quarta-feira, 14 de julho de 2010

Lições sobre Rock'n'Roll

Dia 13 de julho é o dia Mundial do Rock, único estilo musical que possui uma data comemorativa em sua homenagem – até onde eu sei, sem procurar no Google – e é sobre ele que vamos falar agora.

Antes de mais nada, reconheço que a minha bagagem sobre o assunto não é muita, portanto, se isso for um incômodo, pode parar de ler o texto agora, sem problemas! No entanto, quando me perguntam o que eu gosto de ouvir, tento ser bem imparcial. A resposta é simples: Rock, em várias de suas vertentes.

O Rock é a base da música, vem de longe, de muitos anos atrás, com muitos nomes e muitos estilos diferentes com o passar do tempo. Como já dito, ouço Rock em doses (nem sempre) homeopáticas e, devido à data passada nesta semana, a dose foi escolhida a dedo.

Gravei um CD com algumas músicas que estão na pasta “Rock’n’Roll” do meu HD, dentre as quais estão AC/DC, Motorhead, Kiss e por aí vai. Vou ressaltar algumas em especial: Boston, Kansas, Lynyrd Skynyrd e Allman Brothers Band.

Para confessar, conheci as quatro bandas graças ao Guitar Hero (videogame é cultura, sim!) e me interessei. Começa sempre do mesmo jeito: primeiro, a música que está no jogo, depois um Best Of, até chegar a alguma comunidade ou site especializado e procurar os “discos indicados” e, posteriormente, na discografia completa.

Só faltava o interesse de saber como as coisas eram ao vivo, coisa que acabei de fazer e resolvi compartilhar. É inexplicável o que essas bandas fazem no palco, sem efeitos, sem hiperproduções ou coisas super avançadas. Apenas o puro Rock’n’Roll, muito bem representado.

Freebird, do Lynyrd Skynyrd, é a última música do Guitar Hero 2, a mais longa e mais difícil do jogo. Ao se jogar no controle, é inevitável pensar: se é tão difícil num videogame, como seria numa guitarra? O (grande) solo do final é incrível e simples, em sua essência, sem efeitos como já dito. Mais de cinco minutos de solo, em que uma só guitarra parece fazer o som de três.

Allen Collins tira o máximo de sua guitarra, usando o mínimo: uma palheta e um amplificador ligado. Uma pena para a história do Rock foi o “fim” antes da hora do Lynyrd Skynyrd, em 1977. O vocalista Ronnie Van Zant e o guitarrista Steve Gaines morreram em um acidente de avião, no qual Collins também estava presente e ficou gravemente ferido, comprometendo a continuidade da carreira da banda.

Quase na mesma época do fim do Lynyrd Skynyrd, surgiu o Boston, em atividade até os dias de hoje. Sua Foreplay/Longtime está presente no primeiro Rockband, novamente em uma das músicas mais difíceis e mais legais do jogo. Sem exceção, todos os instrumentos possuem linhas difíceis e divertidas de serem jogadas. A única coisa melhor é assistir a banda tocando ao vivo.

Carry On Wayward Son também está no Guitar Hero 2 e já apareceu no episódio de South Park “Guitar Queer-o”, com direito a uma versão de um dos personagens cantando e tocando guitarra. A música do Kansas também é de 1976 (incrível!) e surpreende, assim como as outras, pela simplicidade.

Steve Walsh é um herói; vocalista, tecladista e percussionista – na mesma música. Fica até meio difícil de entender as funções de cada um dos integrantes no vídeo, tamanha a quantidade de sons e mudanças repentinas de lugar. Hoje em dia, muitos vocalistas apenas cantam, e mal, em alguns casos.

Finalmente, a mais inovadora das velhices apresentadas aqui: o Allman Brothers Band, a única banda (que eu conheço) com duas baterias – e mais um percussionista em algumas músicas. Simplesmente incrível, tanto para os anos 1970, quanto para hoje, tempo em que só se tem mais batidas em música eletrônica.

Também presentes no Guitar Hero 2, com Jessica, os irmãos Allman repetem a dose com Ramblin’ Man, no Guitar Hero 4, provavelmente a pedidos dos fãs, que adoraram tocar solos e mais solos.

Construtivamente, nada contra o Rock de hoje em dia, com muitas bandas boas, mas que em sua essência, ficou fraco perto do que foram os anos 1970 – isso apenas se citarmos as bandas do Guitar Hero! No entanto, muitas bandas usam o rótulo de vertente do Rock e citam como influências o próprio estilo, o rock, com r minúsculo mesmo.

Bom seria se o Lynyrd Skynyrd não tivesse tido um fim precoce. Bom será se o Rock não tiver o mesmo destino e perder o seu espaço para o rock, no qual as bandas ganham nome feminino (por exemplo: imagine ouvir A Metallica, ou A Black Sabbath, ou A Ramones)...

Curiosamente, li por aí que o Rock não precisa ser salvo e, sim, que o Rock é a salvação – Dio se foi, mas deixou uma mensagem: Long Live Rock’n’Roll.

Um comentário:

orbe d noite disse...

Preciso te passar minha pasta TOP 500 da revista Rolling Stones.

Vc vai gostar.

Tem uma rádio online que também recomendo para conhecer coisas novas.

http://www.stereomood.com

Não tem tanto Rock (com R maiusculo), mas tem coisas boas.