quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Medo

(conselho pré-leitura: leia em voz alta)

Todos nós o temos. Medo de barata, medo de fantasma, medo de escuro. Do passado, do presente e do futuro.

Medo de tentar, medo de arriscar. Medo de acertar e de errar. Medo de andar, tropeçar, cair e se levantar.

O chão é mais cômodo, mais fácil, mais parado, menos intenso. Ou seria mais incômodo e tenso?

Também temos medo da morte e da má sorte. Da inconveniente gripe forte, da doença que nos assola e nos adoece. Com a qual a televisão enriquece e o amigo perece.

Temos medo de investir, medo de sair, medo de ficar e medo de desistir.

Somos medrosos pela própria natureza, por pura realeza.

Temos medo, aliás, da feiúra e da beleza. Da alegria e da tristeza, da dúvida e da certeza.

Mas nem temos tal certeza se temos esse medo todo. nem paramos pra pensar, pois também temos medo. De ser e de estar.

De nós mesmos, de não ver, de não ter e de não ser. E se você não for, quem deveria ser? Até disso temos medo, de perder e de vencer.

Finalmente, além do medo, há a coragem dentro de cada. E o nosso último medo é ter medo até de não ter medo de nada. Temos medo de ter medo, temos medo de ter coragem.

Depois de tantos medos, o que faremos então?

Nada não.

Temos medo de fazer. E se algo acontecer? O medo só vai aumentar e tudo vai acabar.

Menos esse texto, de medos infinitos, muitos mitos e nenhum contexto.

Um comentário:

Bari disse...

Medo, não sei o que é, mas morro de medo dele mesmo assim!