Lionel Messi é, indiscutivelmente, o melhor jogador do mundo. O argentino foi autor de 34 gols, em 35 jogos na última temporada pelo Barcelona, isso sem falar no(s) show(s). Na África do Sul, ele tentou, mas não conseguiu furar os bloqueios adversários. Todos os holofotes estavam virados em sua direção e os zagueiros, também.
Começa a temporada 2010-2011 na Europa e um jogador chama a atenção nos campos espanhóis. O nome dele? Messi, obviamente. Em um time cheio de estrelas e base da seleção campeã do mundo, o argentino é o destaque. Imagine aquele time da Espanha que entrou em campo no Soccer City no dia 11/7/2010, com Messi no lugar do apagado Fernando Torres, na ocasião. Esse é o Barcelona.
Após a derrota para o Hércules no primeiro jogo da Liga Espanhola, o Barça mostrou a que veio contra o Panathinaikos, em jogo válido pela UEFA Champions League. Começou perdendo por 1x0, mas virou, e como, para 4x1. Poderia ter sido 5,6,7,8 e por aí vai. Foi um show.
Na oportunidade, Messi marcou dois gols, participou de outro, marcado por Daniel Alves, e ainda se deu ao luxo de perder um pênalti (frustrando os que contam com ele no Fantasy da ESPN Brasil). A cada jogo, surgem mais e mais comparações com Diego Maradona. Inevitáveis, mas o melhor do mundo ainda pode mais, com seus 23 anos.
Na segunda rodada do Campeonato Espanhol, o Barcelona foi a Madrid, enfrentar o Atlético, de Diego Forlán. Messi deixou a sua marca em mais um belo gol, como já vem virando rotina. Os catalães venceram por 2x1, sendo que o gol vitorioso foi marcado pelo zagueiro Pique. No entanto, isso pouco importou.
Com o jogo já ganho, aos 47 do segundo tempo, Messi “recebeu” uma entrada do zagueiro tcheco Tomas Ujfalusi e saiu do campo de maca, chorando. O mundo se assustou, viu uma tragédia e Ujfalusi foi expulso de campo.
Rapidamente, cinco médicos cercaram o argentino, além de praticamente todos os jogadores de Barcelona e Atlético. E do mundo todo. Novamente, todos os holofotes estavam virados em sua direção, mas não com a vontade de vê-lo jogar, mas, sim, com medo.
No entanto, ontem, um dia após o jogo e a lesão, foi constatado que Messi sofreu um leve trauma no tornozelo direito e estará de volta para atormentar as defesas por aí em dez dias. Com isso, o argentino perderá duas partidas do Espanhol, contra Sporting Gijon e Athletic Bilbao.
Hoje, dois dias após o jogo e a lesão, a imprensa espanhola divulga que Ujfalusi pode pegar doze jogos pela entrada em Messi. O técnico do Atlético de Madrid, Quique Flores, disparou: "Sólo pasan estas cosas cuando son Messi o Cristiano los perjudicados." (Via marca.com)
Ex-zagueiro, Flores completou: “Todo acontece así porque es Messi el protagonista. No es una entrada descabellada; sí es dura y sobre todo desfortunada”. O agora técnico conhece seu jogador e sabe (pelo menos acredita) que não há motivos para uma entrada dura, aos 47 do segundo tempo, com o jogo já perdido.
De certa forma, Quique Flores não está errado. Podemos tomar como exemplo o zagueiro Martin Taylor, que atuava pelo Birmingham em 2008 e quebrou a perna do brasileiro-croata Eduardo da Silva, em uma entrada mais do que violenta (veja aqui o lance, incrível).
Enquanto Eduardo foi rapidamente levado a um hospital, praticamente desacordado, e ficou de fora do futebol por um ano, Taylor foi expulso e tomou, apenas, três jogos de suspensão. Eduardo não é o melhor do mundo e não muitos torcedores, além dos do Arsenal na época, se revoltaram contra a punição a Taylor.
Se pensarmos no Brasil, nada se resolve no gramado e, sim, no STJD. É tudo ao contrário, as punições previstas no regulamento, que podem chegar a 120 dias, às vezes, se tornam um jogo ou dois, no máximo, além do pagamento de cestas básicas. Porém, vamos deixar o país do futebol – e do tapetão – de lado, senão isso vira um livro, e voltar ao melhor do mundo.
Messi recebe, sim, os holofotes e paga o preço de ser o melhor do mundo. Joga muito futebol e, por isso, sofre dura marcação, muitas faltas e atormenta os zagueiros, é claro. Tomas Ujfalusi foi apenas mais um a sofrer com o argentino e paga o preço, por também fazê-lo sofrer, podendo ficar de fora de La Liga por doze partidas.
Ser o melhor do mundo também tem os seus benefícios.
terça-feira, 21 de setembro de 2010
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
Quando o time entra em campo
Quem nunca cabulou uma aula na vida? Com certeza, uma boa porcentagem da população paulistana, ao menos, já praticou tal ato. O que posso dizer é que eu estou nessa contagem, mais de uma vez. No entanto, ontem, talvez tenha sido uma das não-aulas mais produtivas que já tive.
Em várias oportunidades, a Libertadores da América, a Copa do Brasil, o Campeonato Brasileiro e até mesmo a Seleção Brasileira, com seus amistosos e eliminatórias, nos fazem pensar duas vezes antes de entrar/ficar nas aulas. Desta vez, foi diferente, o motivo foi outro.
“Os 100 Melhores Jogadores Brasileiros de Todos os Tempos”. Mais convincente e auto-explicativo que isso, difícil. Mais do que um livro, uma empreitada, assinada por dois autores: um Kfouri e um certo Paulo Coelho. Ou melhor, André Kfouri e Paulo Vinícius Coelho, o PVC.
Parceria da Ediouro com a ESPN Brasil, o livro trata de uma seleção dos melhores, não apenas selecionados por PVC e André, mas pelos fãs de esporte, que votaram pelo portal ESPN.com.br e elegeram 180 jogadores. Destes, 100 foram selecionados pelos dois, com a ajuda de jornalistas renomados do próprio canal e de outros lugares. Vale dizer que o livro conta com um capítulo chamado “Injustiças”, que explica como tudo foi feito.
Poucos países podem se dar ao luxo de ter tantos jogadores bons, suficientes para serem colocados em um livro como o Brasil. Existem, evidentemente, vários bons atletas no mundo afora, Alemanha, Argentina, Itália e muitos outros, por exemplo. Mas só nós podemos eleger uma centena deles e, ainda assim, deixar muitos de fora. Se existe um Top100, em contagem regressiva? Não, não existe. A ordem é muito mais simples: Pelé é o primeiro apresentado e os outros craques estão em ordem alfabética.
A obra foi lançada ontem, 24/8, na Livraria Saraiva do Shopping Morumbi, com direito a uma noite de autógrafos e a um coquetel – com direito a petiscos e champanhe, inclusive. Como crianças ansiosas para entrarem em um estádio pela primeira vez para ver o time do coração, os fãs de esportes aguardavam, em fila, como bons paulistanos, a sua vez de ter o livro assinado, bater uma foto, conversar um pouco.
Humildemente, figuras do jornalismo esportivo nacional também pegaram fila, como Arnaldo Ribeiro, Milton Leite e Rodrigo Bueno. Além deles, José Trajano, diretor de jornalismo da ESPN Brasil, foi breve e, também gentilmente, furou a fila, bateu uma foto com seus dois colaboradores e foi embora, tudo em menos de dois minutos.
Obviamente, este que escreve também estava lá, no terceiro lugar da fila, igualmente como uma criança, esperando a própria vez de receber um autógrafo. Do mesmo jeito que ocorre quando o time entra em campo e o coração bate mais forte, já que a criança vê seus ídolos, jogadores, mais de perto, pode-se dizer que, para um protótipo de jornalista esportivo, o dia 24/8 foi exatamente assim.
Com tantos jornalistas de renome, tão perto, fotos com alguns deles, além da reportagem da ESPN presente e um livro sensacional em mãos, só uma coisa foi mais marcante:
“E aí, André. E aí, PVC. Tudo bem? Meu nome é Luiz, sou estudante de jornalismo e...”
“Ah, Luiz, eu conheço você!”, disse o PVC.
Participei das dinâmicas para integrar o Programa de Estágio da ESPN Brasil no ano passado, mas infelizmente não tive êxito. É algo que lembro quase todos os dias, até hoje, e penso: O que eu errei? Em que fui incapaz? O que eu esqueci? Lembro das palavras do PVC naquele dia, que disse pra ninguém desistir da área esportiva e pra entrar só se realmente gostasse da coisa. E o cara que tudo lembra, lembrou de mim também.
E quebrou o pseudo-discurso que eu tinha montado. E fez com que a aula cabulada tivesse valido (ainda mais) a pena.
Em várias oportunidades, a Libertadores da América, a Copa do Brasil, o Campeonato Brasileiro e até mesmo a Seleção Brasileira, com seus amistosos e eliminatórias, nos fazem pensar duas vezes antes de entrar/ficar nas aulas. Desta vez, foi diferente, o motivo foi outro.
“Os 100 Melhores Jogadores Brasileiros de Todos os Tempos”. Mais convincente e auto-explicativo que isso, difícil. Mais do que um livro, uma empreitada, assinada por dois autores: um Kfouri e um certo Paulo Coelho. Ou melhor, André Kfouri e Paulo Vinícius Coelho, o PVC.
Parceria da Ediouro com a ESPN Brasil, o livro trata de uma seleção dos melhores, não apenas selecionados por PVC e André, mas pelos fãs de esporte, que votaram pelo portal ESPN.com.br e elegeram 180 jogadores. Destes, 100 foram selecionados pelos dois, com a ajuda de jornalistas renomados do próprio canal e de outros lugares. Vale dizer que o livro conta com um capítulo chamado “Injustiças”, que explica como tudo foi feito.
Poucos países podem se dar ao luxo de ter tantos jogadores bons, suficientes para serem colocados em um livro como o Brasil. Existem, evidentemente, vários bons atletas no mundo afora, Alemanha, Argentina, Itália e muitos outros, por exemplo. Mas só nós podemos eleger uma centena deles e, ainda assim, deixar muitos de fora. Se existe um Top100, em contagem regressiva? Não, não existe. A ordem é muito mais simples: Pelé é o primeiro apresentado e os outros craques estão em ordem alfabética.
A obra foi lançada ontem, 24/8, na Livraria Saraiva do Shopping Morumbi, com direito a uma noite de autógrafos e a um coquetel – com direito a petiscos e champanhe, inclusive. Como crianças ansiosas para entrarem em um estádio pela primeira vez para ver o time do coração, os fãs de esportes aguardavam, em fila, como bons paulistanos, a sua vez de ter o livro assinado, bater uma foto, conversar um pouco.
Humildemente, figuras do jornalismo esportivo nacional também pegaram fila, como Arnaldo Ribeiro, Milton Leite e Rodrigo Bueno. Além deles, José Trajano, diretor de jornalismo da ESPN Brasil, foi breve e, também gentilmente, furou a fila, bateu uma foto com seus dois colaboradores e foi embora, tudo em menos de dois minutos.
Obviamente, este que escreve também estava lá, no terceiro lugar da fila, igualmente como uma criança, esperando a própria vez de receber um autógrafo. Do mesmo jeito que ocorre quando o time entra em campo e o coração bate mais forte, já que a criança vê seus ídolos, jogadores, mais de perto, pode-se dizer que, para um protótipo de jornalista esportivo, o dia 24/8 foi exatamente assim.
Com tantos jornalistas de renome, tão perto, fotos com alguns deles, além da reportagem da ESPN presente e um livro sensacional em mãos, só uma coisa foi mais marcante:
“E aí, André. E aí, PVC. Tudo bem? Meu nome é Luiz, sou estudante de jornalismo e...”
“Ah, Luiz, eu conheço você!”, disse o PVC.
Participei das dinâmicas para integrar o Programa de Estágio da ESPN Brasil no ano passado, mas infelizmente não tive êxito. É algo que lembro quase todos os dias, até hoje, e penso: O que eu errei? Em que fui incapaz? O que eu esqueci? Lembro das palavras do PVC naquele dia, que disse pra ninguém desistir da área esportiva e pra entrar só se realmente gostasse da coisa. E o cara que tudo lembra, lembrou de mim também.
E quebrou o pseudo-discurso que eu tinha montado. E fez com que a aula cabulada tivesse valido (ainda mais) a pena.
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
Salve o Tricolor Paulista
O árbitro Wilson Luiz Seneme apitou e apontou o centro de campo, aos 26 minutos do segundo tempo: era o terceiro gol do Corinthians contra o São Paulo, marcado por Jucilei. Aos 46, apitou de novo, decretando o fim do jogo, sendo que, pelos acréscimos, iria até os 47.
Seneme poupou o São Paulo de correr mais um risco. Afinal, faltar um minuto para o fim de uma partida é tempo suficiente para o Tricolor tomar um gol, como provou Elias, aos 44 do primeiro tempo, no segundo gol corintiano. O primeiro também foi dele, aos 21, em uma falha da defesa do São Paulo, típica de um Pro Evolution Soccer.
Se não fosse Rogério Ceni, a partida poderia ter sido, sem dúvidas, um 6x0, no mínimo. O goleiro sãopaulino três defesas difíceis, mas nada pôde fazer nos gols corinthianos, que fizeram o Pacaembu – e o Twitter – vir(em) abaixo.
A narrativa do que aconteceu no jogo está ao contrário, pois talvez foi assim que o São Paulo tenha entrado no jogo: sabendo o resultado. Com um tabu de mais de três anos sem vitória sobre o Corinthians nas costas, com um treinador interino e problemas, muitos problemas.
Virou piada. O São Paulo não vence o Corinthians há mais de três anos. Neste ano, venceu apenas um clássico, 1x0 contra o Palmeiras, pelo Brasileirão, e perdeu outros sete. Havia torcedores no Pacaembu com os dizeres “Eterno Freguês”, frase que também fez sucesso no Twitter durante e, principalmente, após o jogo.
O que aconteceu com o São Paulo? Antes da Copa do Mundo, o time jogava bem, depois de um campeonato paulista não-convincente e uma boa Libertadores, com exceção das partidas contra o Once Caldas, na Colômbia, e contra o Universitário, do Peru. Depois, o time sobrou em campo contra o Cruzeiro, tanto no Mineirão, quanto no Morumbi: 2x0 e 2x0.
Após o Mundial, a coisa, inexplicavelmente, mudou de figura. Com os mesmos jogadores do primeiro semestre, o time esqueceu o futebol, foi eliminado da Copa Libertadores da América, grande objetivo do ano, e ocupa a 15ª posição, com 17 pontos, dois a mais do que o Grêmio, primeiro na zona de rebaixamento.
Segundo a diretoria do São Paulo, time grande não cai. Talvez a cúpula tricolor se lembre de Botafogo, Grêmio, Palmeiras, Fluminense e do próprio Corinthians, que visitaram a série B nos últimos anos.
No entanto, é certo que o torcedor tricolor se lembra, mas não quer passar por isso também, evidentemente. O que se espera é que o apito final de Wilson Seneme no Pacaembu não tenha sido um gongo, como numa luta de boxe, para o São Paulo, até porque o nocaute já foi dado.
Como diz o hino, Salve o Tricolor Paulista.
Seneme poupou o São Paulo de correr mais um risco. Afinal, faltar um minuto para o fim de uma partida é tempo suficiente para o Tricolor tomar um gol, como provou Elias, aos 44 do primeiro tempo, no segundo gol corintiano. O primeiro também foi dele, aos 21, em uma falha da defesa do São Paulo, típica de um Pro Evolution Soccer.
Se não fosse Rogério Ceni, a partida poderia ter sido, sem dúvidas, um 6x0, no mínimo. O goleiro sãopaulino três defesas difíceis, mas nada pôde fazer nos gols corinthianos, que fizeram o Pacaembu – e o Twitter – vir(em) abaixo.
A narrativa do que aconteceu no jogo está ao contrário, pois talvez foi assim que o São Paulo tenha entrado no jogo: sabendo o resultado. Com um tabu de mais de três anos sem vitória sobre o Corinthians nas costas, com um treinador interino e problemas, muitos problemas.
Virou piada. O São Paulo não vence o Corinthians há mais de três anos. Neste ano, venceu apenas um clássico, 1x0 contra o Palmeiras, pelo Brasileirão, e perdeu outros sete. Havia torcedores no Pacaembu com os dizeres “Eterno Freguês”, frase que também fez sucesso no Twitter durante e, principalmente, após o jogo.
O que aconteceu com o São Paulo? Antes da Copa do Mundo, o time jogava bem, depois de um campeonato paulista não-convincente e uma boa Libertadores, com exceção das partidas contra o Once Caldas, na Colômbia, e contra o Universitário, do Peru. Depois, o time sobrou em campo contra o Cruzeiro, tanto no Mineirão, quanto no Morumbi: 2x0 e 2x0.
Após o Mundial, a coisa, inexplicavelmente, mudou de figura. Com os mesmos jogadores do primeiro semestre, o time esqueceu o futebol, foi eliminado da Copa Libertadores da América, grande objetivo do ano, e ocupa a 15ª posição, com 17 pontos, dois a mais do que o Grêmio, primeiro na zona de rebaixamento.
Segundo a diretoria do São Paulo, time grande não cai. Talvez a cúpula tricolor se lembre de Botafogo, Grêmio, Palmeiras, Fluminense e do próprio Corinthians, que visitaram a série B nos últimos anos.
No entanto, é certo que o torcedor tricolor se lembra, mas não quer passar por isso também, evidentemente. O que se espera é que o apito final de Wilson Seneme no Pacaembu não tenha sido um gongo, como numa luta de boxe, para o São Paulo, até porque o nocaute já foi dado.
Como diz o hino, Salve o Tricolor Paulista.
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
Joelho perdido ou justificativa perdida?
Todos sabiam que Kaká não entraria em campo com 100% de suas condições na Copa do Mundo, mas, ao contrário de outros craques como Essien e Ballack, que estavam machucados e não foram à África, o brasileiro foi. Alguns já imaginavam o resto da história, que de fato aconteceu: o Brasil foi eliminado, sem um grande desempenho de Kaká.
Após a Copa, o jogador do Real Madrid assumiu ter jogado a competição a base de infiltrações, realmente com problemas, mas no joelho esquerdo, diferentemente da tal pubalgia que tanto assombrou jornalistas e torcedores. Submetido a uma artroscopia, o jogador desfalcará seu clube e a seleção brasileira nos próximos meses.
Conforme costume jornalístico, Kaká foi fotografado, na saída do hospital AZ Monica, na Bélgica, de muletas. Porém, um dos ângulos retratados pelo fotógrafo Julien Warnand chamou a atenção, por parecer que o jogador brasileiro está sem a perna esquerda, justamente a que foi operada.
A tal foto foi escolhida para estampar a capa do jornal O Estado de S. Paulo, sob a justificativa de que a cirurgia era uma das principais notícias do dia. Além disso, o joelho operado de Kaká está escondido na imagem, o que pode ter sido uma alusão ao fato de que o jogador já estava “sem” o mesmo durante a Copa do Mundo.
No entanto, diferentemente do que muitos poderiam pensar, a imagem não foi manipulada, segundo o Jornal e, sim, “selecionada“ entre outras, apenas. Vale lembrar que no ano de 2007, o UOL publicou uma foto adulterada do acidente da TAM, “colaboração” de um leitor, no caso, que o Portal desconhecia, por isso publicou, com o objetivo do furo, da foto inédita.
O furo de reportagem é o objetivo dos jornalistas e, quando este vem acompanhado de uma imagem, deixa de ser uma ambição para se tornar um fato. No caso da foto de Kaká, a situação é outra, já que não houve tentativa de furo – o fato era conhecido por todos – mas houve a impressão de que o jogador poderia ter perdido sua perna (ou de um terrível erro de Photoshop ter ocorrido) na operação, pelo ângulo da foto.
Portanto, se a carreira do jogador “correu risco”, como diz a manchete, fica subentendido que ele continua jogando, já que o verbo utilizado está no passado. Com isso em mente, há justificativa para a escolha desta foto de Kaká, sendo que todos já sabiam da operação? E a reação do público: “será que ele perdeu a perna?” ou “por que tiraram a perna dele da imagem?”.
Pelo jeito, a tal alusão “joelho escondido na foto = joelho machucado na Copa” não foi tão fácil de ser entendida, ou talvez o público apenas não tenha entendido da maneira que os jornalistas queriam...
Após a Copa, o jogador do Real Madrid assumiu ter jogado a competição a base de infiltrações, realmente com problemas, mas no joelho esquerdo, diferentemente da tal pubalgia que tanto assombrou jornalistas e torcedores. Submetido a uma artroscopia, o jogador desfalcará seu clube e a seleção brasileira nos próximos meses.
Conforme costume jornalístico, Kaká foi fotografado, na saída do hospital AZ Monica, na Bélgica, de muletas. Porém, um dos ângulos retratados pelo fotógrafo Julien Warnand chamou a atenção, por parecer que o jogador brasileiro está sem a perna esquerda, justamente a que foi operada.
A tal foto foi escolhida para estampar a capa do jornal O Estado de S. Paulo, sob a justificativa de que a cirurgia era uma das principais notícias do dia. Além disso, o joelho operado de Kaká está escondido na imagem, o que pode ter sido uma alusão ao fato de que o jogador já estava “sem” o mesmo durante a Copa do Mundo.
No entanto, diferentemente do que muitos poderiam pensar, a imagem não foi manipulada, segundo o Jornal e, sim, “selecionada“ entre outras, apenas. Vale lembrar que no ano de 2007, o UOL publicou uma foto adulterada do acidente da TAM, “colaboração” de um leitor, no caso, que o Portal desconhecia, por isso publicou, com o objetivo do furo, da foto inédita.
O furo de reportagem é o objetivo dos jornalistas e, quando este vem acompanhado de uma imagem, deixa de ser uma ambição para se tornar um fato. No caso da foto de Kaká, a situação é outra, já que não houve tentativa de furo – o fato era conhecido por todos – mas houve a impressão de que o jogador poderia ter perdido sua perna (ou de um terrível erro de Photoshop ter ocorrido) na operação, pelo ângulo da foto.
Portanto, se a carreira do jogador “correu risco”, como diz a manchete, fica subentendido que ele continua jogando, já que o verbo utilizado está no passado. Com isso em mente, há justificativa para a escolha desta foto de Kaká, sendo que todos já sabiam da operação? E a reação do público: “será que ele perdeu a perna?” ou “por que tiraram a perna dele da imagem?”.
Pelo jeito, a tal alusão “joelho escondido na foto = joelho machucado na Copa” não foi tão fácil de ser entendida, ou talvez o público apenas não tenha entendido da maneira que os jornalistas queriam...
domingo, 8 de agosto de 2010
Japão 5 x 4 México
Foi um dos melhores jogos de futebol da história, mesmo sendo apenas um amistoso e entre dois times sem expressão – mas emergentes – no cenário mundial. Os poucos espectadores viram um jogo incrível, com muitos lances, muitos gols e um resultado surpreendente.
Japão e México jogaram no Estádio Internacional de Yokohama, neste último sábado, 7/8, em amistoso pós-Copa, como o que o Brasil terá contra os Estados Unidos na terça-feira, dia 10. Os japoneses levaram a melhor e venceram por 5x4.
Os mexicanos abriram o placar no primeiro tempo, aos 15 minutos, com um gol de Cuauhtemoc Blanco, após falha da zaga em cobrança de escanteio. Sem dar tempo para comemorações, Keiji Tamada recebeu de Abe e empatou o jogo, um minuto depois.
Acredite ou não, todos os outros gols foram no segundo tempo. Novamente, o México começou na frente, com Carlos Vela e, logo em seguida, fez 3x1 com um gol contra de Nakazawa. No momento em que o Japão esboçava uma reação e era melhor no jogo, Bautista, que entrou no segundo tempo, fez o quarto gol mexicano.
A partir de então, o técnico japonês, Takeshi Okada, colocou o time todo para a frente, sem fazer alterações. Os asiáticos adotaram um posicionamento ultra-ofensivo, pressionando na marcação e saindo com muita força para o ataque. O resultado logo veio: Tamada marcou duas vezes: 4x3.
A pressão continuava intensa e o tempo passava. Keisuke Honda roubou uma bola dentro da área mexicana e empatou a partida, com 43 do segundo tempo, deixando o placar da partida em Yokohama em um inacreditável 4x4. No entanto, ainda faltavam dois minutos a serem jogados.
Para o desespero dos mexicanos presentes, logo na saída de bola, Honda roubou mais uma bola e deixou Keiji Tamada na cara do gol. O centroavante não perdoou e marcou seu quarto gol no jogo, quinto do Japão, para o delírio da torcida local. Com 5x4 no placar, o México, que parecia não acreditar no que acontecia, nada pôde fazer e o jogo terminou, para muita festa nas arquibancadas.
Aposto que, agora, você se pergunta: por que ninguém falou deste jogo na televisão, rádio e internet, se foi tão incrível? Quem foram os torcedores (sortudos) presentes no estádio que viram tal partida?
Poderia muito bem ser uma notícia num caderno de esportes, mas é um texto de blog. Poderia ser um jogo real, mas foi apenas uma partida de FIFA World Cup 2010 no videogame. E se isso não fosse dito, quem saberia? Talvez alguém mais informado, apenas, pois saberia todo o cronograma de jogos amistoso pelo mundo.
Mas ok, vamos continuar pensando que foi real, ignorando o parágrafo acima.
Que jogo!
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