segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Fatos e feitos

Quem costuma usar bastante o orkut e fuçar bastante nos perfis das pessoas por aí?

Eu! - No meu caso, estou tentando me livrar desse mal, causado pela santa falta do que fazer.

Enfim, mas nessas "fuçadas" por aí, notamos semelhanças nesse universo virtual, muita gente querendo aparecer demais, outras querendo aparecer de menos e, principalmente, muito daquilo que costumamos chamar de "modinhas".

Em alguns anos de assombração desse fantasma do orkut, várias modinhas já passaram pelos perfis dos usuários. Atualmente, a nova é dar uma de super consciente.

Quem nunca entrou no álbum de alguém e viu alguma foto de crianças africanas quase morrendo de fome ou seja lá do que for?

Fotos assim são colocadas e acompanhadas de frases de conscientização do tipo "pense nisso". De que adianta colocar fotos e frases no orkut pra expressar fatos, e não feitos?

O fato está acontecendo na África, muita gente morre todos os dias de tudo quanto é doença que você possa imaginar e você está aí, sentado, colocando fotos das pessoas morrendo no orkut, tentando se mostrar consciente.

E eu, estou aqui, sentado, escrevendo, criticando a sua ação.

Todos estamos sem fazer nada, só observando os fatos. Sem realizar os feitos.

Isso sim é uma coisa pra se pensar: pense num feito e não num fato.

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Diferenças de tratamento

Como combinar alguma coisa com uma garota:

- Alô, tudo bem?
- Tudo, e você?
- Tudo bem também.
- Vai fazer alguma coisa hoje?
- Não, e você?
- Eu tava pensando em chamar um pessoal pra assistir filme aqui em casa, pode ser?
- Pode sim, vamos ver, vou voltar pra casa e te ligo depois.
- Ok, beijos!
- Beijo, tchau!


Como falar com um amigo no telefone:

- E aí viado!
- Opa, tudo certo?
- Tudo certo, vai fazer o quê hoje?
- Vou pra aula, pro cursinho.
- Cursinho? Aaah, que coisa de viado, macho que é macho não estuda!
- Tá, eu vou ver, depois a gente se fala.
- Falow, até mais
- Até mais!

sábado, 20 de outubro de 2007

Heaven or Hell - Welcome (back) to Paradise

Sua vida toda num lugar e você em outro.

Uma câmera digital com 700 fotos de seus amigos e você longe deles, num lugar onde tudo que merece ser fotografado é o céu.

Uma semana com a família e um feriado com os amigos. E você comemorando a solidão, como se fosse um troféu.

A cidade onde você cresceu e a outra cidade onde você nasceu e passa a maior parte do tempo. E você? Encolhendo e tentando enganar o tempo em outra cidade.

Sua vida toda num lugar e você em outro.

Tudo o que você gostava tanto de fazer de um lado, e você? Indo na direção oposta, pois desistiu de tudo em nome da loucura.

Aquele curso que você sempre quis fazer. E você se enganando com outra coisa que vai perdendo a graça em pouco tempo.

Nunca se imaginava vendo TV durante um dia inteiro?

Nunca se imaginava dormindo o tempo todo?

Até alguns dias atrás isso era um sinal de independência: você faz o que quer e quando quer.

Agora, não passa do maior sinal de dependência possível.

Dependência da vida, que está longe de você.

Por que ficar num lugar onde você reclama de tudo se você tem um paraíso que te aguarda de braços abertos?

O paraíso nem sempre é o lugar onde o céu é mais bonito, ou o lugar mais calmo.

Você que torna o lugar um paraíso. E este é o meu.

Quickie

Se o seu pensamento influencia o mundo, como ele não influenciaria um par de dados?

Brasil e Brasil

"Queremos raça!" - A torcida vaia.

Gol.

"Ah, sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor!" - A torcida comemora.

Ser patriota no país do futebol não é fácil. O conceito de patriotismo por aqui só é lembrado quando tem jogo da seleção brasileira de futebol, isso porque os outros esportes não tem taaanta torcida assim.

Tempo de Copa do Mundo é tempo de vestir a amarelinha pelas ruas. Tempo de colocar bandeiras nas janelas e varandas. Tempo de esquecer a miséria e os infortúnios. Tempo de torcer. Tempo de ser patriota.

Atualmente, estamos em tempos de eliminatórias para a Copa do Mundo de 2010, Hoje, 85000 pessoas foram ao Maracanã ver os nossos 11 cidadãos mais conhecidos e mais importantes em ação. O futuro do país estava nos pés deles.

Sim, obtivemos êxito: uma vitória por 5 gols a zero sobre o frágil Equador, pouco falado na América do Sul - nem membros do Mercosul eles são, coitados. Frágeis que são, ocupam a última colocação nas eliminatórias. O povo deve sentir vergonha de seu país.

Imaginemos o contrário: o Brasil todo poderoso, cujo povo tem orgulho da nação, na última colocação das eliminatórias. Sem dúvida, estaríamos em crise.

Crise da aviação? Bobagem.

Quem ligaria pra isso? Quem sentiria vergonha disso?

A grande vergonha do brasileiro seria estar a seis pontos de distância e na ponta oposta da tabela em relação à Argentina.

A torcida sentada vaia o time no campo.

O povo, de cabelos em pé, senta e assiste o país se mexer sem sair do lugar.

Patriotas que somos, vaiamos o time e assistimos o país. Dois Brasis diferentes, dois países diferentes. Temos orgulho de um e xingamos o outro.

Não é incomum ver gente reclamando de tudo por aí sem mexer uma palha pra mudar. "Esse país é um lixo, não tem mais solução de jeito nenhum." Antes se calar e não fazer do que reclamar e não fazer.

Fazer, fazer e fazer. Não é tempo de fazer. É tempo de ser patriota, é tempo de torcer!

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Tente ver o o mundo de ponta-cabeça

O movimento é intenso, pessoas andam pra lá e pra cá sem parar. Sentado, eu apenas observo. E espero. Minha vez está pra chegar.
Cheguei. Uma tarde longa, de isolamento, sozinho.
Tudo parece um filme. Me sinto triste e alegre ao mesmo tempo. Quase choro. Ouço música. Tudo me é estranho. Confuso.
Pedi informações, me achei. Vejo as mesmas pessoas na rua. Os mesmos pedintes, ciganos e policiais no mesmo lugar.
Como se eu não conhecesse São Paulo, me perdi. Estar a pé é diferente de estar de carro.
Vou ao shopping aqui perto comer alguma coisa. Fazer minhas lições de francês, só pra passar o tempo.
Preciso almoçar, até que enfim - se bem que não demorou tanto - saí do Poupa Tempo agora, tenho que voltar depois.
As filas pareciam maiores, tudo é eficaz e o atendimento é relativamente bom.
Me sinto feliz por estar sozinho e ter achado o lugar tão facilmente, com "n" sinalizações.
Enfim, sentado.
Metrô, uma invenção fantástica. E dizem por aí que o de São Paulo é melhor do que em muitos lugares por aí.
Trem.
Caminhada.
Casa. Lar, doce lar.
Hora de acordar, tudo parece ao contrário

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Bu(r)rocracia

Renovação/substituição da permissão para dirigir. Agora vai virar CNH, que emoção. Já faz um ano que eu dirijo, como o tempo passa rápido.

Tempo de semana de saco cheio, é hora perfeita pra renovar a dita cuja. CPF, RG, comprovante de residência, mais alguns documentos e um comprovante de CFC.

Só faltava o comprovante, que deixei pra pegar no dia, antes de fazer uma "viagem" ao Poupa Tempo da Sé, em São Paulo.

Fui ao CFC, me mandaram pra auto escola.

Fui na auto escola, me mandaram no despachante.

Fui no despachante, me mandaram de volta no CFC.

Voltei pro CFC e fui atendido por outra pessoa que me disse que eu só conseguiria esse papel num outro lugar, perto do Ciretran de Osasco.

Voltei pra casa pra pegar o carro e dirigir na aventura, afinal eu não pegaria um ônibus pra ir até lá - acho que nem sei qual ônibus passa ali, mas enfim.

Cheguei no tal lugar e obviamente não encontrei papel algum. O owner do lugar disse que só teria o pedaço trabalhado de celulose às 15h de ontem. Ótimo.

Voltei pra casa, almocei e esperei.

15h voltei pro maldito lugar e nada. "Só amanhã de manhã." Melhor ainda.

Voltei pra casa outra vez (quantas idas e vindas).

Resolvi conferir no site do Poupa Tempo mais uma vez depois de ligar pra um amigo que já tinha feito a renovação dele: eu não precisava do tal documento. Ótimo²

É por isso que eu odeio bu(r)rocracia.

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Metaforicamente falando

Parte I

Imagine-se com um novo aparelho de celular em mãos. Aquela coisa frágil com "n" funções diferentes que você esteve esperando por meses e finalmente conseguiu.

Foi tanto tempo esperando, que você vai tomar todo o cuidado do mundo com ele. Vai dar a carga inicial na bateria e vai até mesmo escolher as mesas sobre as quais você vai colocar seu brinquedo novo.

De tanta atenção que você deu ao seu aparelho, ele resolve ficar rebelde e começa a tentar cair no chão. Passa perto, cai no sofá, numa almofada, você o pega quando ele está a poucos centímetros do chão. Ufa.

Até que num belo dia, pof.

Seu querido aparelho cai no chão. Suas peças voam pra todos os lados. Você monta e pronto, está tudo funcionando como antes, apenas com um risquinho, ou às vezes nem isso.

Com o tempo, o maldito celular começa a tomar gosto pela coisa e começa a cair no chão freqüentemente, até que você nem liga mais pra ele e o troca por outro.

Parte II

Imagine-se pai (ou até mesmo mãe) de uma linda menina. Aquela coisinha frágil que você esperou por meses e finalmente conseguiu.

Foi tanto tempo esperando e criando a garotinha, que você vai tomar todo o cuidado do mundo com ela. Vai dar todos aqueles conselhos iniciais de pai coruja e vai até mesmo escolher os lugares que ela vai freqüentar.

De tanta atenção e conselhos que você deu à menina, ela resolve ficar rebelde e começa a ir onde não deve e tentar fazer o que não deve. Você proíbe, vigia, deixa de castigo. Ufa.

Até que num belo dia, *.

Sua querida filha perdeu a virgindade. Você dá bronca, xinga o responsável e tudo parece estar como antes, com apenas mais atenção por sua parte ou menos atenção da parte dela, ou às vezes nem isso.

Com o tempo, sua maldita filha começa a tomar gosto pela coisa, o responsável pelo primeiro ato nem existe mais e o responsável pelo enésimo ato não sai mais do quarto dela, até que você nem liga mais pra ela e...

É por isso que eu prefiro ter um celular.

ps.: como se eu fosse pai! rs

Confissões de um bêbado culto

"Não estou bêbado, estou alegre."

Não acreditei muito nele e, então, conversamos.

Nas ruas de São Paulo tem muita gente. Andando de madrugada, descobrimos muita coisa, inclusive boa parte dessa gente.

Sóbrios, bêbados, baladeiros, andarilhos. Não necessariamente nesta mesma ordem e não necessariamente separados. Não pela parte dos baladeiros e andarilhos bêbados, mas dos baladeiros-andarilhos-bêbados-sóbrios, ou aqueles que se dizerm apenas alegres.

A conversa começa com uma questão sobre as horas ou uma cantada direcionada à moça que te acompanha.

- Cala a boca, você tá bêbado!
- Não estou bêbado, estou alegre.
- Eu não acredito em você.
- Tá bom, então senta aí.

Me sentei e o cara começou a falar, como se me conhecesse faz tempo. Claro, como uma boa conversa masculina, o assunto inicial foi o futebol mas, com o tempo, as duas amigas minhas que estavam comigo acabaram prestando atenção nele também - uma delas inclusive, estava na mesma situação alegre que ele.

Prossigamos com o diálogo então:

- Toda mulher passa por um cafajeste uma vez na vida e eu já fiz esse papel algumas vezes. Tem mulher que gosta disso ainda e na verdade tem muito homem que faz isso.
- É, homem é um bicho que não presta.
- Mas tem exceções, e esse aí é um desses exceções - disse ele me apontando.

"?"

Até pareceu que o cara me conhecia. De fato sou uma exceção, mas isso não vem ao caso. E ele continuou, quando viu que minha amiga "bêbada alegre" estava descalça:

- Posso chupar o seu dedão?

Nós rimos, fazer o quê? E não, ele não fez o que queria mesmo sendo brincadeira - ainda bem. Enfim, depois de vários "conselhos e monólogos" ele disse que precisava ir ao banheiro.

Levantou-se e foi, e eu fui junto pois também precisava tirar água dos joelhos. Homem também conversa no banheiro (rs):

- Praticamente só eu falo, mas pelo menos eu não falo tanta besteira, sou um bêbado culto.
- É, difícil de acontecer isso. Bêbado só conversa água.
- E eu estou praticamente me entregando.
- São confissões de um bêbado culto.
- Não estou bêbado, estou alegre.

No cursinho se aprende bastante

"Dizem que existem mais mulheres do que homens no Brasil e não é mentira. Existem aproximadamente três mulheres pra cada homem.
Então você aí se pergunta:'se tem mulher sobrando, como eu estou solteiro?' 'Será que tem tanta gente com duas assim?'
Eu te respondo: 'Não, não tem.'
Uma informação que as pesquisas omitem é a faixa etária. Como a expectativa de vida feminina é maior que a masculina, as mulheres que sobram são as que vivem mais.
Então eu lhes digo que vocês estão apenas procurando no lugar errado. Vocês ficam indo em baladas e barzinhos e reclamam que só tem homem nos lugares. Já tentaram procurar em bailes da 3ª idade e em bingos?"

Prof. Moraes - geografia

"Eu poderia chegar aqui e desejar boa sorte. Poderia falar pra vocês darem uma revisada, mas isso não é uma coisa a se fazer em véspera de Fuvest. A minha dica é outra.
Passem no boteco, tomem muita pinga, encham a cara. Logo depois, peguem cada um sua namorada ou namorado e levem pro motel.
Passem a noite toda fazendo sexo.
Muito melhor que estudar, eu fiz isso e deu certo!"

Prof. Vicente - física