segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Análise

Enquanto eu estava em Assis, obviamente eu escrevia muito mais. Também, pudera, a falta do que fazer era mais do que imensa, era inevitável.

A minha maior alternativa pra enganar o tempo que não passava era escrever.

Haja inspiração. É como enxergar texto num cacho de uvas ou numa estrela no céu. Só em maio, foram 30 posts/textos.

Mas começar um namoro e se distanciar sem terminar o mesmo foi o tema-mor. Cada milímetro quadrado da casa remetia a uma coisa diferente e a um texto diferente. Eu sentia vontade de escrever simplesmente tudo (mais do que o normal) e nem sempre o fazia, afinal, nem tudo merecia ser escrito e teria sentido pra quem lê.

A tag "amour" tem 24 posts. Se eu escrevesse tudo o que eu pensava, seriam uns 50 posts ao invés dos 24. Isso em 1 mês (rs).

Os últimos textos com essa tag, foram postados, respectivamente, nos dias 19 e 25 de outubro. No entanto, não são textos propriamente "românticos", apenas têm a ver com a coisa em um certo momento.

Quero chegar no ponto em que faz tempo que não escrevo nada propriamente dito como amoroso. O último texto desse tipo, é do dia 7 de setembro (O.O).

Se eu estivesse escrevendo esse texto num papel, esse seria o momento em que eu amassaria a folha e desistiria de escrever.

Só pra pensar um pouco no assunto.
Haja inspiração. Mas onde ela está?!

domingo, 25 de novembro de 2007

Happening is believing

As coisas só funcionam se você acreditar nelas.

Anos sem acreditar em certas coisas significaram que elas não funcionaram quando eu mais precisei.

É tão simples como parece, se você acreditar, funciona. Se você não acreditar, não funciona.
"Isso não pode dar certo, é um absurdo." Claro, se você diz que esse algo é um absurdo, é claro que não vai dar certo.

"Tem tudo pra dar certo, eu confio ao máximo." Frase auto-explicativa.

Eu e o horóscopo vivíamos uma rixa antiga, nunca acreditávamos um no outro.

Ele me dizia coisas e eu não acreditava nele, achava tudo bobagem. Em compensação, eu dizia que não acreditava nele e ele não acreditava em mim, achava que eu acreditava de qualquer jeito. Crenças e mais (dis)crenças.

Desde os tempos de criança/pré-adolesecente (10~14 anos), em que as meninas compravam aquelas revistas "teen" e faziam todos aqueles testes e liam os horóscopos pra nós meninos, que éramos forçados a ouvir. E reclamar, é claro. E não acreditar, no meu caso.

No entanto, nunca é tarde pra fazer as pazes com ninguém. Enxergar o outro lado pode ser uma grande solução, ainda mais numa fase nova de acreditar em tudo por meio de vibrações positivas.

Pra terminar, um pedaço do horóscopo pros dias que se seguem:

"Uma vez que Mercúrio é o representante simbólico da inteligência, convém utilizar esta fase com a finalidade de buscar soluções criativas para seus problemas, repensar e planejar melhor suas estratégias. A inteligência e a razão são, neste momento, a ferramenta certa para o seu crescimento, tanto interior quanto exterior.(...)Podemos dizer, portanto, que esta é uma fase de novos aprendizados, e a mensagem aqui é clara: abrir a mente garante o êxito."

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Estranho no ninho

Com o nariz mais do que entupido, e a cabeça mais do que doendo, me senti obrigado a ir ao médico. Trata-se de uma consulta de emergência, de última hora, de súbito, do nada e mais qualquer outro sinônimo que você quiser.

O fato de eu ter que esperar qualquer coisa que seja, me inspira, ainda mais se eu tiver que esperar sozinho e por tempo indeterminado. E o que dizer de um ambiente diferente dos que eu costumo escrever?

A sala de espera de um consultório médico é um bom exemplo. É um médico homeopata, que receita uns remédios diferentes e malucos pra gente "fresca" que não gosta - ou não pode - tomar remédios convencionais.

Nesse meio de gente fresca, encontram-se mulheres e crianças principalmente e, é claro, as exceções, tipo eu. E já que o médico atende esse tipo de gente, é claro que a sala de espera se encontra cheia de mulheres e crianças.

As crianças choram, obviamente. As mulheres lêem revistas, vêem a novela da Globo na tv e conversam, é claro. Conversam, se olham, fofocam, se olham, vêem defeitos umas nas outras e conversam mais, como se nada estivesse acontecendo. O estranho no ninho aqui só observa, descreve e escreve. E fofoca, em segredo para quem o vê escrevendo. E atende o telefone e sente o olhar de repulsa das mulheres. E tome mais fofoca!

Tudo isso por querer tomar remédio pra gente fresca, ser traumatizado com comprimidos e ser um estranho no ninho de mulheres, crianças... e fofocas e choradeiras e fofocas e fofocas.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Quickie - cantada

"Pára, isso é um assalto!"
"Mas eu não tenho nada..."
"Só o seu coração me é suficiente"

ps: Que cantada ótima! rs

domingo, 18 de novembro de 2007

Spin the way I want

Se foram quatro horas de sono, foram muitas horas. Muito tempo.
Inúmeras vezes acordado por mim mesmo, e várias desistências de tentar dormir outra vez.
Vários Post-it colados na parede do quarto com vibrações positivas.
Só uma hora de sono real, que pode ser contado como uma noite inteira de hibernação.
Uma hora com um sonho, O sonho na verdade.
Deveria estar cansado, morto, muito podre. No entanto, a única coisa que sinto, é o estômago cheio por ontem. O "estoque interno" de comida foi grande para a hibernação noturna de uma hora.
Uma hora me é suficiente. Pra tudo.
Tenho o mundo em minhas mãos.
O tempo, o sonho e as idéias.
Mais do que nunca, ele vai girar pro lado que eu quiser!

Adoro metáforas e figuras de linguagem (rs).

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Pense rápido! - ou não

Segue um texto copiado do Pudim de Beterraba:

"Câmara aprova proibição de estúdios de tatuagem em SP a partir de 2008 e sinaliza possibilidade de extinção dos tatuados em São Paulo.

Os vereadores da Câmara Municipal de São Paulo votam nesta terça-feira (23/10), o Projeto de Lei 3479/07, de autoria do prefeitura, que proíbe estúdios de tatuagens na capital paulista. O projeto, denominado Pele Limpa, foi aprovado em primeiro turno por 55 votos favor e 1 contra.

Na prática, com a aprovação da lei, a partir de 2008, fica proibido qualquer tipo estúdio de tatuagem ou 'body modification' na cidade. Piercings, Escarnificação ('Tatuagem' feita com bisturi) , Implantes sub-cutâneos, Branding (espécie de tatuagem feita com ferro quente), e demais modificações corporais que não sejam classificadas como cirurgias plásticas se encaixam na lista de proibição."


Apesar de eu ter lido o tal texto no PdB, o mesmo se encontra em vários blogs por aí (inclusive no meu, agora, duh). No entanto, não achei nada a respeito em nenhum site de notícias, do tipo Estadão, UOL, Terra, etc.
Mas enfim, se essa lei incrível for verdade, vai ser ótimo. projeto "Pele Limpa", que coisa ótima, o estado de São Paulo vai ficar muito melhor pra se viver e...

Puta que pariu, que idéia de jirico!
Não sei se toda essa baboseira de projeto "Pele Limpa" é verdade, mas já não basta o projeto cidade limpa - ou seja lá qual for o nome desse - que "limpou" exageradamente a cidade de São Paulo, agora tem esse novo de limpar as pessoas.
Eu, particularmente, sempre quis fazer uma tatuagem, em breve farei a minha, ou as minhas, enfim. Só me faltava escolher o desenho, mas agora já escolhi. Portanto, se você não sabe se vai fazer uma tatuagem, pense rápido, antes que você seja ilegal e seja preso enquanto faz a sua tatuagem no ano que vem.
Como se adiantasse fechar todos os estudios de tatuagem, do mesmo jeito que fecharam os bingos. Ainda tem bingo ilegal por aí, e é exatamente nesses que o povo vai, é claro, não pode perder a diversão!
Comparações e comparações, de que adianta?
O projeto, a essa altura do campeonato, já deve ter sido votado - se for verídico - e eu estou aqui reclamando junto com mais uma legião de blogueiros que, aliás, seremos censurados em breve se duvidarmos demais, já que "falamos demais". Quem sabe não inventam um projeto "Internet Limpa", por uma internet melhor para todos.
Pff.

Estou só esperando a confirmação de que tudo isso é uma grande brincadeira inventada por alguém da internet que não tem o que fazer da vida. Opinião dada.

domingo, 11 de novembro de 2007

Diversidade cultural e hospitalidade

O Brasil não é a terra das oportunidades e nem o país mais rico entre todos, mas, mesmo assim, o povo brasileiro é o mais hospitaleiro do mundo. Dizem que os franceses e ingleses, que fazem parte do primeiro mundo, são arrogantes, enquanto os brasileiros, mesmo fazendo parte do terceiro mundo, estão completamente longe desse cenário.

A indústria turística brasileira não é forte apenas pelos monumentos ou belezas naturais, mas também por causa do povo. O brasileiro é apaixonado por turistas. Logo que um "gringo" é reconhecido, sua presença é comentada com expressões de espanto. Informar um turista por aqui, então, é um prazer a qualquer momento.

A cultura brasileira proporciona a hospitalidade do povo para com os turistas. A imigração no país começou há um bom tempo atrás, e, hoje, o número de descendentes de imigrantes é muito grande. Conforme esse número aumenta, a diversidade cultural também cresce.

A cidade de São Paulo, por exemplo, tem lugares para pessoas de qualquer lugar do mundo se sentirem em casa. O número de bairros, bares e restaurantes estrangeiros na cidade é enorme, sem contar os "produtos nacionais", igualmente atrativos.

Portanto, o Brasil dá as cartas quando falamos de diversidade cultural e da importância dela. De nada adiantaria um país tropical e bonito por natureza com um vazio demográfico em todo seu território. Afinal, o que seria do país do futebol e do samba sem o seu povo?

Espaço, tempo e período

Como o espaço é pequeno
O poema tem de ser curto
Como se eu tivesse um surto
Ao escrever nesse terreno

Esperando pelo vestibular
Aquela coisa sempre metódica
Nada como escrever e rabiscar
A maldita tabela periódica


...e química continua sendo grego pra mim o.O

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Último lapso de loucura

O ônibus, onde tudo começou, é onde tudo deveria terminar. O sonho, a utopia, o desafio, a idéia maluca de largar tudo e ir pro fim do mundo. A fase nova de quatro anos que durou um, ou quase isso. A experiência vivida que jamais vai ser esquecida: tudo em nome da loucura, de novo.

Lembranças e alguns poucos amigos sobram de um lugar onde eu não poderia querer muito mais do que isso. Aquele momento de reflexão sensacional que era ficar sozinho começou a dar no saco, e, ironicamente, o último dia no apartamento foi assim, sozinho, do mesmo jeito que foi a maioria dos outros.

Assis, a cidade fraternal, até tentou me receber de braços abertos, mas um mundinho longe da civilização e um céu bonito não foram suficientes pra me manter longe de casa, ainda. Morar no interior é uma meta pra um futuro distante, mas numa cidade menor que Assis. Não há nada como uma cidade tranquila, mas não quando você tem 19 anos nas costas e sua vida inteira está longe dela.

São Paulo, a terra da garoa. O tempo muda conforme ela se aproxima, o céu azul dá lugar às nuvens negras. O bom e velho clima tropical de altitude, a boa e velha correria do dia-a-dia.
Assim como galhos e insetos na água foram um sinal de terra para Cabral, vejo nuvens e grito como ele: terra à vista! Minha terra à vista.

domingo, 4 de novembro de 2007

Marcas

Acho que devo ter dito por aqui uma frase do meu professor de física no cursinho, conhecido como Vicente: "Criança é tudo imbecil por natureza."

E eu, claro, não era diferente disso.

Sempre que eu ia ao shopping era uma festa, garantia de algumas horas de diversão naquilo que um dia era chamado de "Play Land", hoje cada shopping tem o seu lugar de fliperamas e máquinas de jogo com seu próprio nome. Hail ao fim do "monopólio Play Land"!

Na maioria dos Play Lands dos shoppings afora, tinha uma máquina de "air hockey" - ainda tem na grande maioria - que era demais, gosto de jogar até hoje quando possível. Consiste em pegar um negócio e bater o disco de um lado pro outro da mesa, tentando fazer gols no seu adversário.

Brasileiro é assim mesmo, se existe a possibilidade de fazer gols num jogo, o jogo é bom.

Normalmente, os "negócios" usados pra bater no disco, ficam no topo da máquina, pra que crianças não os peguem e fiquem brincando sem jogar. Só esquecem de pensar que, se uma criança desacompanhada de um adulto quiser jogar, vai ter que fazer um esforcinho pra pegar.

Como já foi dito, criança é imbecil por natureza, e eu não era diferente, é claro.

O idiotinha aqui apoiou o joelho na máquina pra pegar os negócios no topo da mesma. O joelho escorregou e ele ralou o pulso na estrutura de metal onde ficam os discos. Começou um sangramento pequeno, mas suficiente pra despertar o espanto e o desespero de uma criança de menos de 10 anos.

Saí correndo em direção ao banheiro pra lavar o ferimento, e voltei pro Play Land, pra esperar minha mãe que tinha ido fazer compras na Marisa, (loja feminina) pra variar. Ela chamou uma moça que trabalhava lá, e pediu um band-aid pra ela. Inexplicavelmente, ela tinha. Fui eu então, feliz e contente com meu band-aid jogar air hockey.

Passa o tempo, o machucado cicatriza, e forma-se uma cicatriz em forma de estrela, a qual eu carrego no meu pulso direito até hoje. No entanto, jogando basquete, tomei uma "unhada" que eu nem vi e nem sei quem foi, exatamente em cima da minha cicatriz estrelada.

Estou com um band-aid em cima da mesma agora, relembrando os velhos tempos.

Aquelas marcas que a gente adquire na infância, ficam na infância, mas quem disse que a gente as esquece pra sempre? Quando você menos percebe, tem uma marca em cima de outra.

E nem só na infância é assim.