quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Estranho no ninho

Com o nariz mais do que entupido, e a cabeça mais do que doendo, me senti obrigado a ir ao médico. Trata-se de uma consulta de emergência, de última hora, de súbito, do nada e mais qualquer outro sinônimo que você quiser.

O fato de eu ter que esperar qualquer coisa que seja, me inspira, ainda mais se eu tiver que esperar sozinho e por tempo indeterminado. E o que dizer de um ambiente diferente dos que eu costumo escrever?

A sala de espera de um consultório médico é um bom exemplo. É um médico homeopata, que receita uns remédios diferentes e malucos pra gente "fresca" que não gosta - ou não pode - tomar remédios convencionais.

Nesse meio de gente fresca, encontram-se mulheres e crianças principalmente e, é claro, as exceções, tipo eu. E já que o médico atende esse tipo de gente, é claro que a sala de espera se encontra cheia de mulheres e crianças.

As crianças choram, obviamente. As mulheres lêem revistas, vêem a novela da Globo na tv e conversam, é claro. Conversam, se olham, fofocam, se olham, vêem defeitos umas nas outras e conversam mais, como se nada estivesse acontecendo. O estranho no ninho aqui só observa, descreve e escreve. E fofoca, em segredo para quem o vê escrevendo. E atende o telefone e sente o olhar de repulsa das mulheres. E tome mais fofoca!

Tudo isso por querer tomar remédio pra gente fresca, ser traumatizado com comprimidos e ser um estranho no ninho de mulheres, crianças... e fofocas e choradeiras e fofocas e fofocas.

2 comentários:

Anônimo disse...

Hmmmm...por algum motivo médicos homeopatas acham q se eles usarem a mesma formula do remedio comum só q com uma dose menor e alcool eles resolvem o problema!

Unknown disse...

ir no médico é coisa para os fracos!

Os anticorpos que o digam...