domingo, 10 de agosto de 2008

Tal pai, tal filho (parte I)

Tenho 51 anos de idade, dos quais 37 tenho acordado entre 2h30 e 5h30 para ir trabalhar. Isso mesmo, desde os 14 anos de idade eu trabalho - e muito.

Neste meio-tempo, conheci, trabalhando, a mulher da minha vida, após me recuperar de um outro relacionamento de cinco anos, em vão. Namorei com ela por vários anos, nos casamos e tivemos dois filhos, que, atualmente, têm 20 e 17 anos.

Quando os meninos eram pequenos, tudo era mais fácil. Lembro que eu os levava pra passear nos parques de São Paulo - a USP quando ainda era aberta a todos e o recém-inaugurado Villa Lobos.

No começo, ambos torciam para o meu Corinthians, mas isso foi por pouco tempo. O Timão vivia uma situação difícil e o São Paulo estava no auge, na época do Telê. Aconteceu, então, o inevitável pra mim: meu filho mais velho virou sãopaulino, convencido pelo tio dele.

Foi questão de tempo se acostumar, mas acredito que não foi tão ruim assim. Afinal, não temos (muitos) problemas e brigas futebolísticas em casa.

Mas enfim, chega de falar de futebol.

Mudando totalmente de assunto, no começo do ano passado (2007), meu filho mais velho passou no vestibular de uma faculdade pública. No entanto, havia um problema: a tal faculdade ficava em Assis, interior de São Paulo, longe de tudo e todos.

Sabe Deus o que se passava na cabeça daquele menino, que sempre teve o que quis, pra ir praquele fim de mundo, só pra estudar de graça. Me dispus a pagar uma faculdade por aqui e de nada adiantou.

E foi, pro fim do mundo, viver uma vida doida, coisa que ninguém queria - e nem esperava - que ele fizesse. Por sorte, ele não aguentou por muito tempo e voltou. Ainda bem que ele não arrumou namorada por lá, senão não voltaria nunca.

Hoje em dia, mesmo assim, só o vejo nos finais de semana - quando o vejo - já que o safado não pára em casa nunca, por nada no mundo. Isso, infelizmente, não mudou em relação ao ano passado.

Agora em julho, que é mês de férias da faculdade dele, o vi quase todo dia e, ainda assim, não conversamos muito, mais por falta de assunto do que por falta de vontade.

Acredito, pelo menos, que ele existe e resolve qualquer problema que eu pedir. Até acordar 3h30 da manhã pra me levar no serviço. Me senti extremamente contente, só não soube como agradecer.

Acho que vou escrever um texto.

2 comentários:

Cib S disse...

seus melhores textos, só isso



ps. prefiro o outro template!

Unknown disse...

muiiito boommm...

=) orgulhooo ^^