Feelings, nothing more than feelings

O ser humano é um bicho complicado e este aqui que vos fala não poderia ser diferente. Ninguém se julga como um ser de fácil compreensão, nem julga o outro dessa maneira. Pelo contrário, elegemos todos como complicados e nos colocamos no topo da lista, como mais complicados ainda.

A volubilidade humana é algo que assusta. Ao mesmo tempo, podemos amar e odiar a mesma pessoa, ou então não estar nem aí pra ela e sentir ciúme ao mesmo tempo também. Malditos sentimentos, nada mais do que sentimentos, em constante mudança, por mais decididos que (e)s(t)ejamos.

Somos tão volúveis, que temos sinônimos e antônimos. Usamos várias palavras pra dizer a mesma coisa e depois mudamos totalmente - ou sutilmente, em se falando de gramática - chegando ao ponto de criar oposições. Racionais que somos, criamos até mesmo adversidades.

Dizem que animais são irracionais e não tem sentimentos, mas todos sabemos dizer quando um cachorro está alegre ou triste e se sente ciúme ou não. Eles não sentem amor e ódio por alguém ao mesmo tempo, eles sim são decididos. Seria ótimo ser assim.

Continuamos com nosso ciúme, nosso amor, nosso ódio. Nossa alegria, nossa tristeza. E, racionais que somos, continuamos com nossos sentimentos, com nossa indecisão e a nossa volubilidade, que também não são nada mais que sentimentos.

É ótimo ser assim.