sexta-feira, 25 de abril de 2008

Ineditismo

Não esperava que fosse acontecer, foi muito de súbito.
Só estava andando tranquilamente, mais nada.
Não tinha plano nenhum em mente.
Só queria chegar rápido, o tempo estava curto.
Nem pensava na possibilidade de isso acontecer.
E Justamente naquele lugar, em que eu passo tanto.
Simplesmente aconteceu.
Estava eu passando ali novamente e pela primeira vez, bati o carro.

LOL

Tentativas e lições aprendidas

Pense positivo, acredite e não desista.
Acho que se tem algo em que sempre tive como lição, foi essa linha acima.
Minha mãe sempre disse e eu sempre acreditei. Eu li O Segredo e não deixei de acreditar. Tentei, não desisti, pensei positivo, e eu não deixo de acreditar.
A gente tenta tanta coisa, se esforça pra dar certo, só que não dá. Mesmo tentando tanto, tudo parece dar errado às vezes. Então, já que vemos tudo errado, nos esforçamos pra que tudo dê mais errado ainda, só que o êxito é ainda menor.
Tentamos, fazemos o possível, acreditamos, não desistimos. Tudo pra que tudo dê errado e não dá.
Que lição tiramos disso?
Se não tentamos o suficiente pras coisas darem certo, não tentaríamos também pra que elas dessem errado.
E já que o errado não deu certo, o que é certo?
O certo, porra! É tão óbvio...

ps.: Parecia ser um texto tão sério, rs.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Par de chocolates brancos/Laços pelo retrovisor

É apenas um par de chocolates brancos, embrulhados no papel ainda. Mas que vão durar pra sempre e eu tinha que citar isso por aqui.

Me sinto muito vivo. Pela primeira vez, não posso negar.
Olho pelo retrovisor e vejo um carro ficando pra trás, junto com os outros. Não, eu não estou em alta velocidade, mas os carros ficam, parecem parar. Um deles realmente pára e chama a minha atenção. Parece até que criei um laço com o carro, apenas por olhar pelo espelho.
O laço entre os veículos está feito. Mais do que montadoras em comum, os carros compartilham certezas e necessidades. Se viram pouco tempo em poucos dias, mas o tempo valeu. (Re)criou um laço.
Os laços que nós criamos não são desfeitos se não quisermos. E, além disso, vão além do que nós podemos imaginar. Além de nós.

ps.: Adoro metáforas, ainda mais aquelas da vida, como todos sabem, já que deixo isso claro por aqui. Tratam-se de dois "textos", que não poderiam ser escritos separadamente.

ps.2: Desde "e aí, onde vamos cantar hoje?" até "falow valeu \o", sure it was perfect.

domingo, 20 de abril de 2008

Uma flor no deserto

Linda, porém sozinha e triste.
Apenas sente o vento bater, de um lado para o outro.
Do lado da tempestade para o lado da calmaria.
Por entre suas pétalas, a brisa se torna agradável.

No meio do deserto, sem nenhuma outra planta por perto.
Vê o mundo girar e se sente fora dele.
Pensa com cuidado, uma linha de cada vez.

O tempo passa e a flor não se adapta ao deserto.
A flor quer desertar, sentir apenas a brisa da calmaria.
A tempestade de areia inunda seus pensamentos.
E o vento bate, o mundo gira e a flor chora.
É elogiada, é uma linda flor, porém sozinha e triste.

A flor precisa ser (a)colhida.

terça-feira, 15 de abril de 2008

Gaveta aberta

Uma imagem vale mais do que 1000 palavras. Nós, jornalistas (rs), não costumamos levar isso em conta às vezes.

Em muitos casos, não temos imagens pra provar as coisas, então escrevemos aquilo que vimos, aquilo em que acreditamos e aquilo que sentimos.

Somos rejeitados se não temos fontes, comprovantes. A verdade é questionada: "de onde veio isso?" No entanto, esse não é um texto jornalístico.

Não há imagens de qualquer jeito e não há outras fontes senão a palavra e o sentimento pra provarem a verdade.

"Que verdade?"

Certas histórias não se vão. Mesmo que guarde-as no canto mais oculto, nunca vai esquecer que elas estão ali.

Quando você entra novamente nas que tentou guardar, ataques de riso e choro se confundem, mas o sentimento é um: a felicidade.

O livro da vida é um daqueles bem difíceis de serem entendidos, com várias histórias e capítulos. E o que dizer dos livros das nossas vidas então?! Afirmo que tenho dois livros e um deles tem uma história sem fim, mas tem um título: Você

ps.: Não entendeu direito? Leia: Apenas uma teoria

Quickie set - movie

Eternal sunshine of the spotless mind (brilho eterno de uma mente sem lembranças).
Não posso explicar a história do filme, simplesmente assista.

"You can erase someone from your mind. Getting them out of your heart is another story."
(Tagline do filme).

Joel: "Constantly talking isn't necessarily communicating."

Joel: "Random thoughts for Valentine's day, 2004. Today is a holiday invented by greeting card companies to make people feel like crap."

Clementine: "Hi, I'm Clementine, can I have a piece of chicken?"
Joel: "Then you just took it. It was so intimate. It was like we were already lovers."

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Apenas uma teoria

Era uma aula de Cultura Clássica, na Unesp-Assis, ano de 2007. O professor falava sobre não lembro qual pensador. Ele dizia que esse pensador tinha uma teoria: a do texto na gaveta.

"Quando você escrever um texto, goste dele ou não, guarde-o numa gaveta, se você não tiver que apresentar o mesmo em pouco tempo, é claro. Deixe-o lá por um bom tempo e depois abra a gaveta e retire o seu texto. Leia-o."

Isso faz parte do processo de avaliação do texto. O fato de você o deixar guardado por um tempo, te faz se esquecer dele, o que torna a avaliação mais conveniente, já que você não tem a lembrança completa do texto e vai a adquirindo conforme o lê. A vantagem de avaliar um texto depois de tirá-lo da gaveta é que você lê com pensamentos diferentes dos do momento em que você escreveu.

A certa teoria do certo pensador certamente funciona com coisas que não são textos também.

Guarde qualquer coisa numa gaveta e viva sua vida. Algum dia, quando você resolver abrir a gaveta, vai perceber a magia daquilo que você guardou. Seja uma carta, um CD, uma pessoa, um objeto, um texto.

No entanto, experimente guardar uma história na gaveta. A gaveta simplesmente não se fecha.

ps.: Esse texto ficou "guardado na gaveta" por cinco dias o.O

domingo, 13 de abril de 2008

Papéis e comprovações

"Imprima o boleto clicando aqui e pague-o na agência bancária mais próxima da sua casa."
"Imprima o comprovante e envie por fax junto com o comprovante de pagamento."
"Envie por e-mail uma cópia assinada."
"Me entreguem o trabalho digitado, impresso e com capa. No mínimo duas laudas."
"Seu documento foi rejeitado, envie outra cópia."

Como o ser humano gosta de comprovações.
Comprovante de renda, comprovante de residência, comprovante de pagamento, comprovante de depósito.
Qual é o problema com a palavra? Qual é o problema com a voz?
Ninguém confia na palavra. Ninguém confia no som.
Confiam na imagem. Confiam no papel.
Como o ser humano gosta de papéis.
Papel sulfite, papel espelho, papel celofane, papel de seda, papel crepom, papel de bala, papel de parede.

No entanto, a verdade não é aquilo que você vê. A verdade é aquilo que você sente, aquilo que você escolhe e aponta como real, seja um papel ou não.
O único problema, é que uma comprovação não é suficiente, precisamos de papéis.
É tanto papel, que até sobra um pra gente: o de idiota.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Sinestesia reciclável

A sinestesia é aquela figura de linguagem que é explicada como sendo a "fusão sensorial" entre dois ou mais dos cinco sentidos. Um exemplo é dizer que uma certa flor tem um "perfume muito doce".

Enfim, essa tal fusão sensorial pode ser "transcrita" para a nossa vida fora dos papéis e textos.

Não sei se alguém compartilha da mesma experiência deste que vos escreve, de sentir tudo ao mesmo tempo, o que se resume em três palavras: vontade, ansiedade e felicidade.

A partir do momento em que a felicidade vem, a vontade vem junto e, com ela, a ansiedade. No caso, a fusão é mais do que sensorial, é sentimental.

Mais complicado do que misturar paladar, tato, olfato, audição e visão é misturar vontade, ansiedade e felicidade. E num momento em que você se privava de qualquer tipo de sentimento - e nem pensava na fusão deles - a sua sinestesia se renova.

Se recicla.

Uma velha caixa de papelão é transformada num papel novo, pronto pra receber um belo texto. As lembranças guardadas nesta caixa são parcialmente preservadas no processo de reciclagem. No entanto, se há três coisas que foram preservadas foram vontade, ansiedade e felicidade.

domingo, 6 de abril de 2008

Nada no Borso

Coming soon!

Just wait 'n see.

sábado, 5 de abril de 2008

Hipnose natural

Feche seus olhos. Limpe sua mente. Fique tranquilo, não vou te machucar. Se concentre única e exclusivamente em minhas palavras. Esqueça do mundo.

Tudo certo? Então vamos em frente.

Agora, preste atenção, você está em minhas mãos, sob meu comando. Faça sem medo o que eu lhe solicitar. Confie em mim.

Você está com frio, muito frio. Coloque uma blusa. Ainda está frio, coloque luvas. Um vento gelado começa a soprar, se encolha na cadeira, esfregue suas mãos uma na outra.

O tempo mudou, o sol está brilhando só sobre você, tire a blusa e as luvas. Agora vá até a cantina, compre o refrigerante mais gelado que tiverem e beba.

Agora a temperatura está amena, o sol e o vento fazem uma bela combinação. A mudança repentina de "clima" acelera seu metabolismo, você precisa ir ao banheiro.

Vá logo e não se esqueça de lavar as mãos!

Já terminou?

Então venha aqui e sente-se. Você está numa roda de pagode das boas, batuque na mesa sem medo de ser feliz. Ótimo, agora assobie a música e bata o pé também.

Chega, acabou a festa, acorde.

Está tudo bem? Muito bom, então pegue este caderno e escreva o que você ouviu nos últimos dez minutos.

terça-feira, 1 de abril de 2008

Abril

Sem brincadeiras de 1º de abril.
Definitivamente, março acabou, sem dar sinal nem prévia nenhuma.
Simplesmente abril começou, só isso.
Março foi o melhor mês do ano, até agora.
Espero que, no final, março seja o 10º melhor mês do ano.
E abril o 9º.

Trinta de março

10h30 - O telefone toca:
- Luiz, você vai voltar pra casa pra almoçar?
- Não sei, por quê?
- Volta né?
- Não sei, eu ainda tô tomando café, por quê?
- Acorda!
- Hm? - passam-se alguns segundos
- Caiu a ficha?
- Não, mas eu volto.

11h11 - Time to go:
- Vamos embora, é 11h11, já era.

12h00 - J'arrive:
Tomo banho, almoço e penso em dormir. Em meio aos meus pensamentos, sou interrompido. "Vamos!" E eu saí de casa com meus pais num domingo à tarde, fato raro.

15h00 - De volta:
Chega o momento boa-ação do trinta de março. Mal chego e já saio de casa como um bombeiro, dirigindo que nem doido pra salvar alguém. Com uma missão em mente, logo após pausar uma outra.

22h30 - Back again:
Com o sucesso de uma missão, continuidade é dada à outra, que também tem êxito alcançado.

01h00 - L'heure de se reposer
Ao deitar na cama, tardo a dormir, mesmo com todo o sono que sentia. Milhões de pensamentos me passam na cabeça, inclusive o mesmo que me assombrou o dia todo: o que tem de especial num trinta de março?
No entanto, logo veio a resposta, "hoje é trinta de março."