domingo, 22 de julho de 2007

(Semi) Crônica noturna sem muito propósito

Volto pra casa sozinho depois de meia aula de italiano. Fiquei sabendo que não fiz 3 de 6 trabalhos e fui dito como "certinho" pela professora (rs). Espero que ela transforme esse fato em nota.

Enfim, como disse, ando sozinho pela rua. É difícil de confiar até na minha própria sombra quando viro a esquina.

Ao virar a esquina, vejo umas pessoas lá na frente que rapidamente somem da minha vista praticamente ao mesmo tempo que um carro de polícia - coisa rara por aqui - marca presença.

Passo na frente de uma adega/bar e penso em parar, sentar e pedir uma cerveja pra comemorar minha solidão pela noite, mas no mesmo instante eu lembro que não bebo e desisto da idéia.

Apesar da noite estar muito escura, há estrelas e lua no céu. Aliás, lua não sei se crescente ou minguante, afinal eu aprendi que quando a lua tem forma de "C", é crescente, e quando tem forma de "D", é minguante. Não me ensinaram qual o nome da lua em "U" ou se ela é crescente ou minguante, de ponta-cabeça, de lado, etc.

Lua bonita, noite bonita. Todas as não-chuvosas são assim por aqui. Um lugar sem poluição é muito diferente, nada de céu cinza e noite sem estrelas.

Chego na esquina de casa e vejo o lixo jogado no chão, totalmente fora da lixeira da rua e penso "que relaxo". Pensamento repetido logo em seguida ao ver o gato da dona do prédio preso pra fora de casa e querendo entrar. Subo pro apartamento e ao ver a louça no escorredor pelo 3º dia seguido, esperando pra ser guardada, penso "que relaxo!"

A noite pelo menos não está um "relaxo".

Noite pacata, solitária, feliz.

Recebo uma ligação que me alegra e recebo uma surpresa logo em seguida ao ligar pra lanchonete. "Pode vir buscar", disse o dono, logo que eu pedi meu lanche. Fui, mas o preço aumentou R$0,30. Não se pode ganhar todas.

A noite continua bonita lá fora e eu deitado aqui, sem sono, escrevendo à luz de um abajur de fibra óptica, o que dá um efeito muito legal na folha.

A música toca, meus pulsos doem, a sirene do vigilante noturno soa, minhas idéias fluem e a noite continua bonita e escura (!) lá fora. Tudo o que eu quero no momento é que ela se torne um dia bonito e uma noite bonita outra vez o mais rápido possível.

É, faltou o propósito, mas é óbvio.

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