Lynyrd Skynyrd, surgiu o Boston, em atividade até os dias de hoje. Sua Foreplay/Longtime está presente no primeiro Rockband, novamente em uma das músicas mais difíceis e mais legais do jogo. Sem exceção, todos os instrumentos possuem linhas difíceis e divertidas de serem jogadas. A única coisa melhor é assistir a banda tocando ao vivo.

Carry On Wayward Son também está no Guitar Hero 2 e já apareceu no episódio de South Park “Guitar Queer-o”, com direito a uma versão de um dos personagens cantando e tocando guitarra. A música do Kansas também é de 1976 (incrível!) e surpreende, assim como as outras, pela simplicidade.

Steve Walsh é um herói; vocalista, tecladista e percussionista – na mesma música. Fica até meio difícil de entender as funções de cada um dos integrantes no vídeo, tamanha a quantidade de sons e mudanças repentinas de lugar. Hoje em dia, muitos vocalistas apenas cantam, e mal, em alguns casos.

Finalmente, a mais inovadora das velhices apresentadas aqui: o Allman Brothers Band, a única banda (que eu conheço) com duas baterias – e mais um percussionista em algumas músicas. Simplesmente incrível, tanto para os anos 1970, quanto para hoje, tempo em que só se tem mais batidas em música eletrônica.

Também presentes no Guitar Hero 2, com Jessica, os irmãos Allman repetem a dose com Ramblin’ Man, no Guitar Hero 4, provavelmente a pedidos dos fãs, que adoraram tocar solos e mais solos.

Construtivamente, nada contra o Rock de hoje em dia, com muitas bandas boas, mas que em sua essência, ficou fraco perto do que foram os anos 1970 – isso apenas se citarmos as bandas do Guitar Hero! No entanto, muitas bandas usam o rótulo de vertente do Rock e citam como influências o próprio estilo, o rock, com r minúsculo mesmo.

Bom seria se o Lynyrd Skynyrd não tivesse tido um fim precoce. Bom será se o Rock não tiver o mesmo destino e perder o seu espaço para o rock, no qual as bandas ganham nome feminino (por exemplo: imagine ouvir A Metallica, ou A Black Sabbath, ou A Ramones)...

Curiosamente, li por aí que o Rock não precisa ser salvo e, sim, que o Rock é a salvação – Dio se foi, mas deixou uma mensagem: Long Live Rock’n’Roll.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

A final

De qualquer maneira, teríamos um campeão inédito, em uma final inédita. Desde 1978, a Copa do Mundo não tinha uma final sem campeões mundiais. Naquela oportunidade, a Argentina sagrou-se campeã mundial pela primeira vez, em cima da própria Holanda, que já havia perdido a final de 1974 para a Alemanha. Mais uma vez, os holandeses, longe do futebol da Laranja Mecânica dos anos 70, ficaram com o vice-campeonato.

E como descreve o Marca, “o sonho se tornou realidade”. A Espanha é a oitava campeã mundial e primeira seleção da Europa a conseguir um título fora do continente. 1x0 e a Fúria no topo do Mundo.
Talvez Holanda x Espanha não fosse o jogo mais esperado pelo retrospecto das duas seleções na história das Copas do Mundo, mas se fosse levado em conta o desempenho nas eliminatórias, holandeses e espanhóis fariam a final de qualquer jeito, com toda certeza.

“100%”. Esta é a melhor maneira de descrever a campanha das duas seleções nas eliminatórias europeias para a Copa de 2010. A Espanha venceu todos os 10 jogos que disputou, enquanto a Holanda, jogando em um grupo menor, obteve 8 vitórias, em todos os seus jogos.

Nesta Copa, a Holanda continuava com os 100% desde então. A Espanha, com a fama de sempre morrer na praia, havia perdido para os Estados Unidos na Copa das Confederações e para a Suíça, na estreia do Mundial, o que fez com que muitos pensassem que a Fúria seria apenas mais uma na África.

Foram três 1x0 na segunda fase do Mundial, os melhores passadores da competição e três jogadores entre os candidatos a melhor da Copa antes da grande final contra um time bem montado, com grandes jogadores e que eliminou o Brasil, mas adepto ao “futebol de resultados” e que não “encantou”.

Na Copa do Mundo dos 1x0 (16 no total, 25% dos jogos), a final não poderia ter sido diferente, ainda mais com a “seleção do 1x0” presente. Em princípio, foi uma partida violenta e não a melhor do Mundial, mas foi uma Final, digna de ser chamada como tal. Um zero a zero travado, com gols perdidos e momentos emocionantes durante o tempo normal e a prorrogação.

Só faltava um gol e uma vitória de time campeão. Arjen Robben teve duas chances, ambas paradas por Casillas, que cresceu na frente do atacante em ambos os lances. Até que, aos 11 do segundo tempo da prorrogação, o placar marcou 1x0 no Soccer City. Foi um gol de um jogador com estrela, que assim como Robben, já havia tido sua oportunidade.

No entanto, na segunda chance que teve, Andrés Iniesta repetiu o feito do jogo Barcelona 1 x 1 Chelsea, pela Liga dos Campeões de 2008/2009 – o jogador marcou um gol nos acréscimos e classificou os espanhóis para a final daquele ano – e bateu firme, na saída do bom goleiro Stekelenburg.

Com os poucos minutos restantes, não havia muito a se fazer, tanto que Sneijder, candidato à Bola de Ouro do Mundial, bateu do meio de campo na saída de bola. No apito final, Casillas chorou, Iniesta caiu no chão e a Espanha comemorou. Assim como com a Fórmula 1, em 2005 e 2006, com o basquete no Japão, em 2006, com o próprio futebol, na Euro 2008, e no tênis, em Wimbledon neste ano. Novamente parafraseando o Marca, o As, e todos os jornais espanhóis, ¡Campeones!

O final

Desde o gol de Siphiwe Tshabalala, em 11 de junho, até o gol de Andrés Iniesta, 11 de julho, a Copa do Mundo viu 145 gols, em seus 64 jogos. Com uma média de 2,26 gols/jogo – segunda pior da história, atrás apenas da Copa da Itália, em 1990: 2,21 – e 16 jogos com o placar de 1x0 (25 do total), o Mundial da África chega ao seu fim, com a Fúria como campeã, finalmente.

Foram quatro artilheiros, com cinco gols cada: David Villa, da Espanha, Wesley Sneijder, da Holanda, Thomas Müller, da Alemanha e Diego Forlán, do Uruguai. O alemão, de 21 anos, além de ter sido escolhido como revelação da Copa, venceu o prêmio Chuteira de Ouro, por ter dado mais assistências do que seus concorrentes.

O destaque da Copa, premiado com a Bola de Ouro, foi o uruguaio Forlán, que ajudou a levar a Celeste às semifinais da competição, depois de 40 anos. Forlán foi o capitão do time na ausência de Lugano, marcou cinco gols e, se tivesse marcado o sexto em cobrança de falta aos 48 do segundo tempo contra a Alemanha, levaria o Uruguai à prorrogação na disputa pelo terceiro lugar.

Na Copa das zebras, a final só poderia ter sido inédita e ter tido um campeão inédito, mas longe de ser uma zebra. A Fúria finalmente chegou lá e não morreu na praia, venceu a Holanda por 1x0, na prorrogação, deixando a Laranja com seu terceiro vice-campeonato na história.

A África do Sul se provou capaz de sediar um Mundial, apesar dos pesares, reclamações e limitações. Todos temem que alguns dos estádios se tornem “elefantes brancos” e não sejam usados nunca mais, como algumas instalações do Pan-2007, do Brasil. O trânsito e a falta de segurança ficaram em destaque e devem ser usadas como lição para a próxima Copa, a ser realizada em terras brasileiras.

No entanto, valeu a alegria do povo africano, que com suas vuvuzelas, contagiou o mundo e muitos dos jornalistas presentes no país. É tempo de fazer projeções para 2014, pensar e relembrar aquilo que passou na história do recente título espanhol. Abaixo, um pequeno Top5, de gols, defesas e jogos da Copa da África 2010, além de uma seleção do Mundial, com 11 jogadores.

Top 5 Gols:
Siphiwe Tshabalala (África do Sul 1x1 México, Soccer City, Johanesburgo, 11/6)
Em um belíssimo contra-ataque sulafricano, Tshabalala recebe na grande área e bate no ângulo do goleiro Pérez, para marcar o primeiro gol da Copa do Mundo de 2010.


David Villa (Espanha 2x0 Honduras, Ellis Park, Johanesburgo, 21/6)
O artilheiro espanhol passou entre dois defensores de Honduras, invadiu a área, driblou mais um e bateu firme, sem chances para o goleiro Valladares.

Carlos Tévez (Argentina 3x1 México, Soccer City, Johanesburgo, 27/6)
“Carlitos” bate em cima da zaga, pega o próprio rebote, pedala e bate forte de fora da área, para marcar o terceiro da Argentina, jogando um balde de água fria na reação mexicana.

Giovanni Van Bronckhorst (Holanda 3x2 Uruguai, Green Point, Cidade do Cabo, 6/7)
O capitão do time holandês arriscou de fora da área e acertou o ângulo do gol de Muslera. Curiosamente, a bola entrou praticamente no mesmo “lugar” que no gol de Tshabalala, no primeiro jogo da Copa.

Diego Forlán (Uruguai 2x3 Alemanha, Nelson Mandela Bay, Porto Elizabeth, 10/7)
O volante Arévalo Rios foi para o ataque, tabelou com Luís Suárez e tocou para Diego Forlán, que bateu de primeira em um belo voleio, sem chances para Butt, lembrando os lances de Bebeto nos anos 80/90.


Defesas:
Noel Valladares (Chile 1x0 Honduras)
O goleiro hondurenho Valladares impediu que os chilenos aumentassem sua vantagem em um verdadeiro milagre após cabeçada a queima roupa, dentro da pequena área.

Vincent Enyeama (Argentina 1x0 Nigéria)
Enyeama fechou o gol e não deixou Messi e os argentinos saírem do 1x0, com várias defesas importantes durante o jogo.

Luís Suárez (Uruguai 1x1 Gana)
Em lance histórico, o atacante uruguaio Luís Suárez salva o gol da vitória de Gana, com uma defesa em cima da linha e é expulso. Na cobrança de pênalti, Asamoah Gyan acertou o travessão.

Maarten Stekelenburg (Holanda 2x1 Brasil)
Segundo o próprio Stekelenburg, a defesa no chute de Kaká foi uma das mais importantes da carreira e deu forças ao time para vencer a seleção brasileira.

Iker Casillas x2 (Holanda 0x1 Espanha)
Casillas cresceu para cima de Arjen Robben por duas vezes e impediu a vitória holandesa com duas grandes defesas, contribuindo para o primeiro título mundial da história da Fúria. (No vídeo, 1:30 e 2:20)

Jogos (sem descrição, os highlights dizem por si só):
Eslovênia 2x2 Estados Unidos

Eslováquia 3x2 Itália

Alemanha 4x1 Inglaterra

Uruguai 1x1 Gana

Uruguai 2x3 Alemanha

Seleção do Mundial, numa formação 4-4-2 tradicional:
Casillas, Lahm, Piqué, Friedrich, Fucile; Xavi, Iniesta, Forlán, Özil; Müller, Villa.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Folga é sinônimo de prognóstico

Dias 3 e 4 de julho de 2010, quarta e quinta-feira, são dois dias de hiato nos campos da África do Sul. Com as quartas de final definidas e prometendo bons jogos, é tempo de prognósticos! Estatísticas! Retrospecto!

Nestes dois dias, dados, números, vitórias, derrotas, empates, gols e afins fazem parte da pauta do jornalismo esportivo brasileiro. O histórico está em cena, para o terror de treinadores e jogadores, que apenas escapam dos números em suas entrevistas coletivas e dizem que o que vale é o presente - os jogos não têm favorito, nem num Brasil x Coreia do Norte, por exemplo.

Direto e reto, o primeiro confronto das quartas de final será Brasil x Holanda, sexta-feira, 11h, em Port Elizabeth. Os dois times se enfrentarão pela quarta vez em uma Copa do Mundo. Em 1974, a Holanda venceu por 2x0, em 1994, deu Brasil 3x2 e em 1998, após um dramático 1x1 no tempo normal, com Zé Carlos na lateral direita, vitória brasileira nos pênaltis.

O time laranja quer vingança, segundo o atacante Elia, que diz se lembrar perfeitamente da eliminação holandesa em 1998. Coincidentemente, naquele ano, após se enfrentarem, a Holanda perdeu a decisão de 3º e 4º lugares para a Croácia e o Brasil perdeu a final para a França. Desta vez, quem perder diz adeus à África do Sul.

Às 15h30, Uruguai e Gana definem quem será a zebra da vez nas semifinais. O Uruguai é bicampeão mundial, mas não figura entre os quatro melhores de uma Copa do Mundo desde 1970, quando enfrentou justamente o Brasil e perdeu. Já o time de Gana participa de seu segundo Mundial e, se passar pelos uruguaios, corre o risco de ser novamente eliminado pelo Brasil, como em 2006, nas oitavas de final.

O capitão uruguaio Diego Lugano busca a glória e isso só viria com o título, buscado e projetado também por Samuel Inkoom, ala direito e esquerdo de Gana. Se passarem, os ganeses deixam para trás Camarões de 1990 e Senegal de 2002, que também chegaram às quartas de final, melhor resultado do futebol africano nas Copas.

Em confronto sem favoritos, o melhor jogo das quartas de final promete ser o único confronto de campeões da rodada: Alemanha x Argentina. Os alemães eliminaram os campeões de 1966, a Inglaterra, enquanto os argentinos mandaram os fregueses mexicanos de volta para casa novamente, assim como em 2006.

No entanto, é justamente 2006 que a Argentina de Maradona tenta evitar. Na oportunidade, após eliminar os mexicanos, os hermanos cruzaram o caminho dos bávaros e foram para casa mais cedo, após 1x1 no tempo regulamentar e derrota nos pênaltis. A Alemanha foi novamente à prorrogação no próximo jogo e perdeu por 2x0 para a então tetracampeã e agora já eliminada, Itália.

Os dois times tem ataques (muito) fortes, mas um tem uma coisa que o outro não tem. A Alemanha tem uma defesa sólida e a Argentina tem Lionel Messi (defesa sólida, não mesmo). O mundo espera o embate entre os dois times, que acontecerá no sábado, às 11h, na Cidade do Cabo.

Por último, mas não menos importante, talvez o único duelo com favoritos das quartas de final: Paraguai x Espanha, em que paraguaios podem chegar às semifinais pela primeira vez, enquanto os espanhóis podem chegar a esta etapa da Copa pela segunda vez.

David Villa é o artilheiro do mundial e o Paraguai só tomou um gol até agora, da Itália. Com isso, desenhamos o jogo em ataque x defesa, toque de bola x contra-ataque, Villa contra os herdeiros de Gamarra, desempenhando um ótimo papel nesta Copa.

A folga já está acabando, temos menos de 24h até Brasil x Holanda e não houve muita cogitação para que o assunto durante esses dois dias se alterasse para eleições presidenciais ou Fórmula 1 - Dilma fez uma ultrapassagem em Serra e Vettel em Hamilton, mas ninguém parece ligar muito para isso agora.

Até 11/7, inclusive de “folga”, nada mais importa.