quinta-feira, 31 de maio de 2007

Organização é uma virtude

Quero tomar um banho. Não vou. É provável que se eu tomar, saia mais sujo devido à bela situação no WC.
Quero sentar na sala e assistir TV. Não vou. O chão, os sofás, está tudo ocupado já, por papéis, cadernos, canetas e uma tampa de marmita.
Quero ficar na varanda e olhar o pasto e o céu. Não vou. A lata de lixo está aberta e sem saco. Sem contar a quantidade de coisas jogadas por lá.
Não quero ir pra cozinha e não vou mesmo. Tem CDs no armário, chocolate por toda a pia e a habitual plantação de formigas.
Me restou ficar por aqui mesmo, na minha cama, escrevendo.
Falta força pra dar bronca.

Quem procura nem sempre acha!

Fui procurar um papel numa gaveta do meu quarto, praticamente impossível de achar.

Deveriam inventar um recurso F3 ou Ctrl+F pra ser usado em gavetas. Como dá trabalho procurar alguma coisa em gaveta...

Em livros e textos também seria uma boa ter um Ctrl+F, às vezes se procura uma palavra, ou uma determinada frase e é impossível de achar.

Quando vamos pra algum lugar se encontrar com alguém, costumamos demorar muito pra achar esse alguém. Ainda mais sendo brasileiros, nem sempre marcamos ponto de encontro, então vai na base do "procura e acha" mesmo, enquanto um procura, o outro procura também, e se um pensa "vou parar que é mais fácil pro outro me achar" o outro pensa assim também!

Como um Ctrl+F faz falta na sociedade... o.O

quarta-feira, 30 de maio de 2007

Kanepa marota

Não é todo mundo que acredita em OVNIs e fenômenos estranhos. Eu fazia parte deste grupo.

Fazia.

Um certo fenômeno mexeu com as mentes dos meus amigos e com a minha também. Mas isso não vem ao caso...

OVNIs sempre foram algo de que eu duvidei, mas um tempo depois de aprender um pouco sobre eles, a verdade veio a tona. Vi uma kanepa há meses atrás e duas hoje. Pra quem não sabe, kanepa é uma luz estranha e "suspeita" no céu, pra explicar de um jeito fácil.

É simplesmente fantástico ver uma luz pulando no céu e sumindo depois. A primeira kanepa que vi hoje merece ser explicada. Imagine uma seqüência de postes de luz, agora imagine todas as luzes destes postes refletidas no vidro do ônibus em movimento, durante a noite. Os reflexos devem sumir em linha reta, seguindo a direção contrária do ônibus, já que ficam pra trás com o movimento do ônibus. Acontece que a "luz do último poste" se mexeu, ficou pulando no céu.

Simplesmente incrível! Uma kanepa marota, quis me enganar...!

Ok, os mais saudosistas podem pensar que eu bebi demais, ou estava com sono, mas eu vi isso de fato. Afinal, nem só a Tiazinha pode se promover às custas de um OVNI.

Natura sapiens

Como a natureza é sábia, diferentemente de muitos de nós. Olho para o céu e vejo raios de sol que atravessam as nuvens, os chamados éclaircies em francês que eu creio que não tenham um nome em português.

Campos abertos sem civilização aparente deixam o cenário ainda mais bonito. Queria ser livre como um pássaro pra voar sobre os campos.

Não sou um pássaro. Nenhum ser humano é. Ainda bem. Se todos pudéssemos voar, teríamos um engarrafamento celestial, acidentes, violência, limite de velocidade, etc.

Como a natureza é sábia.

Auto-enigma mental

Greve. Acabei de chegar e já vou embora. O bom e velho Murphy ataca novamente.

Depois do meu fim de semana de quatro dias, apenas um dia em Assis, só um momento de solidão: agora. São esses momentos que eu tanto prezo, eu, meus pensamentos e a música.

Chega a ser curioso, já que quando eu estou em casa, nunca quero ficar sozinho e muito menos sem fazer nada. Acho que o ambiente assisense propicia isso.

É, Assis propicia idéias e pensamentos, mas meu "feriado Luiz" neste fim de semana de quatro dias me deixou bem nostálgico.

Só ouvi músicas para viajar, músicas de fossa, enfim, tudo muito estranho. Acho que estou me tornando um enigma pra mim mesmo. Ao mesmo tempo que não quero ficar sozinho, eu quero.

Enfim, tudo está muito confuso, eu estou confuso.

Sinto saudades.

segunda-feira, 28 de maio de 2007

Sleepyhouse

Pra fechar de vez o fim de semana, uma letra de música que ilustra bem a situação.
Blind Melon - Sleepyhouse

No time frame for what I need to do today
Here at the yellow house, I think that I'm gonna play
With some free livin lads down the street aways, away
Now as I feel the moon rise
The time that I feel is the right time
Here in our sleepyhouse
As I wipe eye bugs away, the candle flickers at me to say
And in my head I sometimes pray
Are you feeling fine?
As I was a little child
And I'm feeling better when I'm high
With a red light shining on a little unity
The mistakes that I have made, no they don't seem to bother me
And I sure as hell don't feeling like I've missed any kind of train
If I could only show you how I feel, then you wouldn't bother me
And maybe you'd see why we don't mind being blind
As I was a little child
And I'm feeling better when I'm high
With a red light shining on, shining on a little unity
I'll probably be in a little while

sexta-feira, 25 de maio de 2007

O que é isso?

X: Bah, falar francês é fácil. Os franceses só dizem "qu'est-ce que c'est?"
Y: O que é isso?
X: "O que é isso?"
Y: O que é isso?
X: "O que é isso?"(!)
...

Horizontes musicais

Antes de começar o texto, considere todos os nomes próprios abaixo escritos com letra maiúscula, pois estou com preguiça de apertar o shift antes de todas as palavras, obrigado! o.O

Oasis, dream theater, edguy, stratovarius, in flames, children of bodom, michael jackson.
Gipsy Kings, queen, kiss, guns'n'roses, deep purple, ozzy osbourne, black sabbath.
Weezer, blur, stone temple pilots, smashing pumpkins, alice in chains, the hellacopters, mindflow.
Raimundos, mr.big, van halen, raul seixas, teatro mágico, matisyahu, haggard.
Avenged sevenfold, pearl jam, rhapsody, system of a down, rage, rage against the machine, offspring.
Derek sherinian, joe satriani, john petrucci, yamandu costa, angra, shaman, tuatha de danann.
Carcass, death, drist, green day, matanza, travis, red hot chili peppers.
Helloween, five iron frenzy, nofx, elvenking, the cure, slipknot, sepultura.
Scorpions, beatles, nirvana, iron maiden, günther, linkin park, rancid.
Foo fighters, karnak, ramones, eric johnson, blind melon, viper, nightrage.
Sonata arctica, virgo, avantasia, metallica, ac-dc, lynyrd skynyrd, blind guardian.
Kotipelto, james labrie, michael kiske, massacration, silverchair, nickelback, pink floyd.
Não necessariamente nessa ordem, desde apenas os hits até discografias completas e b-sides, ouço tudo.
Preciso de mais explicação ou enredo pra essa crônica? Creio que não, apenas acho que essa lista vai ficar incompleta pra sempre...

Perfil

"Ouço MPB e assisto TV Cultura".

Não, esse não sou eu, mas sim boa parte dos alunos do 1º ano de Letras - noturno (creio que a maioria).

"Alguém aqui fala algum outro idioma?"
"Falo inglês, espanhol, húngaro, sânscrito e esperanto fluentemente!"
"Parabéns, você é foda!"

Não, esse também não sou eu, mas sim boa parte dos alunos do 1º ano de Letras - noturno.

"Alguém aqui toca algum instrumento?"
"Toco gaita de foles, pandeiro, cuíca, bateria, cravo, violino e canto ao mesmo tempo!"
"Parabéns, você é foda!"

Já deu pra perceber que este também não sou eu, mas sim alguns dos alunos do 1º ano de Letras - noturno.

Essas descrições não se encaixam ao meu perfil. Não porque eu não falo nenhuma língua ou porque não toco nenhum instrumento. Devo ser um pecador por não me gabar e não falar durante as aulas, às vezes até fazer perguntas sem fundamentação alguma. Antes quieto do que falando besteira...

O que eu faço?

Bom, não ouço MPB, não assisto TV Cultura, não falo nenhum idioma fluentemente (ser fluente é saber se virar em qualquer situação e entender perfeitamente a língua, como um falante nativo, pelo menos na minha opinião) e não toco nenhum instrumento incrivelmente bem pra me gabar.
Em toda regra tem uma exceção. Em todo curso tem alguma exceção. Devo me encontrar nessa parte, das exceções.

Essa pode ser uma crônica classificada como "crônica dor-de-cotovelo" para alguns. Alguns estes que devem se achar cultos por se enquadrarem no perfil que eu descrevi ou até mesmo em outro julgado como melhor. Dependendo da sua concepção de "cultismo", me sinto muito bem por estar fora dela.

p.s.: Não tenho nada contra TV Cultura e MPB, mas me parece que só é culto naquela sala quem faz parte desse universo, e eu não faço! Se pra você eu sou inculto, ótimo! =)

Estudo aprofundado sobre mim mesmo

Estou longe de ser um Fernando Sabino pra poder pensar de maneira crítica sobre as minhas próprias crônicas. Mas mesmo assim, eu gostaria de escrever algo do tipo.

Creio que pra quem começou a escrever por obrigação - minha primeira crônica foi imposta pelo professor - vou muito bem. Posto todos em meu blog, (aqui! \o/) com exceção de 2 de conteúdo impróprio (eu disse impróprio e não obsceno!). Ninguém costuma comentar, mas eu não ligo, sei que alguém deve ler aquilo...ou não! Pelo menos eu leio.

Esse "ou não" já figurou algumas de minhas crônicas, cuja maioria delas (quase todas) tem narração em 1ª pessoa. Todas falam de fatos cotidianos, mas com a minha visão e minha participação às vezes.

Me aventurei as vezes no mundo da poesia, sem sair das crônicas, é claro. Obviamente não gostei de nenhum texto meu do gênero, então não vou me estender aqui.

Já escrevi em outras línguas também, mas apenas com fim de praticar, se bem que às vezes me aparecem idéias não em português. Até parece incrível, mas não é. Sempre que tento escrever em outra língua, tenho que usar o dicionário. Afinal, não sou um.

Acho que chega de crítica, mas pra quem achava que era cedo demais pra tal e ia dar um final a crônica na 4ª linha, tá ótimo.

"Falar certo" ou "falar bem"?

Ninguém pode falar do jeito que quer e do jeito que acha correto. O pobre fala errado e o rico fala certo. Quem vai pra escola tem que falar português corretamente 100% do tempo. Estes são paradigmas que têm que ser quebrados. O conceito de variabilidade lingüística é muito mais complexo e abrangente do que parece ser.

"Vossa mercê me daria o prazer desta dança?" Seria no mínimo curioso se continuássemos a falar assim, justamente como faziam os mais antigos. No entanto, hoje em dia, isto constitui aquilo que chamamos de "variante lingüística", história no caso. Logicamente é muito raro encontrar alguém que fale assim nos dias de hoje, até porque as escolas não ensinam mais isso.

A norma culta ensinada nas escolas de hoje varia de acordo com a variante lingüística geográfica. Por exemplo, no Nordeste, a letra "M" tem o nome "mê" e não "eme" como no Sudeste. Mas mesmo com as diferenças geográficas, as escolas, no geral, ensinam a mesma coisa. A preocupação com o "falar certo" é muito maior do que com o "falar bem". Os professores preferem usar a diferença certo/errado à usar formal/informal. Isso poderia ser bem treinado com redações, leituras de artigos jornalísticos, crônicas, etc.

A variante lingüística social prevalece atualmente em todos os sentidos, independentemente da preocupação das escolas com o ensino da norma culta. Hoje em dia, existe uma indagação possível: o pobre fala errado por que é pobre ou é pobre por que fala errado? Tem muita gente por aí pra explicar a existência desta pergunta. Do mesmo jeito que existem moradores de rua que falam corretamente, existe o presidente pra contrariar qualquer argumento.

Portanto, nem sempre é o "falar certo" que leva a ascensão social, na maioria das vezes é o "falar bem". Afinal, não é muito fácil imaginar que um homem de negócios milionário seja formal em casa com a família ou numa conversa de bar. E, se o presidente não soubesse discursar, não estaria onde está hoje.

Psicologicofobia

Não sei explicar o porquê, mas a minha raiva foi toda embora e deu lugar a uma felicidade estranha.

Nada como um passeio e umas risadas com os amigos... ou foi o lanche? Enfim, alguma coisa me deixou num bom estado de mente, ou demente mesmo, já que eu estava inspirado há 15 minutos atrás, falando muita besteira como nos bons tempos.

Seja o meu estado de mente ou demente, tanto faz. Me sinto bem agora, sem revolta, sem raiva e com vontade de escrever, sem muita inspiração é verdade, mas não ligo. Afinal, inspiração é uma coisa psicológica, assim como o frio, o calor, ou qualquer outra coisa. Tudo é psicológico, e o nada também.

Aliás, esta crônica é psicológica, a lapiseira que estou usando é psicológica, o barulho dos grilos é psicológico e a música que ouço também.

Agora vem a grande dúvida, qual o meu conceito de "psicológico"?

Deveria ser algo com lógica e com explicação, mas na minha opinião, psicológico é aquilo que não tem explicação, inclusive este conceito e a própria psicologia!

Já chega, isso tá ficando psicológico demais pro meu gosto...

Raiva

Não consigo ler, não consigo escrever, não consigo dormir.
Que raiva, não consigo escrever!

Liberdade, igualdade, fraternidade... lingüística!

Revolução Francesa e seus famosos ideais, suas idéias iluministas, sua torre e é claro, sua... lingüística. Já não basta aquela idéia das vassouras que minha professora de história contava na 6ª série, idéia que confesso que não lembro mais do que se trata, agora vem a lingüística.

Até naquele tempo tinha gente estudando isso, incrível. Andando pela biblioteca vi um livro que tratava de lingüística no momento especial da Revolução. Partindo deste ponto, quem sabe não tenha existido nenhum estudioso maluco durante o Regime Militar no Brasil...

Eu já não sou o maior fã de lingüística contemporânea, portanto não quero me aprofundar muito na lingüística mais antiga.

"Então por que essa indagação/proposição?"

Não propus nada, apenas me indaguei, por que raios alguém estudaria lingüística na Revolução Francesa? Se eu realmente gostasse disso, isso poderia ser uma bela tese de qualquer coisa, mas eu prefiro encarar os ideais originais mesmo no seminário de daqui alguns dias, sem a lingüística!

Carta de amor

Sonho com você quase toda noite. Ouço a sua voz a todo momento. Vejo seu rosto em todo canto que olho. Sinto seu beijo toda vez que o vento bate na minha boca.

Devo viver num mundo de ilusão para sentir tanta coisa assim sem realmente te ver ou ouvir. Não sei se posso chamar essa "coisa" de amor.

Amar é um verbo complicado e o amor é um substantivo ainda mais incompreensível. Não sei qual seria a sua interpretação se eu te dissesse "te amo". São palavras complicadas que não são endereçadas a qualquer um, mas você está longe de ser qualquer uma.

Poderia terminar essa carta com um "te amo", logo depois do parágrafo acima, mas seria muito comum e não digno de ser chamado de crônica.

Depois de passar a tarde toda ouvindo músicas chamadas de "românticas", resolvi passar algo para o papel. Alías, músicas são clichês em cartas de amor também e admito que eu mesmo costumava usá-las. No entanto, agora escrevo com a cara e a coragem, sem música.

De volta ao meu mundo de ilusão, sinto novamente o seu beijo, desta vez no rosto, mais suave, mas igualmente ótimo. Como eu poderia dizer que sinto o seu beijo sem ao menos ter sentido realmente, e ainda por cima dizer que foi bom?

Beijo de amor é sempre bom. Se um relacionamento começa com um beijo ruim é porque não vai dar certo. Me sinto como quem criou uma máxima agora, mas enfim, a idéia de sentir um beijo sem ele ter acontecido é completamente ilusória e independente de qualquer máxima, ditado, provérbio ou aforismo. É bom e pronto.

Então, como dizer se estou amando? Não sei, se eu soubesse já teria te dito "te amo" antes e acabado com a carta sem divagar sobre nada.

Portanto, mesmo sem ser qualquer uma, fica difícil dizer "te amo" assim.

Te amo.

Se amar fosse fácil, não teria graça nenhuma. E mais, já estou cansado de divagar sobre o nada e enrolar tanto, mas se o "te amo" não viesse numa hora inesperada não seria uma crônica, e sim uma carta de amor, clichê.

Aqui é outro lugar onde eu poderia dizer "te amo", no final.

Memórias de um ex-soldado

Não é qualquer um que ganha um prêmio Nobel. É necessário muita competência, coisa que Günther Grass tinha e tem de sobra. Mas o que ninguém sabia era que por trás de toda sua crítica ao nazismo, existia um um ex-soldado alemão.
Grass integrou as Waffen SS, forças especiais de Hitler. No entanto, não cometeu nenhum crime. O escritor diz ter se alistado como voluntário por querer fugir de sua casa. Segundo ele, havia pouco espaço na casa dos pais.
O heroísmo também pode ter pesado na decisão de Grass de se apresentar como voluntário. Mas meses depois, o possível sonho - nem ele sabia direito se queria ser herói ou não - de Grass acabou assim que ele se tornou prisioneiro de guerra. Esse fato com certeza contribuiu com as críticas do escritor ao regime nazista, mas ninguém nunca devia ter parado para pensar nisso.
Em sua auto-biografia recém-lançada, Grass assume, depois de muitos anos que fez parte das SS. Muitos dizem que o fato de ele demorar tanto para confessar isso é "marketing", para causar mais espanto em seus leitores e até em seus não-leitores.
Hoje, arrependido, Grass tem o seu prêmio Nobel ameaçado pelo fato de ter integrado as forças nazistas. Fato este que não tira a grandeza de sua obra e não deveria lhe tirar o prêmio também. Afinal, até o Papa Bento XVI já foi nazista, não nas SS é verdade, mas continuará sendo a autoridade máxima da Igreja Católica até a sua morte ou até a descoberta de um escândalo envolvendo seu nome, coisa que ninguém quer que aconteça.

Universo Fechado

Me encontro no meu Universo Fechado, no qual meus amigos são o papel e o rádio. Havia tempo que não vinha pra cá, mas não sentia muitas saudades.

Não me lembro do último motivo que me trouxe até este lugar. Nem quero me esforçar pra lembrar, já não basta o motivo atual.

Três trabalhos a serem feitos pra hoje. E eu aqui escrevendo, no meu Universo Fechado.
"Je suis gentil, déterminé et discret". Tão discreto que até escondi a tristeza desses dias na aula de francês sobre características morais. Eu não poderia ter dito isso lá, não me sentia a vontade pra contar nada, não me sentia como estou me sentindo agora, contando para o papel enquanto o rádio tenta me consolar.

Se pudesse, passaria uns dias trancado só com os dois neste Universo Fechado e paralelo, distante do mundo real, aqui não existe tempo e ninguém além do rádio tem o direito de falar.
Alguém até poderia se perguntar, se é um universo, como pode ser fechado? Bom, só existem 3 habitantes aqui, no entanto não moramos aqui, somos turistas apenas, só nós temos a chave, e agora todos os acessos a este lugar estão trancados.

Foi como me perguntaram ontem, "você tá bravo hoje?". Eu não soube responder, mas agora digo: não estou bravo, estou frustrado e fechado, no meu Universo.

Systematic Chaos

Sem pretensão nenhuma, cheguei no emule e escrevi "systematic chaos", nome do cd novo do Dream Theater... E não é que eu achei?! o.O
Muito bom por sinal, obviamente diferente dos outros, como todos do DT, ótimo, quero comprar!
Gostei de uma música que se chama "The Ministry of Lost Souls", muito boa! Eu já tinha a "Constant Motion", que a gravadora disponibilizou pra download, e já tava viciado nela querendo mais. Finalmente tenho mais... \o/

Hail!

Mudanças por aqui

Agora não estou mais no blogger e sim no blogspot, parece ser mais legal por aqui, aqui eu me organizo mais.
Tenho pelo menos uns 10 textos novos pra postar, tô criando coragem, wait.

quarta-feira, 16 de maio de 2007

Provas

Prova. Há quanto tempo não via uma. Confesso que não me fez a menor falta o tempo que fiquei sem fazer provas.

A primeira do curso foi feita na semana passada, a matéria foi Lingüística, que terror.

Nervosismo antes da prova? Nenhum, mais tranquilidade impossível.

Nervosismo durante a prova? Menor ainda, praticamente negativo. Tudo aparentemente muito fácil.

"Hoje a professora vai falar as notas", aí entra o nervosismo pós-prova. Intenso, grande, incomparável. Tão grande que cheguei ao ponto de jogar jogo-da-velha comigo mesmo e perder. (!)

Pronto, ouvi minha nota. Passou? Não. Aumentou? Não. Eu diria que estabilizou. Não fui bem, não fui mal, mas poderia ter ido melhor.

Agora começa a luta de verdade, ir bem no resto das matérias, em busca do curso de francês. É um segundo vestibular praticamente, no mínimo estranho, onde tudo pode acontecer... (que final "mundo da lua"!)

Chinelo verde

Lousa verde, cadeira verde, blusas verdes, camisetas verdes, cadernos verdes, olhos verdes, tudo verde.
Árvores verdes, plantas verdes, casas verdes, carros verdes, gato verde (!), pássaro verde, tudo verde.
Garrafa verde, salada verde, detergente verde, esponja verde, toalha verde, shampoo verde, tudo verde.
Tudo verde, seria um sinal?
Espero que não seja um vermelho.

...porque o amarelo é "vai que ainda dá"!

sábado, 12 de maio de 2007

"Gato"

Fome. Muita Fome. Frio. Muito frio. Três estudantes voltam pra casa com estes "sentimentos" em comum. Na metade do caminho eles descobrem mais um ser que compartilha das mesmas sensações. Um gato, ainda filhote, com um miado sofrido, no escuro, preso numa casa vazia.

"Pega ele pela cabeça!" E assim foi, não tinha outro jeito. A gente só não contava que ele fosse nos seguir até em casa...

O gato, que descobrimos ser uma gata na verdade, ganhou comida, leite, um cobertor improvisado e atenção. Até adormeceu no meu colo enquanto afiava as unhas na minha calça, "gata desgraçada!", eu xingava.

Impressionante como uma coisa tão pequena prendeu tanto a nossa atenção. Em especial a minha, eu que nunca gostei de bicho nenhum (raras exceções), fui cativado por uma gatinha (wow!) e, quem diria, até quis ficar com ela, mas ao mesmo tempo sabia que não teria espaço nem como cuidar dela, mas quem sabe um dia.

Enfim, ficamos totalmente presos ao bicho, de modo que nos esquecemos da nossa fome e do nosso frio do começo da história por um tempo.

Agora, passaram-se dois dias do ocorrido com a gata, ela até não deixou as meninas dormirem na noite que passou aqui e correu em nossa direção na faculdade ontem (deixamos ela lá pois tem uma mulher que cuida de uns 20 gatos lá), como se como se tivesse nos reconhecido, e reconheceu. Pena que foi "capturada" por uma mulher lá logo em seqüência.

Dois dias, e eu ainda não cheguei a uma conclusão para o final desta crônica. Talvez porque a história ainda não tenha terminado. Então fica por aqui uma crônica sem fim.

Letras e números

Assis, cidade fraternal. Impossível entender o que se passa por aqui, são fatos incomuns todo santo dia.

-50ºC de manhã, 50ºC de tarde e -100ºC a noite... meu Deus, tem um gato na sala de aula, assistindo a aula na cadeira da frente!... enfim, cidade bizarra.

Faço curso de Letras, quando entro na sala e olho a lousa vejo... letras? Não! Números! É, números. No mínimo deve ter aula de matemática em algum ano do curso, sei lá.

Me indagando sobre o motivo de ter números na lousa de uma sala que é utilizada para Letras o dia todo, aparece uma barreira no caminho entre os meus olhos e a lousa. O que fazer quando se tem vontade de rir e não se pode rir?

Imagine-se olhando pra frente, quando uma pessoa pára e começa a dançar. O que se passa na cabeça dela? Qual o propósito dela, atrair o sexo oposto?

Não, o mesmo sexo mesmo... preciso falar mais? Bizarro. Sem preconceitos, é claro, mas ninguém precisa se evidenciar assim, ou seja lá como eu posso falar ou qual verbo eu posso usar. Talvez tenha sido um espírito assisense...ou não! Enfim, prefiro ficar apenas na indagação.

Aliás, por que números na lousa? ...Não tem mais números na lousa, tem um professor na sala. Hora de parar de escrever e copiar a matéria. De volta ao mundo das Letras e sem nenhuma "evidência" em minha frente.

quarta-feira, 9 de maio de 2007

23 uvas

Em pé, de pijama, sozinho, 'fascinado' com o final da leitura de Neve', 'olhando a rua, 'ouvindo os pássaros, ouvindo Gipsy Kings e comendo uvas.'

'Minha nossa, que sábado movimentado! 'Esse é meu primeiro fim de semana em Assis',' primeiro momento de monotonia máxima...ou não. Enquanto o pessoal foi ao 'cinema, eu preferi um livro.

Quem diria!'

'O mundo está realmente mudando, 'nunca fui o tipo de pessoa (engasga com a uva) ' que trocaria um passeio por uma leitura'. Na verdade, nunca deixei de fazer' algo pra ler um livro.

'Enfim, continuo maravilhado e surpreso com o final do livro,' tão surpreso que continuo comendo uvas' ao escrever este' texto sem pé nem cabeça', mas com muitas uvas'.

Bem enigmática e sem nexo, gostei dessa! Juro que o título dela não vem do filme do Jim Carrey, Número 23...

5 minutos de mundo

Rua deserta, apartamento deserto, cabeça deserta de idéias. Olho pela janela, vejo um prédio ao longe com apenas uma luz acesa, vejo apenas um carro na rua - e que carro!
É quando a luz lá de baixo se apaga, de modo que eu me veja em sombra na parede branca.
E lá se vai mais um carro, ou melhor, um Uno, pela rua. Se acende mais uma luz no prédio lá na frente, a luz lá embaixo também.
Só falta chegar alguém aqui e me aparecer uma idéia pra terminar essa crônica. Chegou alguém, agora só falta a idéia...

Comentário pra mim mesmo: "Ficou meio sem fim"
Resposta pra mim mesmo: "Concordo plenamente!"

Você

Na escuridão de uma noite em que a cidade toda parece dormir e só eu pareço estar acordado, escrevo apenas com a luz do celular.
Celular que, silenciosamente, enquanto a cidade inteira dorme, quando você liga, apenas pisca o seu nome.
Seu nome que, para me dar (ainda mais) saudade, é repetido várias vezes numa certa música.
Música esta que ouço nesse momento e que serviu de som de fundo durante a escrita da minha primeira crônica, dentro de um ônibus.
Ônibus que eu quero pegar pra voltar pra casa e talvez ver você.
Você.

Único

Notável, impossível de não ser reconhecido, ponto de referência, único.

Parece ótimo, inspirador, incrível, mas mesmo não sendo, não tira a qualidade de único.

Comprei um par de chinelos verde-limão, extremamente discreto, no mínimo diferente, pra sair da mesmice do azul. A partir de hoje, ando com efeitos sonoros por causa da água no tênis e por último, mas não menos importante, apareceu-me uma espinha no nariz do tamanho do mesmo, muito linda.

Estas são todas coisas que contribuem com o já "famoso" cavanhaque, pelo qual sou conhecido e virei até ponto de referência desde o 1º dia de faculdade, interessante, notável, único.

Agora me pergunto, e acredito que você me pergunte também, "e daí?"

Sinceramente, não sei. Esta foi a única idéia que me apareceu hoje pra escrever.

quinta-feira, 3 de maio de 2007

My all

My moon, my sky, my sun
My flame that forever will burn
My pen, my paper, my inspiration
My country, my ocean, my nation
My sheet, my pillow, my bed
My most precious dream I ever had
My wind, my water, my fire
My love that I'll always desire
My ceiling, my floor, my wall
My girl, my dear, my all

Como eu mesmo diria, "que fofo"... o.O
hahahahaha, muito feio!